Capítulo 56.

1903 Words
Terror narrando Quando a Manu solta que vai embora, é como se ela tivessem metido um tiro no meu peito, de perto. O bagulho atravessa, arregaça tudo por dentro. Fico ali, parado, com o peso daquelas palavras me esmagando. c*****o, é como se o chão tivesse rachado e eu caísse direto no inferno. Ela vai embora! Meu coração acelera, parece que vai sair pela boca, mas ao mesmo tempo tem um nó na garganta que não desata. O gosto amargo sobe, pior que qualquer pinga r**m que já tomei na vida. p**a que pariu, porque eu fiz isso. Fui eu que joguei ela nesse ponto. E agora? Agora ela tá jogando a real, dizendo que vai meter o pé porque eu sou um merda. Respiro fundo, mas o ar não vem direito. Meu peito tá queimando, parece que tem fogo ali dentro. Olho pra ela, e a p***a do gesso no braço me acerta como um tapa. A lembrança do que fiz vira uma âncora, me puxando pra baixo. Eu machuquei ela, c*****o. Eu me tornei exatamente o desgraçado que prometi pra mim mesmo que nunca ia ser com ela. Terror: Por favor, não vai... Não vai embora. Minha voz sai fraca, e eu odeio isso. Odeio parecer tão pequeno na frente dela. Odeio o quanto eu preciso dela. Ela não responde. Só me olha com aquele olhar firme, como se já tivesse decidido, como se não tivesse mais volta. Meu coração tá batendo no compasso do desespero. Sinto um calor subir pro rosto, e minha mão vai direto pro cabelo, puxando com força. p***a, não faz isso comigo, Manu. Não faz. Terror: Tu acha que eu quero viver assim? p***a, eu não quero... Mas sem você aqui, eu não tenho nem por onde começar. Eu tô perdido, Manu. Eu preciso de você. Ela abaixa o olhar por um segundo, mas não muda a expressão. E isso me mata mais ainda. Ela tá certa, e isso é o pior. Eu sou um cuzão, um pedaço de nada. Não tenho o direito de pedir pra ela ficar, mas, c*****o, não consigo aceitar. Terror: Tu é a única coisa boa que eu encontrei em muito tempo, Manu. A única que me fez acreditar que talvez eu pudesse mudar. Não me deixa agora... Não joga a última p***a de esperança que eu tenho no lixo. Eu falo, mas minha cabeça tá a mil. Não consigo processar a ideia dela sair da minha vida. Tento engolir o choro que não vai sair, mas meu corpo todo tá tenso, fechado, pronto pra explodir. O silêncio dela, é como se ela tivesse me dando o golpe final. Mano, eu não consigo viver sem ela. Terror: Manu, não faz isso... Não vai, c*****o. A voz sai antes de eu conseguir pensar direito. Minha mão coça de nervoso, e os passos são automáticos até parar bem na frente dela. Tô tão perto que sinto a respiração dela acelerar, o jeito como ela tenta não me encarar, mas não consegue desviar totalmente. Tá tudo ali, estampado nos olhos dela: mágoa, raiva, e aquele medo que me rasga por dentro. Não planejei o que faço em seguida. Não teve tempo. Não teve raciocínio. Só foi. Me inclino de uma vez, cortando o espaço que ainda existia entre a gente, e quando meus lábios encontram os dela, parece que o mundo inteiro explode e some ao mesmo tempo. O beijo é bruto, direto, um reflexo do caos que tá dentro de mim. Seguro firme na cintura dela, porque é o único jeito de não desmoronar de vez. Meu peito encosta no dela, e sinto o calor do corpo dela, quente como a p***a do inferno. É como se eu precisasse provar que ela tá aqui, que não fugiu ainda. Que ainda é minha. Ela tenta resistir, sinto isso no jeito que os dedos dela se fecham contra meu peito, mas não se afasta. Em vez disso, os lábios dela cedem, respondem. É um choque, porque p***a, eu achei que ela fosse me empurrar, que fosse me xingar, mas não. Tá ali, me beijando de volta, com a mesma intensidade. É raiva, é dor, é tudo misturado num turbilhão que nos engole. Minha mão sobe pra nuca dela, os dedos passando pelo cabelo enquanto aprofundo o beijo, sem querer largar. O gosto dela é um misto de amargo e doce, como se carregasse todas as palavras que a gente nunca conseguiu dizer. Meu coração tá disparado, a cabeça girando, e eu só consigo pensar em como não quero que isso acabe. A respiração dela tá pesada contra a minha, e o jeito que os lábios dela se movem nos meus me deixa ainda mais perdido. É como se todo o ódio e a mágoa tivessem virado faísca, e agora a gente tá aqui, queimando juntos. Eu sinto o corpo dela relaxar um pouco, os dedos antes tensos agora seguram minha camisa como se também precisasse de alguma coisa pra se segurar. Mas aí, do nada, ela para. Se afasta um pouco, respirando fundo, o olhar dela encontra o meu, e o silêncio que se segue é ensurdecedor. Fico ali, encarando ela, tentando entender o que vem depois, mas sem saber o que dizer. Manu: Não faz isso, Terror. Não complica mais... Ela fala baixo, quase como um sussurro, e eu sinto as palavras dela como um soco no peito. Dou um passo pra trás, soltando a cintura dela, mas sem conseguir desviar o olhar. Terror: Não complica? Manu, a complicação é a única coisa que a gente sabe fazer. Ela respira fundo, eu vejo as lágrimas brotando nos olhos dela , mas ela não deixa cair. Não na minha frente. A distância que ela cria parece um abismo, e eu fico ali, parado, sentindo uma dor que corta a alma. Manu narrando