Capítulo 31

1461 Words
Maria Clara Como eu resistiria ao Iago? Como eu teria coragem de dizer não quando a boca dele deslizava pela minha pele com tanta fome, como se cada pedaço de mim fosse indispensável? Os beijos se espalhavam sem trégua, um atrás do outro, quentes e úmidos, correndo do meu rosto até o pescoço. Eu apertava os olhos, tentando buscar dentro de mim alguma força pra afastá-lo, mas era impossível. Eu só conseguia tremer e ceder. As mãos dele desciam firmes, pesadas, me apertando inteira como se quisesse moldar meu corpo na palma. Cada dedo marcava a minha cintura até alcançar a barra do vestido, puxando pra cima sem pedir licença. Eu devia gritar, devia empurrar. Mas em vez disso, estava faminta por mais. O vestido sumiu num gesto bruto, caindo no chão, e eu fiquei ali, exposta, só de calcinha preta, rendada, minúscula. De repente, ele me virou de costas e meu rosto bateu contra a parede fria. O choque do gelo me arrepiou inteira. Os dentes dele cravaram no meu ombro, descendo devagar em mordidas espalhadas, e a língua deixou um rastro quente até minhas costas. Eu arfava, sem conseguir controlar a respiração, tentando encontrar ar no meio daquela sensação que me deixava fraca. A mão dele deslizou pela minha barriga, enfiando-se por dentro da calcinha encharcada, até os dedos me invadirem. Um gemido escapou alto da minha boca, sem que eu pudesse segurar. — c*****o… toda meladinha? — rosnou baixo, colado no meu ouvido. Os dedos começaram a brincar devagar, circulando, apertando, entrando e saindo como se soubessem exatamente o que eu precisava. Eu gemia, a testa colada na parede, as mãos espalmadas tentando me segurar, enquanto meu quadril se mexia contra a palma dele sem eu mandar. Era como se meu corpo não me pertencesse mais. Eu era dele, completamente dele. Quando ele tirou a mão, quase pedi pra voltar. Mas ele já estava descendo — mordeu minhas costas, lambeu, e quando chegou à minha b***a segurou firme, abriu com força e afundou o rosto no meio. Me chupava por cima da renda molhada. Eu gritei, desesperada, rebolando contra a boca dele. Num instante, a calcinha foi puxada de lado e a boca voltou mais faminta ainda. Ele sugava meu c******s com vontade, a língua subia e descia, fazia círculos, me torturava até eu não saber mais o que era prazer e o que era dor. Mordia a minha coxa e voltava a chupar, como se quisesse me devorar inteira. Minha pele queimava, meus pelos se arrepiavam, minha b****a latejava dentro da boca dele. — Iago… — saiu de mim num grito manhoso, desesperado. Ele não parava. A cara afundada na minha b***a, sugando, lambendo cada pedaço da minha carne como se fosse um vício. Eu já não raciocinava, só sentia, cada segundo me empurrando mais perto do fim. De repente, ele me virou de frente, me ergueu pelas pernas e me prensou de novo contra a parede. A boca veio faminta na minha, um beijo bruto, molhado, mordiscando, sugando meus lábios até arrancar meu ar. Desceu pros meus s***s, abocanhando um deles com força. Sugava o bico até doer, a língua girando, mordendo, puxando, esticando. Eu arqueava o corpo, gemendo alto, a cabeça batendo contra a parede, sentindo prazer e dor se misturarem. — Gostosa do c*****o… — ele murmurava entre as chupadas, a voz grave vibrando na minha pele. De repente, me ergueu de novo, firme, as mãos presas na minha b***a. Num movimento só, encaixou meu corpo sobre os ombros largos. Um grito escapou da minha garganta, alto, desajeitado. Meus dedos se agarraram no cabelo dele, sem saber se puxavam pra afastar ou pra prender mais. E então eu senti de novo a boca dele me encontrar no meio das pernas, quente, impiedosa. A posição era estranha, o corpo suspenso, mas o arrepio foi imediato, atravessando cada pedaço de mim. A boca dele era macia, quente, molhada. Cada vez que a língua descia em mim, eu me sentia levada pras nuvens. Não era só t***o, era prazer de verdade, como se ele tivesse uma fome insaciável, como se nada fosse suficiente. Eu gemia alto, mas a parede fria nas minhas costas não apagava o fogo que ele acendia. Era arrebatador, inacreditável, parecia que meu corpo virava do avesso a cada sugada, a cada