" Nessas noites de lua, estou jogado na rua, por culpa desse sentimento sem fim que me deixa assim, sombra na escuridão, arrancando de mim a paz, o sorriso e a razão. "
Por: Pietro.
Sedento é a palavra certa que me define esta noite. Meus olhos não desviam do caminho que ela tem que percorrer para chegar até mim. Estes últimos cinco dias sem tê-la foram um verdadeiro suplício. Nenhuma mulher nunca me deixou assim, nem a minha amada esposa.
Parece que no corpo de Larissa encontrei outra forma de prazer, um sexo que sequer cogitei existir. Enquanto a menina floresce em meus braços, vou tomando tudo dela, redescobrindo suas fontes de prazer e bebendo cada gota.
Vejo-a emergir do escuro, cintilando como um anjo usando suas vestes claras. Sinto meu desejo aumentar.
"Eu não aguentarei chegar até o chalé, possuirei ela aqui mesmo."- penso, vendo Larissa se aproximar cada vez mais.
Salto do carro antes que a ragazza consiga fazer o contorno para entrar pela porta do carona.
Puxo a piccola e avanço faminto sobre ela. Minhas mãos tremem, meu corpo berra pedindo pelo êxtase do orgasmo que o seu corpo me dá.
Literalmente, colido minha boca nos lábios rosados, beijo-a desesperado, nossos dentes chegam a bater entre si.
Retiro o grande casaco que a cobre, meus dedos sentem a textura delicada da peça que ela usa. Sem paciência, r***o o tecido de cima a baixo.
_ Céus, Pietro! Você rasgou meu vestido! - exclama, olhando para o trapo caído aos seus pés.
_ Não aguento mais esperar. - falo, pegando a garota e depositando-a em cima do capô do carro, retiro sua calcinha e guardo no bolso da minha calça, a segunda peça para adicionar ao meu souvenir.
Retiro meu pênis de dentro da calça e penetro em sua cavidade quente e húmida de uma vez. Meus nervos vibram, travo meus dentes diante do seu aperto exercido em meu eixo. Seu gemido dolorido torna tudo mais sensível para mim.
Estoco-a com pressa, desejoso, completamente fora do prumo. Seu corpo sacode recebendo as investidas duras efetuadas por mim.
Larissa choraminga chegando perto do seu prazer e eu acompanho a garota quando ela explode, dando uma sessão de apertos ritmados em meu pênis.
Parece que vou partir ao meio, meu ápice é forte, arrebatador, rouba-me as forças. Sinto minha energia corpórea ser sugada.
Urro como um Alfa dominante faz em seu território, demarcando-o e alertando aos demais para não se aproximarem.
Olho para seu rosto, que está uma bagunça, onde suor e lágrimas se misturam. Seguro as laterais de sua cabeça e minha língua bebe dos seus líquidos, provando do sabor umami da menina.
_ Venha, vamos sair daqui. - falo, me retirando de dentro dela. - Dou-lhe o seu casaco e pego o trapo caído do chão.
Entramos no carro e partimos. Larissa está meio abatida, cabisbaixa. Olho para a menina enquanto dirijo.
"Será que todo mundo tem aquela pessoa que perturba tanto o seu corpo a ponto de te deixar desenfreado de desejo?
_ Senti sua falta, Pietro.- diz do nada.
_ Não parece, você fugiu de mim, desligou o celular para não ter contato comigo. - falo sem desviar o olhar do caminho.
_ Medo - fala, abaixando a cabeça e olhando para suas mãos.
Eu sabia que tinha provocado mais do que isso nela.
Estaciono no local de sempre, descemos do carro, seguro na mão da menina e seguimos pela trilha até o chalé.
Quando chegamos, pego as chaves no bolso para abrir o portão.
_ Imagino esse lugar cheio de flores, sem essas folhas secas. Ficaria lindo! - comenta.
Empurro a grade elaborada de metal e dou passagem para a piccola.
_ Gosto desse lugar do jeito que está - e é uma verdade. Representa o estado em que estou desde que minha esposa partiu, no frio da solidão. Esse lugar era o meu sonho, que eu queria dividir com Pâmela, mas fui deixado no chão, com nossos destinos sendo apartados um do outro.
Larissa me olha como se pensasse em falar algo, mas desiste.
Abro a porta e aciono as luzes da pequena construção.
A menina entra, seus pequenos pés deslizam pelo piso.
Observo-a se virar de frente para mim, o casaco sendo um empecilho para que meus olhos não enxerguem seu corpo perfeito.
Levo minha mão até o bolso interno do meu sobretudo e retiro a adaga que reservei exclusivamente para ela.
Os olhos de Larissa ficam apreensivos. Vejo a menina engolir em seco.
_ O que você vai fazer com isso? - pergunta, com o olhar travados no objeto em minhas mãos.
A fito em linha fina.
_ Você verá. Agora, retire esse casaco.
A menina molha os lábios com a língua e desvia o olhar. Seus dedos finos se movem para deslizar o zíper.
_ Pare! Faça isso olhando para mim, não desvie os seus olhos.
