LAURA: Ele me levou para o quarto como se eu fosse um peso fácil de carregar. Como se meu corpo desabasse no dele por vontade própria. Talvez tivesse mesmo. Ou talvez fosse só a bebida queimando no meu sangue. Tanto faz. Eu não queria sentir nada além disso. Não essa dor i****a que cutucava o fundo do peito toda vez que ele me olhava com aquela sombra nos olhos. Eu não queria palavras doces. Não queria promessas. Eu só queria ele. Como uma febre. Como um castigo. Tropecei quando entrei no quarto, rindo como se não estivesse caindo aos pedaços por dentro. Ele me segurou, e aquilo só me deixou com mais raiva de mim mesma. — Vai ficar me olhando como se eu fosse um problema, ou vai me dar o que eu quero? murmurei, sentindo a boca formigar. Ele arqueou uma sobrancelha, aquele maldit

