capítulo 75

849 Words

Ela dormiu de novo. De costas. Mas com a b***a colada em mim, encaixada direitinho no meu quadril — como se o corpo soubesse o caminho mesmo depois de apagado. E eu ali… Com a mão na cintura dela e a cabeça fervendo. Mesmo depois do g**o, da entrega, do sangue no lençol e da alma arrancada do peito, eu ainda tava aceso. Não era só vontade de meter de novo. Era vontade de segurar ela no colo e dizer: “aqui tu tá salva”. De fazer café pra ela todo dia e ouvir essa voz rouca de manhã dizendo “bom dia, Nilo”. De cuidar da paz que a gente construiu ali, na p***a daquela cama. ** Ela se mexeu. Ajeitou o corpo, o pé buscando o meu embaixo do lençol. E então, sem abrir os olhos, murmurou: — “Nilo…” — “Tô aqui.” — “Tu vai mesmo me deixar ficar contigo?” Beijei o ombro dela, devagar

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