34 - Lorena

2045 Words

O céu ainda estava indeciso entre o azul e o cinza quando saí de casa, mochila nas costas e coração mais pesado que o sol de oito da manhã. Tinha dormido m*l, como quem carrega mais coisa no peito do que no corpo. A padaria me esperava, como sempre, com seus pães quentes, seu povo barulhento e dona Maria bufando atrás do balcão. Era minha fuga, meu chão, minha rotina. Mas hoje... hoje eu só queria não pensar. Estava quase dobrando a esquina da pracinha quando vi ele parado do outro lado da rua. Nathan. Encostado na moto, com a cara fechada de quem ainda estava tentando entender o mundo. E, por um segundo, pensei em fingir que não vi. Mas aí ele me olhou. E foi como se tudo dentro de mim parasse um instante só pra encarar de volta. — Bom dia, Lorena. — ele falou primeiro, e o jeito que mi

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