Narrado por Nilo Tavares Fui até o quarto. Abri o armário de ferro velho e peguei a corrente grossa. Ela rangia. Igual corrente de cemitério. Voltei pra sala. Abri a porta lateral que dava pro corredor dos fundos. E assobiei. Uma vez só. Ragnar veio. O chão tremia no passo dele. O metal da coleira batia como sineta de sentença. Pit com fila. Corpo de tanque. Cabeça de leão. Olho de demônio. Nascido pra matar, treinado pra obedecer. Quando cruzou a porta, Amara tava de pé no canto da sala. Congelou. Mas não recuou. E isso… isso me deu um sorriso. Ela tinha o olhar de quem entende o que tá vendo. Mas ainda assim, não cede. Ragnar chegou até o meio da sala, farejou o ar, olhou pra mim. Levantei a mão, firme, sem pressa. — “Senta.” Ele sentou. Imediato. Um colosso ab