Ela toma uma respiração profunda, o medo crepitando dentro do seu íntimo, receio do que está por vir.
Larissa retira a peça pesada, desnudando-se para mim. Alimento-me da visão do puro pecado. Aperto o cabo da adaga em minha mão.
_ Se aproxime, bella mia.
Vejo a indecisão explodir em seu olhar, receio absoluto.
Ela fecha os olhos, seu peito subindo e descendo conforme sua respiração fica mais acelerada.
_ Vamos, piccola, venha para mim.
Sua linguagem corporal denota que a menina briga consigo mesma, um duelo entre o medo e a entrega.
_ Você é pura sombra na escuridão, e eu estou indo para você, sem saber o que vai ser de mim. - fala mais para si mesma, no entanto suas palavras me dão água na boca.
Seus pés se movimentam vindo em minha direção.
O cheiro dela invade minhas narinas. Toco em seus fios ondulados, sentindo a textura macia e sedosa deles.
Com a lâmina ainda protegida, deslizo pelo rosto e colo da garota, a respiração de Larissa fica errática, ela aperta a mão em punho.
_ Tudo em você me excita. Seus gostos me fascinam, todos eles. Adoro beber dos seus sabores, cada pequena gota do que verte de ti, menina.
_ Também gosto dos seus sabores. - fala olhando em meus olhos.
Olho para a marca da minha mordida em seu ombro e deposito um beijo sobre ela. O corpo da ragazza é tomado por um arrepio.
_ Quero o elixir da sua vida, Larissa. - falo baixinho enquanto deslizo meu nariz pelo seu pescoço - Um pequeno furo, e esse ouro jorrará para mim. Onde você quer que eu o faça? - pergunto, mordiscando o lóbulo da sua orelha.
_ Vou poder tocar em você? - pergunta, fechando os olhos.
_ Apenas onde eu permitir.
_ Na mão. Faça o furo na minha mão. - responde.
Pego a extremidade do seu m****o superior, o leve tremor que ela apresenta é perceptível.
Dou um beijo no local e em seguida enfio a ponta da adaga. Larissa aperta os olhos diante da minha ação, o líquido vermelho vem à superfície. Alço a pequena gota com minha língua, o sabor de canela explode em minha boca. O adocicado do líquido me deixa duro feito rocha.
A loucura me domina, a loucura de querer estar dentro dela, arrancando gemidos atrás de gemidos.
_ Quero te tocar, poço? - pede, abrindo os olhos.
_ Onde, Larissa? - pergunto, prevendo que depois da ousadia que teve de tentar tocar as minhas costas, não ousaria mencionar essa parte do meu corpo.
_ Sua mão.
_ Pode, ragazza.
A menina pega justamente a que estou segurando a adaga. Ela olha com minúcia para o objeto. Sem saber o que ela pretende, mas querendo muito descobrir, abro a minha palma e expondo a arma branca, deixando que ela tenha acesso livre a ele.
A ragazza, me olha e em seguida volta seu olhar para o objeto.
_ É linda! - diz, percorrendo com a ponta do seu dedo o cabo cravejado de diamantes - Brilha tanto! - completa.
A menina pega o objeto e leva para a frente de sua face. Seu rosto reflete-se na lâmina polida.
Larissa segura meu dedo indicador. Sinto a p***a do meu coração acelerar. Sei qual é a sua intenção e isso está me provocando uma ansiedade do c*****o. Controlo a minha respiração para não externar.
Ela fere meu dedo com a ponta do objeto perfurocortante. A dor é mínima diante do êxtase que sinto ao vê-la abrir a boca e levar meu sangue viscoso para dentro da cavidade úmida.
A filha da mãe, estava me enfeitiçado. Senti uma fisgada no meu p*u, a minha pele arde, queimo como o inferno nos seus piores dias.
Retiro meu dedo de sua boca, arranco minhas roupas, ficando nu. Pego a adaga da mão da ragazza, depositando-a em cima da cômoda.
Quando olho por cima do ombro, vejo Larissa encarando a tatuagem em minhas costas.
_ Deite-se, piccola.
Ela assim o faz, abrindo suas pernas. Um convite excitante para mim.
Subo por cima da ragazza, lambendo cada centímetro de pele exposta, me refestelando do seu corpo, penso como vai ser quando eu for embora para a Itália.
A nossa entrega acontece dessa vez. Calma, vou saboreando cada pequeno gemido que arranco dela, sentindo essa fome sem fim pela ragazza. Nesse quarto, eu me esvazio, enxergando todas as nuances da menina, segurando suas mãos acima de sua cabeça.
O sexo rola desenfreado até altas horas da madrugada. Quando saio de dentro dela, estou arfando. Rolo para o lado e meu olhar se perde nos cristais do lustre.
Não sei por quanto tempo fico imerso no nada. Quando olho para a piccola, vejo que dorme. Me apoio em meu cotovelo, viro meu corpo de lado e observo seus traços delicados, retirando alguns fios de seu rosto.
"Minha pequena perdição."- penso, erguendo-me do colchão e vestindo minhas roupas.
Olho para o relógio: faltam vinte minutos para as cinco, hora de irmos embora.