Sim, o Herus pagou de louco. Mas sabe de uma coisa? Eu também posso ser louca, se eu quiser. Se ele achou bonito me provocar, beijar outra bem na minha frente... eu não ia ficar parada chorando pelos cantos, não. Passei por ele com o coração acelerado, ainda doendo, mas cheia de coragem de mentira, daquela que a gente só tem quando tá bêbada e ferida. Vi o Guilherme parado, olhando a confusão toda de longe. Era minha chance. Me joguei no pescoço dele e beijei. Beijei com vontade, com raiva, com dor e com uma pontinha de desafio. Ele correspondeu, mas de um jeito meio tímido, surpreso… ele não entendeu nada. Quando me afastei, ele deu aquele sorrisinho de canto de boca e me puxou de volta, dessa vez mais firme. A mão dele subiu devagar pro meu cabelo, os dedos se enroscaram nos fios e...