É como se esse beijo fosse a última tentativa desesperada dele de me segurar, de me impedir de ir embora. Por um instante, contra tudo que eu deveria sentir, eu me deixo levar. O gosto dele é forte, carregado de cigarro, álcool e um amargor que parece vir de dentro, como se cada parte dele estivesse gritando por ajuda. Os dedos dele apertam minha cintura com uma firmeza quase dolorosa, como se quisesse ter certeza de que eu não desapareceria naquele momento. É um beijo intenso, bruto, mas também cheio de algo que não consigo definir. Quente, caótico, um pedido mudo de perdão e um grito de desespero ao mesmo tempo. Quando ele finalmente se afasta, os olhos dele encontram os meus. Tem uma urgência no olhar dele, uma mistura de culpa, dor e esperança. Como se cada segundo desse momento fosse vital. A respiração dele sai pesada, os lábios vermelhos e inchados pelo impacto. Já eu... tô ali, tentando processar tudo, o gosto dele ainda nos meus lábios, enquanto meu coração parece querer sair do peito. Ele não diz uma palavra. Nem precisa. O silêncio entre a gente diz tudo. É carregado, sufocante, mas também repleto de coisas que nunca foram ditas. Terror: Se é isso que tu quer, eu não vou atrapalhar teu caminho. – Ele fala, a voz rouca, enquanto mantém a cabeça erguida e as mãos enfiadas no bolso. O rosto dele tá vermelho, e os lábios ainda marcados pelo nosso beijo. Terror: Eu te dou minha palavra... Não vou te procurar, nem te impedir de seguir tua vida. Mas quero que saiba que, se um dia precisar, eu vou tá aqui. – Ele sorri de leve, um sorriso meio amargo, mordendo os lábios como quem tenta segurar algo maior. – Tu tem o meu sentimento, e tu sabe que é de verdade, mesmo com o meu jeito todo torto. Ele me encara por mais um instante, e o silêncio entre nós parece gritar tudo que ele não consegue dizer em voz alta. Terror: Se é isso que tu quer, eu não vou atrapalhar teu caminho. – Ele fala, a voz rouca, enquanto mantém a cabeça erguida e as mãos enfiadas no bolso. O rosto dele tá vermelho, e os lábios ainda marcados pelo impacto do beijo. Terror: Eu te dou minha palavra... Não vou te procurar, nem te impedir de seguir tua vida. Mas quero que saiba que, se um dia precisar, eu vou tá aqui. – Ele sorri de leve, um sorriso meio amargo, mordendo os lábios como quem tenta segurar algo maior. – Tu tem o meu sentimento, e tu sabe que é de verdade, mesmo com o meu jeito todo torto. Ele me encara por mais um instante, e o silêncio entre nós parece gritar tudo que ele não consegue dizer em voz alta. Terror: Só quero que tu seja feliz... de verdade. É o que eu desejo pra tua vida. Manu: Me faz sua mulher de novo A sala do barraco parece se transformar em outro mundo quando nossas bocas se encontram novamente. O beijo é urgente, carregado de tudo que ficou preso entre a gente: mágoa, desejo, saudade, arrependimento. Os dedos dele deslizam pela minha cintura, apertando com uma firmeza que me faz sentir segura, mesmo no meio desse caos. Ele me ajeita sentada no braço do sofá enquanto o corpo dele se encaixa no meu. As mãos exploram meu rosto, meu pescoço, meu cabelo, como se ele quisesse memorizar cada detalhe. O beijo vai ficando mais intenso, as respirações misturadas, o calor subindo como uma chama que ameaça nos consumir. Terror: Tu tem certeza disso? – Ele pergunta com a testa encostada na minha, a voz grossa de t***o, os olhos queimando nos meus. Manu: Nunca tive tanta certeza. – Respondo, puxando o lábio inferior dele de volta para o meu. As mãos dele descem pelas minhas coxas, subindo meu vestido, me puxando ainda mais para ele. O calor do corpo dele parece me envolver, e eu sinto o volume do seu p*u sob a bermuda que ele ainda veste. Ele para por um momento, me olhando como se quisesse dizer algo, mas não diz nada. Ao invés disso, ele me beija de novo, um beijo tão profundo que parece que vou desmoronar ali mesmo. As roupas começam a cair no chão, peça por peça, sem pressa. Ele toma cuidado com meu braço engessado, como se estivesse lidando com algo precioso, mas ao mesmo tempo o toque dele é cheio de fome. A maneira como ele me aperta, como me olha, me faz sentir desejada de uma forma que nunca senti. Os lábios dele descem pelo meu pescoço, deixando uma trilha quente que faz meu corpo inteiro se arrepiar. O cheiro dele, o calor, o jeito como ele sussurra putarias no meu ouvido, tudo isso me prende ali, naquele momento. É como se nada mais existisse além de nós dois. Quando finalmente estamos completamente nus, ele me olha de novo, como se quisesse ter certeza de que eu ainda estou ali, com ele. E eu estou. Não sei o que vai ser depois disso, mas agora, nesse instante, eu pertenço a ele, e ele a mim. A única coisa que se ouve é a nossa respiração entrecortada e os gemidos que escapam entre os beijos. Cada toque, cada gesto é uma tentativa de se reconectar, de se redimir, de provar que, apesar de tudo, ainda somos capazes de sentir algo real, algo que vai além da dor e da escuridão. E, por um momento, parece que nada pode nos atingir ........... 🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥
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