Naquela noite, Lily teve um sono agitado. Sonhou com David—com ele orquestrando cada gesto, cada contrato, cada palavra—não por amor, mas apenas para humilhá-la novamente. Lily despertou com um sobressalto, seu peito subindo e descendo em respirações ofegantes. O sonho ainda pairava no ar, denso e pesado como uma nuvem de tempestade que se recusava a ir embora. Nele, David a olhava com aquele mesmo olhar afiador, aquele meio sorriso que sempre parecia diminuí-la, e sussurrava palavras que ela não queria ouvir. Ele não a beijara para tê-la. Ele não a puxara para perto por carinho. Não, ele fizera isso para humilhá-la e lembrar que ela sempre estaria abaixo dele. Seus punhos se apertaram nos lençóis. O pior não era o sonho em si—era o quão real ele parecia. Ela se sentou

