📓 NARRADO POR MARINA ALVES – A FUNCIONÁRIA EM INÍCIO DE CARREIRA (OU FIM DA SANIDADE) O celular vibrou. Uma… duas… três vezes. Toque suave, alarme carinhoso, aquele “triiim” digital que parecia dizer: acorda, princesa, o inferno começa em trinta minutos. Abri um olho. Depois outro. Fechei os dois. Tentei me virar na cama, mas... PLÁ. Caí. Sim. CAÍ DA CAMA. Igual jaca madura. Igual saco de batata com franja. Igual pessoa que teve a audácia de acreditar que segunda-feira ia começar com dignidade. — “AAAAAAAIIII MEU OSSO DO RISO!” — gritei, abraçada ao travesseiro e completamente enrolada no lençol, como um temaki humano de moletom velho e desespero. Levantei do chão parecendo uma tartaruga de crochê. As costas travadas. A alma em processo de reanimação. A cabeça latejava, o ol

