Amanda narrando
capítulo 34
Voltar pro morro foi como enfiar a mão num baú cheio de espinho. Cada passo doeu. Cada rua que eu passei, cada canto que me trazia lembranças do que ja vivi aqui , do que a poderia ter vivido. Quando meus pés pisaram de novo na viela da Sete, parecia que o tempo tinha parado. Mas dentro de mim, ele nunca deixou de correr. Cada batida do meu coração nesses últimos seis anos carregava um nome dele. O dele .
De longe eu vi ele , na frente do bar do Roni, meu peito apertou. Só que eu não podia vacilar. Eu não podia deixar ele me ver fraca. Não depois de tudo. Eu segurei a mão do Davi com mais força e segui. Mais ai ele tropeçou no buraco e quase me levou junto , peguei ele no colo sem olhar pra canto nenhum , passei direto sem ter coragem de encarar ele , mesmo
