A HERDEIRA DA MÁFIA : O Resgate

04: O Juramento de SangueO Ataque na Sicília que Selou Nossa Fuga e Nosso Destino

Um farol abandonado na Sicília.

( Quatro semanas depois de Roma.)

O vento soprava forte do mar. Íris e Sebastian estavam num farol velho, na Sicília. Era o lugar onde eles iam "m***r" a Máfia e começar uma vida nova juntos. Eles passaram o último mês vendendo tudo e se escondendo, cheios de medo, mas apaixonados

Íris vestia um vestido branco simples que pegou num mercado local nada de renda, nada de véu, apenas linho que se movia com a brisa. O cabelo estava solto, caindo por sua cintura. Sebastian estava de calça escura e camisa branca. Não havia padre, apenas o mar e a lua.

Sebastian pegou as mãos dela. Seu sorriso de sempre sumiu, dando lugar a um olhar sério. "Não temos anéis, Íris, e sei que não é o casamento dos sonhos," ele disse, com a voz embargada. "Não te dou dinheiro ou segurança. Te dou a minha vida. Você me mostrou que existe vida fora do 'trabalho'. Eu te amo por isso."

Íris sentiu um nó na garganta. Ela era a Executora acostumada a ser forte

“Sebastian Castello, a única coisa que eu conheço é a guerra. Eu fui criada para m***r” ela começou, falando baixo.

"Eu não sei o que é paz, mas eu acredito no sonho que você me vendeu: o sol de Miami, paz , a praia , filhos . Por isso, eu troco o meu poder pela sua paz ,eu troco o meu código de honra por um futuro ao seu lado. Se você me trair, você sabe o que acontece. Mas se você for leal… eu sou sua, para sempre. Eu prometo.”

Sebastian beijou as palmas das mãos dela, como se a estivesse adorando. "Serei leal, minha esposa," ele sussurrou.

Sebastian puxou as mãos dela, beijando a palma de cada uma com uma devoção que fez as pernas de Íris tremerem.

“Eu sou leal, mia sposa,” ele sussurrou.

Eles se beijaram. Não foi um beijo rápido ou violento, foi uma promessa. A partir daquele momento, eles eram um só, e o mundo era o inimigo.

“Temos de ir , O barco nos espera na enseada, Os papéis de Miami estão prontos,” Íris disse, separando-se com a respiração ofegante. A urgência estava de volta.

Sebastian acenou com a cabeça Ele virou-se para pegar a mala de mão com os poucos pertences que eles podiam levar.

BANG!

Um tiro de rifle cortou o silêncio. A bala bateu na pedra do farol, bem pertinho da cabeça do Sebastian.

"Eles sabiam! Meu pai estava nos vigiando!" Íris gritou. O medo passou rápido, e a voz dela ficou calma e durona, como a "Executora".

Sebastian pulou em cima dela para protegê-la. "Não! Não é só seu pai. É a família que passamos a perna lá em Milão também! Eles vieram atrás de vingança, Íris!"

O ataque foi muito bem planejado e violento demais. Três lanchas rápidas vinham chegando pela praia, e um monte de caras armados apareceram do lado da montanha perto do farol.

Íris reconheceu os uniformes: era uma mistura dos seguranças do Clã Corleone com os bandidos da Família Moretti, a gangue do cara que o Sebastian tinha traído em Milão.

"O Corleone está usando a Moretti para nos m***r! Assim parece que foi briga entre gangues rivais!" Sebastian chiou, pegando uma pistola grande que estava dentro da jaqueta.

Eles estavam encurralados. O plano de fuga perfeito tinha dado errado. Para chegar no barco, ou eles pulavam 20 metros na água, ou passavam por uns quinze caras na marra.

"Vamos fazer o que a gente faz de melhor, amore ," Íris falou, dando um sorriso frio e perigoso. Ela puxou a Beretta dela.

A briga parecia uma dança mortal. Íris e Sebastian se mexiam juntos, de costas um para o outro, combinando os movimentos perfeitamente por causa da paixão e da necessidade. Ela era a que pensava e protegia; ele era a força e a distração.

"Na parede! Cinco segundos!" Sebastian gritou, acertando dois caras em cheio.

Íris aproveitou os cinco segundos para colocar mais balas na arma. Mas um dos homens Corleone, um dos capangas que ela conhecia desde criança, apareceu atrás de uma máquina.

Ele parou por um instante, com os olhos arregalados de dor por ter que atirar na sua Executora

"Sinto muito, Senhorita Íris! O Chefe não aceita traição!" o homem berrou, a voz mostrando que ele estava dividido entre ser fiel e sentir medo.

