O beijo começou calmo. Lento. Como se nossos lábios estivessem se reencontrando depois de uma eternidade de saudade contida. Como se a gente tivesse sido feito pra isso — pra se perder um no outro. O gosto dele era quente, desesperado, quase doloroso de tão bom. Herus me beijava como se precisasse de mim pra viver. Como se eu fosse o ar que ele prendeu por tempo demais. O corpo dele colou no meu e minhas pernas fraquejaram na hora, sem aviso. Num piscar, já estava de costas pra parede, com ele me pressionando contra o cimento frio — só que nada em mim sentia frio. A respiração dele queimava contra minha pele, quente e urgente, e os dedos começaram a explorar minha cintura com uma calma que mais provocava do que acalmava. Ele sabia o que estava fazendo. E meu corpo sabia que queria cada

