( Continuação.....)
"O espelho da maldade é enganador lhe mostra o bonito e lhe esconde o feio."
Por: Larissa.
Caminhamos por minutos, meus olhos estão apreensivos.
O tempo todo, Pietro ficou calado. Isso fez meu sangue gelar nas veias.
"Ele disse que não é chegado a necrofi...alguma coisa, mas quê diabos é isso?" - me pergunto mentalmente.
Engasgo quando, no meio de tanto verde, surge uma habitação pequena, nada simplória, muito bonita, no entanto castigada pelas intempéries do tempo . Pisco meus olhos para poder enxergar melhor, uma vez que o excesso de chuva não permite um visão "limpa" do ambiente em sua totalidade.
_ Que lindo! - murmuro ao ver os detalhes gracisos da arquitetura rococó, uma oposição aos excessos e às suntuosidades do barroco. Esse estilo reverbera sua natureza hedonista e aristocrática, manifestada com delicadeza e elegância.
A construção está precisando de uma pintura, suas madeiras estão ressecadas e tem muitas folhas secas no entorno, suas jardineiras estão cheias de matos e as poucas flores que restam disputam espaço com gravetos secos.
Pietro me olha de soslaio.
Ele abre o pequeno portão de ferro, adornado de arabescos e entramos.
Imagino esse lugar ainda no frescor de seus bons dias. É impossível não fazer isso. Um sorriso surge em meu rosto.
" Deveia ser belíssimo "- murmuro .
O italiano abre a porta do chalé e o cheiro de lavanda invade minhas narinas. O homem acende a luz e o ambiente é iluminado, permitindo-me ver com maior nitidez todos os detalhes internos.
No teto pende um lustre todo trabalhado em cristais. A peça é fina e requintada.
Uma cama gigante com dossel está pousada no meio do quarto, perto de um tapete ornamentado com elementos lineares (linhas verticais, horizontais e oblíquas). O desenho é muito simples, e é formado pela repetição de um mesmo motivo. Na parede lateral perto da cama, comporta um imenso espelho e uma cômoda. Vejo uma porta mais ao fundo e deduzo que pertence ao banheiro.
Uma mesa redonda com apenas duas cadeiras repousa perto da janela.
Apesar do exterior estar um caos, aqui dentro tudo está limpo e bem organizado.
Olho para meus pés e vejo uma poça se formando embaixo deles.
Pietro se adianta, entra na porta que leva ao banheiro e traz consigo duas toalhas.
_ Se enxugue. - fala, me estendendo o tecido atoalhado.
Pego-a de sua mão. Tento fazer o melhor que posso, no entanto não adianta muita coisa.
_ Por qual razão não atendeu as minhas ligações ou respondeu às mensagens? - pergunta.
Abaixo o meu olhar, sabendo que arrumar briga com o homem estando enfiada dentro dos matos completamente sozinha com ele, não é a coisa mais inteligente a se fazer. Opto por ser honesta.
_ Não consigo te compreender. Desde o primeiro dia em que me viu, você deixou claro que não me suporta, me humilhou, gritou comigo e agora começou com essa perseguição. Por que tudo isso, Pietro? - falo torcendo meus fios na toalha, para secá-los.
Ele se aproxima, meu coração dispara. Seu dedo puxa suavemente meu lábio inferior para baixo, expondo a ferida que os dentes dele me causaram.
Nossos olhares se cruzam, sinto uma sensação esquisita no meio das minhas pernas, os b***s dos meus s***s incham e me condeno por não estar usando um sutiã.
_ Te desejo, garota.
Sua boca se lança na minha, num beijo louco e voraz, fico sem chão. Meu corpo ferve, levo um susto com isso.
Sinto a mão do homem apalpar meu seio direito, reteso, meus músculos ficam tensos.
Pietro percebe e se afasta. Seu olhar analítico me atinge como flechas disparadas a curta distância.
_ Algum homem alguma vez te tocou, Larissa?
Olho dentro dos seus olhos, me perdendo nos mistérios que eles escondem.
_ Não.
