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Alleumena, a filha do inverno

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Blurb

Princesa bastarda, grisalha, filha do inverno.

É caçada por seu reino e amparada por estranhos.

Era ladra, pobre, aventureira e sem nenhum inimigo.

Agora, a cada esquina um perigo.

Primeiro volume da série Princesa Bastarda.

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PRÓLOGO
Mamãe sempre me contou a história de Leila, sua amiga da infância, filha do verão, que sumiu, assim como todas as dredas que nasceram no último mês do Verão quando o Inverno, que elas viveram, acabou e outro Verão nasceu. Noite alguma consegue abraçar a morte do Inverno e o nascimento do Verão. É um mês inteiro sem noite; treze dias! Dá pra imaginar? O nascimento do Inverno é o oposto. Treze dias no completo breu. Cada dia esfria mais, até que chega o último que é o mais frio do que todo o inverno inteiro é capaz de ser. Foi nesta noite que eu nasci. No último suspiro do Inverno. Mamãe me contava a história de Leila chorando. Não só por ela. Chorava por mim também. Eu era como Leila, só que griza ao invés de dreda. Eu só descobrir isso quando era grande e começara a desbotar minhas cores de nascença. A existência das dredas e das grizas é motivo de grandes contos, livros e poemas. Muitas histórias relatam façanhas, aventuras (na grande maioria por parte das dredas que são tão bem quistas no mundo) e outras histórias contam coisas mais proibidas como magia. Somos uma centelha de um Deus caído, fortalecendo até explodir sua magnitude e poder pelo mundo, transformando cenários, climas e vidas. Temos uma fração disso em nós, condensado, segundos as histórias. Nelo uma vez trouxe um livro velho despedaçado de poema de uma griza que alcançou a magia e fazia coisas inimagináveis. Eu tentei fazer todas e nada funcionava, por isso eu sabia que eram tudo história e só isso. Talvez aqueles poemas fossem só para aliviar o fato de que a cada dia minhas cores desbotavam e mais olhos tortos me encontravam na sua, destacando num mundo colorido — As estações estão cada vez mais curtas — me dizia a vovó, antes de morrer. — Sua mãe chorava no meu colo. m*l sabia andar, quando todas as filhas do último suspiro do Inverno passado morreram, nascendo as filhas do Verão. Eu sabia dos contos das dredas e das grizas, mas m*l fazia ideia o que eram. O que éramos. Eu só sabia que tanto as filhas do Verão quanto as filhas do Inverno sumiam na virada de estação e nenhuma foi vista novamente. Nem um fio de cabelo branco ou vermelho deixado para trás. Nem o corpo ou sequer as vestes que usavam no momento. Apenas lembranças de que um dia existiram. Um dia serei eu a largar de existir, como elas deixaram. Nunca foi visto ao vivo alguma griza ou dreda sumindo. Deve ser dolorido se ver alguém partir assim. Largar de existir do nada, por isso é costumeiro as grizas e as dredas se afastarem de qualquer ser vivo racional e manter apenas contato com a natureza no último suspiro da estação em que viveram. É deprimente pensar que esse era meu destino. Eu simplesmente sumiria do mundo. E cada estação vem sendo mais curta que a anterior. A antepenúltima estação durou 31 anos. A penúltima durou 28 anos e a última, antes dessa, 23 anos apenas. Sou péssima em contas, mas sei que antes de eu completar meus 20 anos, vou largar de existir. Sei que sim, porque sou um lembrete de que o Inverno está perto. A cada ano que passa minha pele fica mais alva, meu cabelo um tom mais claro de cinza e meu sangue mais amarelo. Um dia o sangue que passa nas minhas veias serão prateados e meu cabelo, minha pele, meus lábios, minhas unhas e meus olhos serão o tom mais alvo de branco possível. Logo eu, que nasci parda dos lábios tão vermelhos, como mamãe dizia. Nós, filhas e filhos do Inverno, somos seu último suspiro na guerra contra o Verão. Para não morrer completamente, o Inverno entra nos bebês que estão nascendo na transição entre as estações, fraco e debilitado. Só descobri isso daqui muito tempo. Com o passar dos anos o Inverno vai se fortalecendo até que, de alguma forma, fica tão forte que se esvai de todos nós e se espalha pelo mundo, guerreando com o já cansado Verão e, assim, o derrotando. É uma pena que não poderei mais existir e ver um dia sequer da estação que me definiu minha vida inteira.

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