Capitulo 4

3677 Words
      Como sempre acordo atrasada, mas hoje a Carla está na minha porta a minha espera. Claro ela deve estar curiosa pra saber dos fatos. _ Você é muito fofoqueira sabia?_ falo entrando no carro _ Claro meu amor _ ela sorri _ agora me conta, o que aconteceu? Contei toda história pra ela, enquanto ela morria de rir de mim. _ E então, como ficou a história do casamento depois disso tudo _ ela pergunta ainda rindo _Como assim, como ficou?_ ela só podia estar louca achando que eu ia casar com ele. _ Malu pensa bem, você só precisaria fingir que é esposa dele por 3 meses, depois disso você ficaria rica. _ Não Carla, não vou me casar por dinheiro. _ Era uma boa pra se vingar do Cadu._ ela sorri      Não era uma má ideia, eu adoraria poder me vingar do Cadu, mostrar pra ele que eu posso ter dinheiro também, mas no final não valeria a pena. _ Não Carla, é melhor esquecer o Cadu e essa história de casamento também.     Saio do carro me despeço da Carla, e como sempre entro correndo no elevador, eu estava 30 minutos atrasada. _ Bom dia Malu_ Arthur me comprimentou _Bom dia, desculpe o atraso. _ Aham.. Sem problemas_ ele nem me olha parece estar preocupado com alguma coisa _ Algum problema?_ nem sei por que perguntei, mas me preocupei com ele, também não sei por que . _ Não_ ele não mentia muito bem_ eu.. Vou precisar sair algumas horas, se alguém me ligar simplesmente diga que não posso atender e anote o recado _Sim _ apenas balanço a cabeça _ Ah! E se eu não voltar até as duas, você pode ir pra casa.      Ele sai, e eu fico ali pensando, o que será que aconteceu? Ele estava tão estranho. O telefone toca voltando meu pensamento para o trabalho _ Alô? _ O Arthur está? _ eu conheço essa voz, claro que conheço, é o maldito do Cadu, o que ele queria? _ Não, ele.._ minha voz sai rouca pelo susto que tomei _ Malu?_ ele estranha    d***a! O desgraçado reconheceu a minha voz , e agora? _ Oi Cadu _ minha voz ainda sai rouca _ O que você esta fazendo no escritório do Arthur? _ ele parecia furioso _ Eu trabalho aqui Cadu_ minha voz melhora, e eu me sinto melhor só por perceber que ele se incomoda _ Que história é essa malu? Primeiro vocês são noivos e agora, você é secretária dele?_ agora ele está confuso e furioso.     Eu posso não ter sido namorada do Cadu, mas eu o conhecia muito bem, e ele estava completamente furioso. _ Cadu eu..._ por um momento pensei em contar a verdade, mas depois me lembrei da Carla, e ela tinha razão, eu devia me vingar, nem que fosse um pouquinho._ como você acha que nos conhecemos? _ pergunto irônica _ Malu, você é só uma secretária, você acha mesmo que essa coisa de noivado vai pra frente? _ a voz dele estava rouca , novamente ela estava tentado me rebaixar _ Cadu nem todos os homens são iguais a você, o Arthur me ama, e nós vamos nos casar.    Perai, o que eu estava fazendo? Estou ficando maluca? É claro que nós não iríamos nos casar, e depois que percebesse que era mentira, eu estava perdida. _ Pois eu duvido que ele case com você, o cara tem todas as mulheres na mão e vai querer você? Malu, me escuta eu conheço bem o Arthur, ele não leva ninguém a sério, você vai acabar saindo magoada.  Ele só podia estar brincando não é? Agora ele queria bancar de preocupado com os meus sentimentos? Nossa que cara de p*u. _ Engraçado Cadu, você não se preocupou se me magoaria quando me humilhou naquele dia, agora quer bancar de bom samaritano? _ fiquei furiosa com o cinismo dele_ quer saber eu não preciso da sua pena, eu vou me casar e ponto final _ desligo o telefone na cara dele.      Ainda estou em estado de fúria, quando ouço alguém me aplaudir, olho pro lado e lá está Arthur de pé na porta. Eu congelo, sera que ele ouviu toda a conversa? Queira Deus que não. _Eu..._ falo quase sem voz _Então... Resolveu aceitar minha proposta? _ pergunta sorrindo _ Não... Eu só... você não tinha uma coisa pra fazer?_ pergunto tentado mudar o assunto _Sim eu tinha, mas esqueci meu celular na mesa_ ele pega o celular e sorri _Ai meu Deus!