Seus olhos percorrem meu corpo de cima a baixo, seus olhos inexpressivos fixam-se em meu rosto.
Ele estica a sua mão em minha direção, seguro-a, sentindo sua pele quente contrastando com as pontas frias dos meus dedos.
Pela primeira vez, ganho um abraço gentil do italiano.
Sinto sua mão nas minhas costas.
_ Não vou te enganar, menina. Te desejo como um homem. Me entende?
Me afasto do seu corpo, olho em seu rosto, sentindo meu peito disparar. Minha respiração fica errática.
Seus dedos percorrem a minha face com delicadeza.
_ Me deixa te descobrir, te fazer desabrochar. Quero te sentir, te ensinar os caminhos do prazer, fazê-la minha.
Ouvir suas palavras sendo ditas bem devagar e pausadamente fez meu útero se contrair.
_ Tenho medo.- Sou sincera.
_ Vamos no seu tempo, devagar, sem pressa. Quero que aproveite cada segundo.
A indecisão domina cada pequena fibra que me compõe.
_ Você gosta de mim, Pietro? - Aquela pergunta é fundamental para que eu decida se sigo adiante ou encerro essa loucura.
_ Gosto, ragazza. - Ele diz, de olhos fixos em mim.
_ O quanto?
_ Muito!
Me perco nessas palavras, sinto-me saltando de encontro ao vento.
Fecho meus olhos e respiro fundo.
_ Eu aceito, quero você, Pietro, como nunca imaginei que pudesse desejar um homem. Não sei como e nem quando mais aconteceu e estou gostando de você. Mesmo sentindo todo esse medo, toda essa insegurança e me achando uma boba. Quero sempre ter seus olhos em mim. - Falo, abrindo meu coração.
Ele me puxa para seus braços.
_ Shh! Não fala mais nada, apenas deixa acontecer. - diz e me beija com delicadeza.
Seus dedos ágeis se enveredam pela barra da minha blusa, Pietro retira a peça do meu corpo.
Meus s***s ficam livres diante dele, que os toma em sua boca. A cada vez que ele os suga, sinto um líquido descer do meu canal e molhar minha i********e.
O homem parece faminto, devora meus montes com tanta ânsia que, por vezes, sinto ondas de dor em meus m*****s.
Sou levada para a cama, Pietro tira as minhas botas e a minha saia, fico apenas de calcinha na frente do homem.
Ele fica em pé, seu olhar contém chamas intensas, verdadeiras labaredas que me incendeiam.
Acompanho ele desabotoar sua camisa. Quando, enfim, a peça começa a deixar seu corpo, meus olhos ficam arregalados ao ver a quantidade de tatuagens que cobrem seu tórax.
Volto meus olhos para o seu rosto.
Ele apenas me observa, enquanto continua se despindo.
Arfo diante da visão de vê-lo tão exposto. O seu pênis e grande ,grosso e de cabeça volumosa, protuberante.
O nervoso me corrói não consigo desviar meus olhos do c****e, que mina um líquido brilhante em seu pequeno orifício.
Pietro caminha na minha direção, seu olhar contendo milhões de ameaças veladas.
Ele deita meu corpo no colchão macio, sinto a minha calcinha deslizar por minhas pernas. A respiração quente do italiano entra em contato com a carne úmida, arquejo anuviada com emoção que sinto.
Sua boca me toma, fico anestesiada com o que sua língua habilidosa me provoca, me embriago com as sensações. Um calor começa a acumular-se em meu ventre, ele aumenta gradativamente e não demora para explodir, me fazendo estremecer entre gemidos que escapam da minha boca.
Pietro sobe em cima de mim, seus lábios procuram pelos meus.
Nos beijamos, agora com o meu gosto sendo provado por nós dois.
Sinto uma pressão no meio das minhas pernas se intensificando cada vez mais, entro em desespero tentando empurrar o homem que segura minhas mãos acima da minha cabeça.
_ Fica calma, relaxa. - diz com a voz carregada.
_ Estou com medo, Pietro. - revelo com a voz falhando.
_ Não tenha, apenas olhe para mim.
