Destinada a Vocês

Capítulo 01 {O que aconteceu ?} A família de Julian meu noivo, eram sempre convidativos porém insuportáveis. Aquela típica parentela de pessoas que moram em um apartamento que com toda certeza a mesa de jantar é de vidro e gostam de tudo arrumado aos mínimos detalhes, e como moram em condomínio fechado em Chicago são um bando de gente chata do c*****o e metidas a esnobes. Fica evidente minha falta de amor por eles? __ Ajeita seu vestido Mel.__ Disse meu noivo tocando a campainha do apartamento 11, e ao olhar para baixo meu vestido estava impecável. Era apenas um amassado no final da aba, e respiro fundo. __ O que quer que eu faça Julian? Jogue essa torta de pêssego de minhas mãos no chão e misteriosamente retire um ferro de passar roupa da b***a?__ Falo irritada já, e lá fora naquele corredor silêncioso conseguia ouvir a voz chata da minha sogra. __ Você tem uma boca muito suja! Por Deus comportar-se.__ Indagou. Giro meus olhos, e assim que a porta fosca e automática é aberta Julian volta para sua postura inicial sorrindo para sua mãe e lhe dando um beijo no rosto. __ Julian meu príncipe, achei que não iria vim para o aniversário do seu irmão Max.__ Disse ela lhe devolvendo o beijo e observo como o rosto dela enrugado estava lotado de maquiagem esfarelada e suas bochechas pareciam que tinham levado dois tapas de tanto blush. __ Claro que eu víria mamãe, eu amo vocês.__ Julian diz entregando a ela um presente embrulhado com aqueles sacos de presente de 1.99, até porque ele gastou o bruto mesmo foi em um tênis da New Balance.__ Entregue ao Max, e aqui minha noiva fez uma torta de pêssego maravilhosa! Ao acenar em minha direção era minha vez de falar com ela. Que Deus me ajude. __ Oh Melissa...parece uma boa torta.__ Disse Catherine sem empolgação. Ao entrarmos estava boa parte da família dele ali presente, suas tias mais velhas eram as mais fofoqueiras do condomínio, e Max seu irmão mais velho era bem parecido com ele em fisionomia só mudava a idade. Me adentrei para a cozinha e coloquei a torta sobre o balcão pequeno que fazia divisa com a sala de jantar. E após a gente se reunir, comer um pato assado que Catherine fez e tirar foto do bolo de aniversário, eu apenas fui para a sacada do apartamento me distanciar e aproveitar o vento fresco da noite daquele domingo. __ Foi você quem fez aquela torta?__ Uma voz familiar questionou se aproximando e era Max tragando um cigarro e fechando a porta de correr de vidro atrás de nós. __ Com toda certeza fui eu.__ Murmuro ainda observando a vista dos arranha-ceús e a grande margem do lago Michigan. E Max ri. __ Você sabe que minha mãe nunca come o que você trás não é?__ Pergunta já ao meu lado se escorando no parapeito de vidro e oferece seu cigarro fedorento. __ A vagabunda da sua mãe me odeia, e não gasto mais meu tempo cozinhando, essa torta comprei na padaria abaixo do prédio onde moro.__ Falo de forma sincera e pego seu cigarro dando uma leve tragada, apesar de não gostar da idéia de fumar, eu era o tipo de pessoa que estava aberta a experiências novas. E uma dessas experiência é mais relativa a sexo, do que beber e fumar. __ Julian deve ter dificuldade em lidar com você, ele é o casula da nossa mãe, tudo ele quer exatamente do jeito dela.__ Diz olhando para minha boca que ainda fumava. __ Se Julian não fosse tão bebê de mamãe, ele já estaria morando comigo a muito tempo, estamos noivos a dois anos e ele continua me tratando como dois adolescentes, acha mesmo que sua mãe me respeita? Ela acha que a qualquer momento a falta de compromisso dele vai ser a deixa para acabar a relação. Max respira fundo e entrego o cigarro me sentindo estressada. __ Tenha paciência com meu maninho, eu sei que você o ama e vai mudar essa situação. Dou uma risada sarcástica. __ Se tem uma coisa Max que eu Melissa não faço é educar homem, essa questão tem que ser tomada por ele.__ Falo me retirando da sacada. Dois anos noiva de um homem que não decide quando poderemos realmente casar, eu queria saber o que se passa na cabeça de Julian. Não é falta de uma boa renda financeira ou de tempo, era só a má vontade de decepcionar sua mãe se casando comigo, e toda vez que vamos visitar ela, Julian parece ter a esperança que ela vai dizer "Quando vai ser o casamento?" Pra finalmente tomar a decisão. __ Mel vou dormir aqui hoje, minha mãe insistiu muito.__ Disse Julian ao me ver retornando para dentro. Respiro fundo, e continuo o olhando em silêncio. __ Estava fazendo o que lá fora?__ Ele pergunta se sentindo sem graça com a minha cara de b***a. __ Fumando com o Max.__ Digo e ele me analisa incrédulo. __ Dês de quando você fuma Melissa?!__ Questiona me puxando pelo ombro constrangido e com medo de alguem ouvir. __ Dês de quando eu sou obrigada ouvir que meu noivo, que aliás é meu noivo dês da época do faraó, que vai deixar eu ir embora sozinha porque quer dormir na casa da mamãe. __ Para com isso, já conversamos sobre essa questão e eu não moro com você de qualquer maneira teria que pegar um táxi. __ É Julian, me buscar já foi um grande sacrifício, imagina me levar pra casa onze horas da noite? Fique com sua mãe, estou cansada! Fora que amanhã começa mais um ano letivo de direito e não quero chegar irritada. Abraço minha bolsa que deixei na sala, e sem se despedir vou embora. Ter paciência, era uma questão da qual eu não tinha como habilidade.  Meus alunos já estavam sussurrando pelos corredores sobre mim, eu era considerada uma professora um tanto quanto hostil, quero disciplina, esforço e dedicação deles. Pois acredito que se você paga caro para ficar em uma sala fazendo faculdade por 3 a 4 anos, nada mais justo que ter um professor pulso firme para te ajudar seguir com a cabeça erguida e o pé no chão. Alguns achavam meu salto fino e saia social preta até os joelhos simples e sedutor, e outros já sabiam que a professora de direito chata estava chegando. __ Sra.Caltorn.__ A voz do diretor acadêmico da faculdade Elijah Barroc me chama logo atrás e paro meus passos lhe dando atenção. __ Bom dia senhor.__ Digo de forma amigável com um sorriso falso, já que meu forte não era paparicar os outros. __ Essa é a minha professora?__ Outra voz um tanto quanto familiar me chama e elevo meus olhos ao homem que se aproximava a nós, e quase senti minhas pernas tremer. Ângelo, o homem que conheci ainda ontem a noite estava usando uma roupa social toda preta e relógio grosso. Ele também ficou com um olhar de espanto assim que reconhece meu rosto. continua...