_ bato com a cabeça na mesa como uma idiota _ Pense bem Malu_ ele coloca as mãos no bolso e começa a andar pela sala_ você não terá que fazer nada, so fingir e no final estou disposto a te dar 500 mil , pelo favor. Para o mundo que eu quero descer, ele disse 500 mil? _ Que cara é essa Malu?_ ele ri da minha cara de espantada quando ouço o valor da quantia que ele me daria só pra fingir _ Você disse... 500 mil?_ ainda estou com cara de b****a _ isso tudo só pra eu fingir ser sua esposa? _ É, eu sei que parece muito, mas comparado a minha herança não é muita coisa _ ele diz com desdém_ e então, vai aceitar?     Claro que estou muito tentada a aceitar, mas alguma coisa me diz que tem algo errado nessa história, e eu não costumo falhar. Não, melhor não aceitar. _ Muito obrigada pela oferta senhor, mas vou continuar com a minha resposta inicial, que é não. *** Arthur      Afinal qual é o problema dessa garota? Acabei de oferecer 500 mil reais pra ela, e ela não aceitou mesmo assim. Acho que ela ainda gosta do b****a do Cadu, esse pode ser o motivo da recusa. E se eu não tivesse tido tanto cuidado ao chegar nela? E se eu tivesse falado logo com ela? Talvez se eu me comportasse como o canalha que sou ela já teria aceitado. Meu celular toca, era uma mensagem do Bruno...   Bruno: E ai, ela aceitou? Arthur: Não, ela não aceitou, ainda. Bruno: Desiste cara e procura outra Arthur: Eu quero ela, agora é uma questão de honra.   *** Malu       Depois desse longo dia tudo o que eu quero é chegar em casa dormir e esquecer aquele dia maluco.Chego em casa e lá está meu pai sentado no sofá como sempre.. _ Boa noite_ me jogo no sofá e fico olhando pro teto. Meu pai não responde, estranho ele não falar nada._ pai? _ Sim?_ ele responde olhando pro chão _ O que foi?_ me aproximo e ele não parece nada bem. _ Nada... Eu só... Esquece_ o jeito dele estava esquisito _ Pai, o que foi? Me fala.       Meu pai não era meu melhor amigo, mas era meu pai, e tinha alguma coisa o preocupando. Ele me olha, depois olha pro chão... _ Eu to ferrado malu, eles vão me m***r_ ele sussurra _ Eles quem pai? Quem quer te m***r?_ entro em desespero _ pai, o que você fez? _ Eu estava frequentando um cassino, apostei alto e perdi, acabei hipotecando a nossa casa também _ Cassino? Nossa casa?_ estou atordoada _ pai, quanto você deve? _150 mil ao total. _150 mil? Que d***a pai! _ grito descontrolada _ o que a gente vai fazer agora hein? Vamos ficar sem a casa também? _Malu.. Eu só queria.. _ Queria o que? Ferrar a gente? Que d***a! _ estou gritando igual uma louca andando pela sala_ e minha mãe, ela já sabe? _ Não, você não pode contar pra sua mãe _ ele se levanta desesperado _ eu vou dar um jeito. _ Que jeito? Vai jogar mais? Você já tentou falar com o dono do cassino? _ Já, mas ele não quer saber, ele quer o dinheiro.       d***a! Meu pai sempre foi um i****a, mas dessa vez ele extrapolou. Eu sempre soube que esse dia iria chegar, meu pai sempre fez trambique pra ficar rico, e ele sempre foi muito ganancioso. Aonde iríamos conseguir esse dinheiro? Só havia uma saída, aceitar a proposta do Arthur.      No dia seguinte chego no escritório, sento na minha mesa e fico pensando no que eu iria fazer. Eu não queria aceitar a proposta mas aquela era minha única saída, eu não conseguia pensar em outra coisa.    Passei a noite conversando com meu pai, tentava achar outra saída, mas meu pai estava totalmente desacreditado de que o dono do cassino, o tal Oscar fosse querer me ouvir. Agora eu sabia por que aquele cara ligava tanto pra ele, devia estar cobrando o dinheiro. Eu estava furiosa com meu pai, e mesmo que ele tivesse me explicado mil vezes que fez aquilo por que, minha mãe vivia reclamando por ele ter gastado todo o dinheiro da herança dela com seus "negócios" e agora ela ter ficado pobre, eu nunca entenderia. Na verdade entendo a fúria da minha mãe contra ele.     