Íris teve que decidir muito rápido: morre ou vive. Ser fiel ao passado ou escolher o futuro. Ela não pensou duas vezes.

BANG! A bala acertou a testa do homem.

O choque: Íris sentiu um frio na barriga, horrorizada e enojada com o que fez. Ela quebrou seu juramento de honra para sempre, matando um dos seus. Seus olhos ficaram cheios de lágrimas de raiva e tristeza, mas o vento logo levou. O preço da liberdade era muito maior do que ela pensava.

"Não olhe para trás, Íris! Não olhe!" Sebastian gritou, percebendo que ela estava sofrendo.

As balas estavam acabando. Eles tinham derrubado a maioria, mas o barco grande da Família Moretti estava chegando na praia.

"A carga! O barco!" Íris gritou, atirando a última bala.

Sebastian pegou a mão dela e a puxou para dentro do farol. Eles subiram correndo as escadas de ferro em caracol, até o topo.

"Não dá para fugir lá de cima, Castello! É sem saída!"

"Não vamos fugir. Vamos botar fogo na confusão," ele disse, respirando com dificuldade.

Lá no alto, Sebastian tinha deixado um plano B: galões de gasolina e alguns explosivos.

"Vou dar a eles um 'presentão'. Vou queimar todas as informações que tenho sobre o Clã Moretti, e os Corleone vão pensar que a Moretti que fez isso. Vai ser guerra total, Íris," Sebastian explicou bem rápido.

Eles desceram as escadas de novo, parando dois andares acima da porta. Os homens da Moretti estavam subindo, gritando para se vingar.

"Nosso barco! Estão puxando!" Íris gritou, vendo o barco da Moretti engatar o barco de fuga deles.

Sebastian parou. Ele deu o detonador para Íris. "Quando o barco de fuga estiver bem longe, para o fogo não pegar na gente, você aperta. Agora, vai!"

"E você?" Íris perguntou, com os olhos cheios de medo por ele.

"Eu sou a isca. Eu levo eles para o alto, e você corre para a praia de trás. Vai! Eu te amo!"

Ele a empurrou para uma portinha de metal. Íris hesitou, a ideia de abandoná-lo era h******l, mas a vontade de sobreviver e a promessa foram mais fortes.

Ela saiu correndo, descendo o lado oposto do morro. Sebastian subiu as escadas, gritando coisas para provocar e chamando os homens Moretti para o topo.

Enquanto corria, Íris olhou para trás. Viu o clarão vermelho e branco do barco de fuga sendo puxado. Começou a chorar de desespero quando ouviu tiros lá de cima. Sebastian.

Ela apertou o detonador.

O barulho da explosão foi ensurdecedor. O topo do farol explodiu em chamas, com fumaça preta e um grito de dor que não dava para entender. Íris sentiu o calor da traição e do sacrifício na sua pele.

Ela correu para a prainha de emergência, onde um bote salva-vidas bem pequeno estava amarrado. Ela se jogou dentro, a arma sem balas e o corpo tremendo.

"Sebastian... Sebastian!" ela sussurrou, com o coração partido.

De repente, algo escuro e molhado subiu para o bote. Sebastian. Ele estava machucado, com sangue escorrendo da cabeça, mas vivo. Ele tinha pulado do topo do farol antes de tudo explodir.

"Eu disse que não ia te trair, Íris," ele falou, ofegante, com o rosto pálido, mas olhando fixamente para ela.

Íris não falou nada. Ela o beijou com muita intensidade, alívio e a promessa de uma dívida de sangue. Ela ligou o motor do pequeno bote.

A última imagem que Íris teve da Itália foi o farol em chamas, um monumento em chamas para o passado que eles tinham acabado de sacrificar. Eles navegaram na escuridão, rumo à promessa de Miami.

Íris dirigia o bote enquanto Sebastian sangrava, mas sorria. A Máfia pensava que a Executora e o Sedutor estavam mortos, queimados naquele farol. Eles tinham perdido tudo: lealdade, honra, amigos. Mas tinham um ao outro. No entanto, olhando para o horizonte, Íris fez um juramento silencioso: se um dia tivesse que voltar, ela nunca mais seria fraca. 7 anos de paz a esperavam em Miami, uma paz frágil, construída com mentiras e sangue. O que Íris não sabia é que, naquele mesmo instante, o velho Corleone, que estava vendo tudo de sua mansão confortável, sorria. Ele não estava triste; ele estava apenas começando o jogo dele. O farol em chamas era só o começo.