JAMAL.
598 Words
Jamal
Nunca me preocupei com nada pois sempre soube que os caras estariam aqui comigo como sempre.. quando cheguei na quele maldito lugar encontrei eles lá. Raj e os gênios sempre estiveram lá por mim quantas vezes quase dorme com fome se não fosse por eles escondido pão velho pra mim. Eu vivia em um sítio no meio de uma serra só com meu avô não sei nada sobre meus pais o vovô ele não falava nada só dizia que tudo que aconteceu foi por ganância deles. Meus pais morreram quando nasce, então não preciso da referência deles.. em uma bela tarde eu estava sentado em um galho de mangueira vendo os passarinhos cantando quando chegou um carro coisa rara aqui saiu uma mulher se aproximou da mangueira chamando meu avô quando ele chegou perto disse para ela que era pra cuidar de mim pois ele estava muito doente e não podia mais e que sabia que onde ela morava era uma casa de apoio às crianças que não era adotadas que por isso estava me entregando a ela.. afirmando prontamente ela garantiu que eu seria bem tratado que lá todas as crianças aprendiam como a vida funcionava que quando eu completasse dezoito anos já teria uma profissão para seguir com a vida tranquila.. meu avô pediu um último desejo para que dormíssemos hoje no casebre dele eu vi que ela não gostou mais cedeu. Ela voltou para seu carro meu avô entrou e eu fiquei pensando como isso tava acontecendo comigo por aqui não vi que ele estava doente? Mas pensando melhor ultimamente ele vinha ficando pálido as mãos tremiam e de vez em quando ele colocava a mão no coração eu perguntava ele falava que o coração dava um dorzinha.. eu não sabia que coração doía na minha inocência eu beijava no local ele sorria e dizia que tinha curado.. não sabia que tempo tinha se passado até meu avô me chamando para o jantar.. nosso casebre era simples feito de Barro e palhas de coqueiro tenha três cômodos quarto sala e cozinha com fogão a lenha meu avô tinha feito cuscuz com ovos mexidos salada de tomate e alface. Mas a mulher não gostou disse que tava de regime comeu só a salada. Mas meu avô sabia que era por causa da comida simples. Depois do jantar fui lavar as tigelas de Barro feita por meu avô com tudo limpo e guardados fui limpar o fogão retirar os restos da cinzas deixando tudo pronto para o outro dia m*l sabia eu que ali seria minha última vez naquele ambiente. A mulher ficou com nossa quarto e nós ficamos na sala e eu rede meu avô na esteira para dormir logo. Não sabia nem que horas era aquela mais acordei com meu avô roncando alto e se debatendo gritei pela mulher ela veio ver mais logo falou com uma frieza no olhar disse que ele estava infartado e não podia fazer nada. E eu fiquei olhando meu avô parando de respirar. Logo que o dia clareava ela falou que tínhamos que ir embora pois meu avô tava morto mais que antes tinha deixado tudo pronto até a cova foi aí que mostrou o buraco perto das Figueiras. Aquele buraco eu achava que ia ser uma piscina que ele estava fazendo mais não.. com muito esforço enterramos ele sem Caixão eu não chorei pois não entendia nada que estava acontecendo. Mais de uma coisa eu sabia nada mais me importava dali em diante tudo que acontecesse seria lucro..
hj com 33 anos sei que nada vem fácil..
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