Marine acordou sobressaltada com batidas incessantes na porta, que ecoavam pelo quarto. Ao levantar-se apressadamente, uma dor aguda percorreu sua cabeça, fazendo-a franzir o rosto. A enxaqueca do dia anterior ainda a assombrava — não tinha como comprar remédios com o pouco que lhe restava. Arqueou as sobrancelhas ao abrir a porta e deparar-se com o dono do motel. Reconheceu-o do dia em que se mudara com a ajuda de Augustin. Esfregando as mãos para se aquecer, cumprimentou-o. "Em que posso ajudá-lo?", perguntou, intrigada com aquela visita tão cedo. Seu coração acelerou quando um pensamento lhe ocorreu, mas rapidamente o descartou. Augustin já pagara pela estadia — não poderia ser por falta de pagamento. "Há algumas visitas esperando para vê-la lá fora." "Visitas...?" Deixou

