Rogerio narrando — Cuidado, sua incompetente! — gritei com a infeliz da enfermeira que limpava meus ferimentos. Cada passada de gaze ardia e me lembrava maldita da surra que aquele desgraçado do Caveira me deu. O sangue secando nas minhas costas era só prova de que, por um triz, eu não tinha virado defunto. Minha respiração era pesada, um misto de dor e ódio, e dentro da minha cabeça só martelava a mesma pergunta: como eu deixei aquele favelado me encostar? Pra piorar toda essa merda, a família Souza está me pressionando, cobrando o compromisso daquela c****a ingrata com o Hugo. Tô fodido e cercado de problema. A porta abriu devagar, e a voz firme da Rosângela cortou o quarto. — Saia daqui sua incompetente. — Ela não pediu, ela ordenou. A mulher largou as gazes correndo, fugindo como

