Abadon

Henry Donovan estava sentado em seu quarto na Rua Washington Ave número 75 em silêncio. Ele estava olhando pela janela para o quintal. O primo de Henry, Daniel Donovan, e seu melhor amigo, Pablo Polkiss, estavam correndo de um lado para o outro sobre um regador no quintal - tentando se refrescar no calor do verão. Henry mentalmente os amaldiçoou por sua falta de preocupação - ele nunca poderia relaxar assim, não com Erick à solta por aí. De fato, Erick sempre parecia estar no topo da lista de preocupações de Henry. Não ajudava que ele não tinha nada para fazer e ninguém de sua escola tinha estado em contato com ele desde que sua escola tinha saído para o verão quase uma semana atrás. Antes do verão passado, isso não teria sido uma surpresa, mas no ano passado ele recebeu algum alerta sobre possíveis ataques para ajudá-lo na captura de Erick. Sem o alerta, Henry sentiu que poderia ter enlouquecido. Ele esperava que isso não acontecesse neste verão. Nem mesmo o Jornal de Londres – o principal jornal de londres – conseguia mais prender a atenção de Henry. Os artigos nele foram preenchidos com os feitos de Erick - ataques ao mundo trouxa e bruxo enchiam todas as páginas - mas o quê jornal trouxe e, de fato, as notícias na TV eram praticamente as mesmas. Eram todas as coisas que ele tinha ouvido falar antes, apenas de uma perspectiva diferente e mais conhecida. Depois de um tempo, até ele com certeza se cansaria disso. Henry puxou a uma caneta do bolso e olhou para ela por um longo momento, antes de começar a bater no parapeito da janela. Ele se perguntou como Lindsay Norman e David Blaine - seus dois melhores amigos - estavam indo. Ele se perguntou como todos os membros do clube de estudos estavam se sentindo. Será que eles se culpavam, como ele se culpava, pela morte de dois de seus alunos no ano letivo anterior? Eles liam o jornal todos os dias e assistiam às notícias como ele fazia? Henry olhou para o pequeno memorial que ele montou para os quatro companheiros que ele viu cair para o povo de Erick. Fotos de Cadance Johnson, Safira Meyer, Christian Blaine e Marietta Eleanor o encaravam. Cadance estava sorrindo para a foto de forma tranqüilizadora enquanto Christian parecia prestes a chorar e Marietta fazia uma careta para a foto; ela nunca gostou dele. Safira estava sorrindo alegremente, parecendo que estava pronta para pregar uma peça em qualquer um que chegasse perto dele. Um pequeno porta-retrato estava ao lado do memorial, os rostos felizes dos pais de Henry sorrindo para ele. Um lote de flores recém-colhidas do jardim de sua tia Pepper estava na frente do memorial e do porta-retratos. "GAROTO!" veio um grito lá de baixo. Henry suspirou e colocou a caneta memorável de volta no bolso. Ele verificou se suas chaves reservas estavam em seu outro bolso, então sorriu para onde sua felina, Morgana, estava em sua caminha. "Eu estarei de volta em breve, ok, garota?" ele disse a ela gentilmente. Morgana miou para ele tristemente - ela só tinha permissão para sair uma vez por noite para caçar, ordens do tio Cooper - e abaixou a cabeça para trás sob sua pata para dormir um pouco mais. Henry fez uma careta e saiu de seu quarto para descobrir o que sua tia queria. Ele duvidava que fosse bom. - Henry nem sabia por que eles estavam fora. Só ele e tia Pepper. Fora em Londres. Sua tia disse que ela precisava de algumas coisas, mas as únicas coisas que eles conseguiram até agora foram coisas que eles poderiam ter conseguido na rua da casa ou eles tinham bastante. Não que Henry fosse questionar a viagem. Ah não. Ele gostava de sair de casa. Ele enfiou a mão no bolso e se sentiu melhor quando seus dedos roçaram suas chaves e algumas moedas. “Traga-me algumas dessas uvas, garoto,” Pepper resmungou, apontando para onde havia uma barraca de frutas frescas do outro lado da rua. “Me dê bastante!” "Eu não tenho dinheiro para comprá-los, tia Pepper," Henry apontou, um tanto divertido com o esquecimento de sua tia. Pepper olhou para o sobrinho por um longo momento antes de tirar algumas notas de sua bolsa e enfiá-las na mão dele. "Aqui." Henry assentiu e atravessou a rua até a arquibancada. Ele ficou muito feliz em ver que poderia conseguir “muitas” uvas e ainda ter troco suficiente no bolso para mais tarde. Não que ele gostasse de roubar, mas essa era sua tia. Ele achava que merecia uma mesada da família de vez em quando. Sean estava começando a se desgastar com ele, caramba. Henry comprou as uvas e se virou para voltar para onde havia deixado sua tia. Ela não estava lá. Ela não estava em nenhum lugar é vista. Henry Donovan acabara de ser abandonado em Londres. "Ah Merda."