Como ele teve coragem de dizer que a culpa é minha? Fria, fofa e meiga? aggr... como ele teve coragem!

1037 Words
ANTONELLA ... Olhei para ele, incrédula, ainda sem acreditar no que estava vendo. E pior... ele não demonstrava nenhuma intenção de recuar. Respirei fundo, tentando pensar em alguma explicação lógica. Sei lá, talvez fosse uma prima? Mas eu já conhecia todas as irmãs dele! Éramos melhores amigos há anos! — Joabe… quem é ela? — perguntei, sentindo meu coração bater forte. Ele hesitou, desviando o olhar. — Ela… é italiana. Não entende o que estamos falando. Eu… pedi pra você ficar em casa. Minhas sobrancelhas se ergueram, Como assim pediu pra que eu ficasse em casa? o que está acontecendo... porque ele trouxe essa mulher. — Joabe! Por que trouxe ela? Quem é essa mulher? A mulher me encarava fixamente, com um olhar afiado. — Vamos conversar… — Ele então se virou para ela e disse algo em italiano: — Ho intenzione di rompere con lei, è mio. Aspettami qui! (“Vou terminar com ela, minha amora. Me espera aqui.”) Ela sorriu e beijou os lábios dele, bem na minha frente. — Joabe!! — gritei, sentindo a raiva ferver dentro de mim. A italiana apenas se afastou, sentando-se mais distante, como se nada tivesse acontecido. — Que merd@ é essa? — questionei, tentando manter a calma, mas falhando miseravelmente. Ele suspirou. — Que palavrão é esse nelinha? — Eu falo como eu quiser! agora, explica. — Eu a conheci na viagem… Estou apaixonado, Nelinha. Meu mundo desabou. — Você… não tá falando sério! Você enlouqueceu?! Joabe segurou minhas mãos, mas eu as puxei imediatamente. — Somos amigos há tantos anos… Eu te amo ainda, mas não como mulher, Nelinha. Tenta me entender. Seu sorriso cínico só aumentou minha raiva. Se apaixonou? Como assim! como alguém muda tão derrepente? Eu.. eu não esperava isso. fico em choque. Não sei nem como reagir. Meu processamento lento me sabota. — Você namora comigo há quatro anos, Joabe! Moramos juntos! Eu… não estou entendendo nada! Ele desviou o olhar para a mulher e negou com a cabeça. — Escuta… Você é linda, fofa e meiga! Mas… falta algo, sabe? Eu neguei, completamente atônita. — Não sei, não! Ele sempre dizia que eu era perfeita. Agora isso? Agora apareceu defeitos? por deus... onde ser fofa e linda é motivo de uma traição destas? — Você é fria, Nelinha… Fofa demais. Mas isso não supre um homem. Meu sangue ferveu. Me senti tão humilhada que tudo que pensei foi em ferrar ele também. Eu não vou sair por baixo, não vou mesmo. — Que homem, Joabe?! Você é um rato de esgoto! Como você pode?! Minha mão estalou contra o rosto dele, e a italiana veio para cima de mim. — Non toccare il mio amore! — gritou ela. (“Não encosta no meu amor!”) Eu ri, debochada. — Mio amore seu r**o! Ele era meu amor! Meu! Sua ladra de namorados! — Para, Nelinha! — Joabe segurou meu braço. — i****a! Eu te odeio, Joabe! Odeio você! Saí de lá me sentindo uma completa i****a. “Fofa? Fria?” Argh! Ele me traiu e ainda me culpa?! i*****l miserável! --- Cheguei à empresa arrasada. Só queria encontrar minha amiga e chorar escondida. Assim que subi para a mesa dela, soltei um desabafo: — Gaby… Gabriela me olhou e arregalou os olhos. — Amiga… Que cara é essa?! Abracei-a e deixei as lágrimas rolarem. Que ódio daquele infeliz! — O que aconteceu?! — ela insistiu. — Eu fui buscar o Joabe no aeroporto… Ela cruzou os braços. — Esse cara de novo? Vem, vamos pra sala dos arquivos! Entramos, e ela me entregou uma caixa de lenços. — Fala logo, o que esse bocó fez agora? Solucei antes de responder: — Ele tava lá… com outra! Uma italiana fogosa pelo visto… Me chamou de fria! Fofa e meiga! Você acredita?! Limpando o nariz, olhei para ela em busca de apoio. — Gaby… Você me acha fria?! Ela hesitou. — É… Meu coração se partiu ainda mais. — Até você?! — Deixa eu terminar! — ela disse, segurando meu ombro. Eu a encarei. — Talvez um pouco, amiga… Você é bem romântica, emocionada. — Ai, Gaby!! Chorei ainda mais, pegando mais lenços. — Eu sou uma i****a… Queria fazer surpresa pra ele e eu que fui surpreendida. Ela revirou os olhos. — Aquele bicho nem devia ser chamado de homem! Você nunca conheceu um homem de verdade… Só esses moleques s*******o! — Que homem, Gaby… São todos iguais! Cruéis, egoístas, arrogantes! Tenho nojo deles! Ela bateu na mesa. — Ah, não! Agora quer virar santa?! A gente não sofre por chifre… A gente senta em outro! Eu a encarei, confusa. — O quê?! — Chega disso! Joga essa porcaria de lenço fora! Joguei, e ela pegou a caixa da minha mão. Vem vamos pra casa, eu já resolvi tudo por aqui e eles não vão sentir nossa falta. Seguimos pra casa no caminho ela foi falando: — Você precisa explorar seus conhecimentos! Ainda se sente uma menina! E você já tem 25 anos, Antonella. É hora de virar mulher! — Como? Me diz… Eu não sei como fazer isso. — Eu vou te mostrar. Assim que chegamos ela me puxou para o quarto e começou a revirar o guarda-roupa. — Você vai sair comigo. — Sair? — Você vai esfregar na cara daquele i*****l que não é fria nada! É fogosa e cheia de vida! Eu neguei, descrente. — Gaby, olha pra mim… Quem eu quero enganar? Ela sorriu, pegando um vestido preto justo. — Por fora, uma anjinha bebê. Por dentro, uma diaba safada! Respirei fundo, absorvendo sua loucura. — Tá… Você tá certa! Mas como eu faço isso? — Eu vou te levar a um lugar. Mas você precisa prometer que não vai fugir e nem surtar. Franzi a testa. — Que lugar é esse? — Um lugar que vai te dar exatamente o que você precisa. Engoli em seco. — Tá certa... É o que eu preciso e eu quero mudar. Ela sorriu. — Então vamos! Hoje, você vai sentir coisas que nunca sentiu na vida, mas amiga... Se prepara! E foi assim que a minha noite começou… Uma noite que mudaria tudo. ...
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