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Ps: O ex que ainda amo

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Blurb

Podemos abrir com a protagonista vivendo sua vida pacata na cidade pequena. Talvez ela tenha uma rotina simples, mas uma sensação de vazio, pois nunca superou o ex. Enquanto ela está nessa rotina, flashes do relacionamento deles aparecem, mostrando como era antes e como acabou. Isso ajuda a entender o que a levou a ainda ter sentimentos por ele.

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Capítulo 1:Retorno as raizes
O vento suave carregava o perfume das flores recém recarregadas no pequeno jardim em frente à loja da Isabela. A cidade de Vila Serra dormia, calma e serena, assim como sempre fora. as ruas estreitas eram cercadas por casas de tijolos antigos e telhados vermelhos, que pareciam guardiões de segredos há muito esquecidos. Naquele lugar,a vida parecia seguir um ritmo próprio, longe da correria do mundo lá fora. Isabela gostava disso. Gostava da tranquilidade que o interior trazia. O Movimento da pequena floricultura que herdará da mãe ocupava suas mãos, mas, à tarde, o silêncio deixava espaço para os pensamentos. Era nesses momentos que ele voltava á sua mente, quase como uma brisa gelada que fazia tremer.Lucas.seu ex-namorado, o primeiro e, se fosse honesta comigo mesma, o único que realmente amara. Eles haviam terminado há dois anos, quando Lucas decidiu ir para a capital em busca de algo que, até hoje, Isabela não sabia ao certo que era. Ambição? Segurança? Um futuro melhor? O que ela sabia era que aquele partiria com o coração cheio de dúvidas, e deixará para trás um pedaço do dela. Suspirando, ela ajeitou um buquê de margaridas e se sentou atrás do balcão. O sol da tarde invadiu o lugar com uma luz dourada, mas não aquecida o vazio que sentia. Estava prestes a fechar a loja quando o sino da porta Tilintou. Ao levantar os olhos, o tempo pareceu parar. Lucas estava ali, parado, com as mãos nos bolsos e o mesmo olhar de quem nunca soube como dizer adeus. Isabela piscou algumas vezes,como se o movimento pudesse dissipar a imagem á sua frente . mas Lucas continuava ali, no meio da pequena loja, tão real quanto as flores que acertavam. O coração dela começou a bater mais rápido, como se tentasse acompanhar os pensamentos que vinham em turbilhão. - Oi isa - desse Lucas , a voz baixa,mas familiar,com um toque de hesitação. Ela demorou a responder. As palavras não vinham com facilidade, como se o choque de vê-lo ali a tivesse paralisado por um momento. Mas o som da sua voz despertou algo que ela pensou te enterrado. -Lucas…- foi tudo o que conseguiu dizer. O silêncio que se seguiu parecia carregar todo o peso do passado. A última vez que se viram foi cheia de palavras não ditas, de promessas quebradas e despedidas confusas. Agora ele estava de volta mas nada na expressão dele dizia o porquê . -Eu…voltei para a cidade -ele continuou,coçando a nuca, um gesto que ela lembrava bem. era o jeito dele de esconder o desconforto. -só por um tempo. Isabela sentiu, ainda sentindo a confusão que a visita repetindo trazia. Será que ele votou pela família? Por trabalho? Ou…por ela? Esse último pensamento fez seu estômago revirar. -Você…está bem?-perguntou ela, mais por educação do que por real interesse naquele momento. Era difícil pensar com clareza quando passado estava literalmente em pé a sua frente. Lucas respirou fundo, como se buscasse as palavras certas mas o que saiu foi um simples :-Estou tentando. Essa frase mexeu com ela. Lucas sempre foi cheio de dúvidas, principalmente sobre ele mesmo. Sempre sentiu que não era suficiente para ela, ou para qualquer coisa grande. Foi uma das razões que levou a sair da cidade. E agora, ele estava ali, dizendo que ainda estava tentando encontrar seu caminho. -Que bom que está de volta-Isabela mentiu suavemente, tentando se equilibrar na onda de emoções. -sentir falta daqui -ele disse, e o olhar que lançou a ela deixou implícito que não era só da cidade que ele estava falando. O coração dela soltou. Havia tanto para dizer, mas o silêncio parecia mais seguro. Ainda assim, algo dentro dela sabia que esse reencontro era apenas o começo de algo que ainda não estavam prontos para enfrentar. Ela olhou para o relógio na parede, fingindo que o horário importava, e soltou um pequeno suspiro. -Eu estava fechando a loja… -Ah, claro -Lucas disse rapidamente, dando um passo para trás.-Não queria atrapalhar. -Não…não foi isso que eu quis dizer -ela corrigiu, se apressando, quase como se temesse que ele saísse correndo de novo.- Podemos conversar outra hora…se quiser. Lucas hesitou , mas então um pequeno sorriso surgiu em seus lábios. -Eu gostaria disso. E , com isso, ele se virou e saiu, o som da porta ao se fechar ecoando pela loja vazia. Isabela ficou ali, de pé atrás do balcão, sentindo o cheiro das margaridas e o peso de um passado que, aparentemente, ainda não estava terminado.

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