Lily fitou-o por longos segundos que pareceram uma eternidade. O homem em quem um dia depositara sua confiança. O homem que julgara possuir um mínimo de honra. Uma risada amarga e truncada escapou-lhe da garganta. Seus olhos brilhavam, não de lágrimas, mas da dor cortante da traição. "Não," ela declarou, com uma firmeza que ecoou no silêncio. Um murmúrio ondulou pela multidão. Marina interveio rapidamente, interpretando a conciliadora. "Lily, não seja teimosa. Um simples 'sinto muito' e isso tudo acaba." "Não tenho do que me desculpar," Lily retrucou, erguendo a voz com dignidade. Suas mãos tremiam de raiva contida, suas faces ardiam em rubor. David permaneceu impávido. Seu rosto era uma máscara de gelo, os lábios uma linha severa. "É apenas um conselho. Apenas ceda,