lambida. Ele não parava, como se tivesse sede de mim. Se afundava sem limite, saboreando cada reação como se fosse vício. Eu pensava que não ia aguentar, mas ao mesmo tempo não queria que acabasse. Era bom demais. De repente, a língua dele parou de brincar só por fora e começou a me penetrar. Ele socava fundo, rápido, como se quisesse me f***r só com a boca. Um gemido alto escapou de mim, minhas mãos se enterraram no cabelo dele. — Aaaah, Iago… — minha voz saiu trêmula, quase chorada. Minhas pernas começaram a se debater, meu corpo tremia, a respiração falhava como se eu fosse desmaiar. O g**o subiu quente, desesperado, e quando explodiu, eu gritei, sacudindo meu corpo contra a parede. Mas ele não parou. Continuou me sugando, me lambendo, enquanto eu tremia, choramingava, perdida no prazer absurdo. O sexo com ele era brutal, doce e viciante. Eu não tinha como resistir. Quando me desceu devagar, minhas pernas ainda tremiam. O ar frio da sala me bateu na pele quente, e a boca dele se uniu a minha. Minha mão foi até a barra da camisa dele, pronta pra puxar, mas ele se afastou rápido. — Só quando eu deixar. — os olhos fixos nos meus, frios, decididos. Engoli seco, sem saber o que responder. O olhar dele me prendia inteira, e por baixo daquela frieza, havia algo queimando. Ele estendeu a mão. Eu hesitei, mas segurei. A palma quente fechou na minha, me puxando sem pressa. O corredor estreito parecia mais longo do que era. O chão gelado nos pés descalços, o som dos nossos passos, minha respiração curta demais. Cada passo me deixava mais exposta. Ele parou diante de uma porta fechada. Ficou ali, as mãos nos bolsos, o corpo imóvel, mas os olhos… aqueles olhos me atravessavam como se pudessem me despir inteira. — Se tu quiser meter o pé, suave… eu mando um menor te largar lá na tua prima e tu nunca mais tromba comigo. — a voz dele veio baixa. — Agora… se tu botar o pé aqui dentro, já era. Vou te f***r do jeito que eu curto, e tu vai ser minha, pra sempre. As palavras dele ficaram martelando na minha cabeça. Eu não fazia ideia do que significava ser “dele pra sempre”, mas já conhecia o jeito que ele gostava de me possuir. Minha pele arrepiou só com a lembrança de Angra. Minhas mãos suavam, apertando a própria coxa como se fosse a única coisa que eu controlava. Meus olhos se prenderam na porta, como se ela fosse a linha entre liberdade e abismo. Eu estava nua, exposta. Ele me olhava com frieza e desejo, e meu coração disparava, minha boca seca. Eu sabia: qualquer escolha ali mudaria tudo. Ele entrou no quarto e eu fiquei parada do lado de fora, como se meus pés tivessem grudado no chão. Minhas mãos tremiam e o meu coração martelava no peito, tão confuso que parecia nem caber dentro de mim. Fechei os olhos, tentando encontrar um pedaço de coragem. Já que o medo e a razão brigavam dentro de mim. Então deixei escapar um sopro longo. Abri os olhos, encarei a porta fechada e empurrei com a mão suada. Ele estava lá dentro, de costas. A luz vermelha acendeu no mesmo instante em que o sensor do teto captou minha entrada, inundando o quarto inteiro com um brilho quente, quase sufocante. Era como se cada canto tivesse sido feito para que eu me sentisse exposta. Ele não usava mais camisa. A calça jeans deu lugar a uma calça preta de moletom, baixa na cintura e que deixava à mostra as costas largas e tatuadas. Meus olhos correram pelo quarto e minhas pernas quase cederam. Paredes com ganchos de ferro, correntes pendendo, uma cadeira que parecia um trono de contenção, uma maca estreita presa por cintos de couro, prateleiras repletas de algemas, chicotes, cordas, barras de ferro no teto. Tudo iluminado pela penumbra vermelha que deixava o ar denso, entre o desejo e o perigo. Abracei o próprio corpo, arfando. Era tarde demais pra recuar. Avancei hesitante até a beira do tapete escuro. Ele permaneceu imóvel, de costas, as mãos no quadril, como se tivesse me esperando desde sempre. — Iago… — minha voz saiu baixa, quase um sussurro. Ele não respondeu. Só virou devagar o rosto por cima do ombro, e os olhos, iluminados pelo vermelho, arderam dentro dos meus.
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