Assim eu faço, a dor começa a me castigar ao mesmo tempo que vejo a força que o homem faz para controlar-se.
A cada centímetro que o seu órgão reivindica dentro de mim, sinto-me ser rasgada mais e mais.
_ p**a que pariu, que b****a apertada, p***a! - ele fala para si mesmo, além de dizer várias palavras em italiano que não entendo nada.
Suas mãos intensificam o aperto em meus pulsos.
_ Abre bem as pernas, Larissa, quero ter total acesso a você.
_ Não consigo, está doendo muito. - murmuro entre gemidos sofridos.
_ Vamos, ragazza! - ele pede mais uma vez com a voz ofegante.
Faço um esforço procurando um alívio e o que vem a seguir é uma dor aguda, acompanhada por uma ardência intensa em minha i********e.
Meu grito explode no ar, lágrimas deslizam pelo meu rosto.
Estava feito, eu era dele. Sua marca profunda foi gravada com excelência em minha alma.
Sinto sua língua lamber as gotas salgadas que fogem dos meus olhos, ele bebe do meu choro, enquanto permanece imóvel dentro de mim.
_ Seu sabor é único, Larissa!
Ele inicia os movimentos que me torturam. A dor e a ardência não diminuem.
_ Para, por favor, está queimando! - peço agoniada.
Pietro abaixa mais o corpo e estimula meu c******s com a sua região pubiana.
A fricção insistente faz meu sangue aquecer, a dor diminui e o prazer tímido vem surgindo.
Minutos depois, estou imersa nas delícias que a luxúria me apresenta, sendo estocada de forma gananciosa pelo homem.
Sinto meu canal empalado contrair, grito perdida quando o orgasmo me varre de dentro para fora, como o vento louco de uma tempestade furiosa.
Abro os meus olhos e observo Pietro atingir o ápice, suas íris cinzentas fulguram intensamente.
O homem trava o maxilar, ele treme por inteiro conforme se perde dentro de mim.
Observo as suas tatuagens cobertas por uma camada generosa de suor.
Ele deixa o peso do seu corpo cair sobre o meu, escuto sua respiração recompensada.
Leva um tempo para ele retirar-se do meu interior e quando o faz, sinto uma fisgada.
Pietro deita ao meu lado, fechando os olhos e com a expressão fechada.
Me levanto e, ao ver o sangue no lençol verde, levo um susto.
Sinto algo escorrendo por minhas pernas, olho e vejo um líquido espesso com sangue descer lentamente por minhas coxas.
Então fico aflita, sinto o sangue se esvair de minha face ao perceber que transamos sem camisinha.
"Como fui fazer uma coisa dessas, droga!"
- Não se preocupe, eu estou limpo. E sou estéril, não precisa temer uma gestação indesejada - Pietro fala fitando o teto.
- Posso usar o banheiro? - peço, precisando me limpar.
- Claro.
Pego minhas roupas pelo chão e me tranco no cômodo enorme.
Me olho no espelho e vejo as marcas que ele deixou nos meus s***s, algumas bem doloridas.
Lágrimas se formam nos meus olhos.
"Me entreguei sem pensar, sem medir as consequências de nada." - penso.
Lavo meu rosto, pego papel higiênico e limpo a minha i********e dolorida. Me visto e quando deixo o banheiro, encontro Pietro trajando suas vestes e com as feições mais duras do que quando levantei da cama.
Não tenho coragem de perguntar o que houve. Talvez o sexo tenha sido uma merda, um homem experiente deve gostar de mulheres no mesmo patar de conhecimento no assunto e não uma garota crua que não sabe nem como agir na cama.
- Vamos! - ele diz com a voz cortante.
Meus ombros caem diante da forma congelante como me trata.
Passo na frente dele, seguimos pelo mesmo percurso.
Engulo em seco, me sentindo estranha.
Chegamos ao seu carro no mais absoluto silêncio e isso permaneceu até ele me deixar perto da minha casa. Fui embora, sem ganhar um beijo ou um ínfimo olhar dele.
Aquilo me feriu mais do que eu poderia dimensionar.