Capítulo-XXII. Folhagem " Em cima de uma folhagem quero me esparramar; levar você para tomar banho de luar, depois em tuas águas quero navegar para nunca mais voltar." Cícero Ela estava aqui do meu lado, encolhida na beira da cama, quase caindo. Uma situação inóspita. Pelo menos frio ela não estava sentindo — já eu... o problema é que a ruiva não fazia ideia de que eu estava pegando fogo. Me consumindo por dentro. Um louco desejo. Imaginava minha mão calejada deslizando pelas curvas dela, tateando aquela pele salpicada de sardas, minha língua passando por cima delas, deixando um rastro quente de saliva. Enquanto isso, o meu querer crescia. Se expandia. Tomava conta de mim. Olhei na direção dela, tentando conter o impulso. Dei um leve sorriso. Ela parecia querer fugir. Como se eu fos