Quando meus pais se conheceram meu avô, que era um dos donos de uma empresa de avião, não estava mais vivo. Então quando minha mãe engravidou, minha avó teve a brilhante idéia de obrigar meus pais a se casarem. Enquanto ela estava viva ela vendeu a metade da empresa que herdou, para o sócio do meu avô. A questão é que ela morreu, e minha mãe herdou tudo mais meu pai, como sempre estragou tudo.    Vejo Arthur entrar na sala com uma cara não muito boa. Fico observando ele se ajeitar, e percebo que ele está com um machucado na sobrancelha esquerda, fico intrigada aquilo parecia ferimento de briga. Eu não conhecia Arthur a muito tempo, mas ele não me parecia o tipo de homem que brigava fisicamente com ninguém.   Eu sabia que precisava falar com ele, mas ele sequer me deu bom dia, só entrou embrurrado e olhou os seus papéis, como sempre. Eu não sabia o que tinha naqueles papéis, mas pareciam ser muito importantes, todos os dias ele os examinava, guardava e trabalhava. _ Malu_ ele me chama ainda sério. Me levanto e ao olhar pra ele daquele jeito minhas pernas tremem. _ Sim. _ Ligue para o hospital por favor, pergunte sobre meu pai _ ele diz ainda olhando para os papéis. _ Sim senhor.      Eu  sabia pouco sobre o pai de Arthur, na verdade eu só sabia que o nome dele era Olavo boldrié, e que ele era um homem muito grosso. Os funcionários mas antigos falavam que o senhor Olavo era um homem autoritário, e que não aceitava nenhum tipo de insubordinação. Sobre o infarto, eu não sei muita coisa, uns diziam que ele passou m*l quando soube que o filho queria casar com uma menina pobre, outros dizem que foi castigo divino por ele ter feito tanta coisa r**m aos filhos, cada um tinha sua própria historia sobre o assunto. Ligo para o hospital e faço o que Arthur me mandou, pergunto sobre o pai dele, mas as noticias não eram boas,  fico me perguntando como contaria pra ele? Droga! Por que eu? Já não basta os meus problemas agora os dele? Me aproximo da mesa e ele ainda não me olha... _ Senhor... _ Sim _ Eu... Liguei para o hospital e... Disseram que seu pai entrou em estado de coma _ tento ser cautelosa, mas não sou. Ele larga os papeis e da um soco na mesa, eu me assusto e fico parada ali na frente dele. Ele parece confuso, desnorteado, sem rumo. _ Senhor... Quer que eu faça algo?_ pergunto na tentativa de acalma-lo, estava preocupada com ele. _ Case-se comigo! _ ele diz de uma vez só. Ele ainda me olha, e não vejo dúvida nenhuma em seu olhar. Mesmo que já tivesse planejado aceitar a proposta, me assusto com o jeito dele direto de falar. _Mas..._ digo rouca _ Case comigo Malu._ ele está de frente pra mim me olhando fixamente, aqueles olhos azuis me hipnotizam e ainda estou sem reação. _ Sim_ falo em um impulso tão rápido que sequer percebo o que falei. Ele me olha admirado e sorri, um sorriso tão lindo que me faz sorrir também.   *** Arthur        Chego no escritório e me surpreendo por malu já estar lá, geralmente ela chega atrasada, muito atrasada. Não a comprimento, embora queira, mas estou sem humor pra joguinhos hoje.      A malu não sabe, mas meus problemas vão além da doença do meu pai. A verdade é que eu não tenho família, o que eu tenho são sócios. Minha mãe é uma pirua descontrolada, não é má, mas parece que vive em outro planeta, e mesmo agora com a doença do meu pai ela não parou de comprar suas jóias, ao contrário agora ela decidiu que as roubaria também, virou uma cleptomaníaca. Eu e meus irmãos já paramos na delegacia duas vezes pra solta-la. Falando em irmãos, meus irmãos são o outros que só pensam em si mesmos, bem... Talvez a Beatriz não seja assim, mas tem meses que não nos falamos.      Já meu irmão mais novo André, vive no meu encalço, esperando apenas uma oportunidade de me tomar a empresa. Foi por causa dele que cheguei aqui com minha sombrancelhas machucada. Aquele i****a foi até a minha casa ontem a noite, pra falar sobre a morte do nosso pai, ele queria metade da empresa, queria internar a nossa mãe, e queria roubar a parte da herança da Bia. Ok, eu nunca fui um cara muito família, mas achei um absurdo ele já planejar esse tipo de coisa. Enfim descutimos, e eu dei um soco nele, e pela minha sombrancelha é claro que ganhei outro, mas garanto que a cara dele esta bem pior que a minha.   *** Malu       _ Malu, eu sei que vai parecer estranho pra você, mas preciso me casar rápido, de preferência nesse fim de semana _ ele me explica _ Mas.. eu..._ como assim esse fim de semana? O cartório não demora três meses pra fazer essas coisas? _ Malu, como já disse eu sei que parece estranho, mas é o único jeito._ ele se aproxima e me olha novamente agora com um olhar mais doce e terno_ Malu tem outra coisa _ ele da uma pausa suspira _ você não pode contar a ninguém do casamento, nem convidar ninguém, seremos só nós e as testemunhas que eu vou convidar. _ Mas.. e meus pais? Como vou casar sem avisa-los?. Tá, eu sei que é de mentira, mas casar sem chamar meus pais? Isso não existe. _ Malu_ ele põe as mãos no meu rosto e eu sinto todo meu corpo tremer_ por favor, ninguém pode saber até que já estejamos casados, depois você pode contar pra eles. Por um momento estamos ali frente a frente, ele tão perto de mim com as mãos no meu rosto, trocamos alguns olhares, ele se aproxima e eu me levanto. _ Então... é isso, se é assim que o senhor quer, faremos._ falo com as pernas tremendo, e vou pra minha mesa. Eu precisava do dinheiro, e já que tinha tomado aquela decisão faria as coisas como ele queria.        A semana passou rápido, e eu me segurei varias vezes pra não contar pra Carla sobre o casório, mas talvez ela já soubesse demais. Me preparo para o casamento que seria na casa do Arthur as 16 hrs da tarde. Pego o vestido lindo que ele me mandou, e ao tira-lo da caixa percebo um cartão.. " Sei que esse não é o casamento dos seus sonhos, muito menos eu o cara com quem você quer se casar, mas serão apenas três meses, e depois disso eu juro que te deixarei em paz"       Olho para o cartão e quase choro, ele tinha razão, estava tudo tão errado. O Arthur estava longe de ser o cara com quem eu queria me casar, ele era o contrário de tudo o que eu queria. Fazia pouco tempo  que eu trabalhava com ele, e mesmo ele sendo muito legal comigo, eu sabia que ele e Cadu não eram diferentes. Ouço a buzina do carro, olho pela janela e lá estava o motorista do Arthur a minha espera. Passo na sala e meu pai esta sentado no sofá, ele apenas me olha passar e não diz nada, como se soubesse o que eu iria fazer, mas é claro que isso não era possível. Saio e lá está o motorista do Arthur encostado no carro, sorrindo pra mim. _ Olá! Meu nome é Carlos,  Arthur me mandou para busca-la. _ ele parecia simpático. _Ok!_ entro no carro      Já era de uma certa idade, diria até que já deveria estar aposentado, mas ele parecia feliz. Ele cantava e assobiava enquanto dirigia. Já eu estava calada olhando pela janela. _ Triste? _ ele pergunta de repente _ Hã?_ me viro para frente e percebo dois lindos olhos azuis, me observando pelo retrovisor. _ Você, parece triste _ ele repete Abaixo a cabeça e fico pensando que deveria melhorar minha cara, afinal eu estava ali por que queria, ninguém me obrigou a nada. _ Não se preocupe, o Arthur pode parecer meio rude, mas é uma ótima pessoa. _ ele fala sorrindo _ Claro _ respondo ainda olhando pela janela _ Ele me falou sobre o casamento armado, não se preocupe, ele será um cavalheiro_ ele disse piscando o olho.      Fiquei parada olhando pra ele, como assim ele contou pro motorista? E eu não podia contar para os meus pais? _ Ele contou pro senhor?_ pergunto já revoltada _ Sim _ ele responde tranquilo_ eu e minha esposa somos testemunhas.    Olho pra ele confusa, e acho que está nítido no meu rosto por que ele sorri novamente, agora como quem acha graça.. _ Eu sei o que deve estar pensando, com tanta gente, ele chama o motorista. _ Não... eu só não sabia.. _ estou surpresa mesmo _ bem... Ele me disse que não poderia contar pra ninguém, nem meus pais _ falo com um pouco de revolta _ É eu sei, mas ele tem seus motivos, pode acreditar ele não faria isso se não fosse necessário, conheço o Arthur desde criança e sei que ele pode parecer meio egoísta, mas não é má pessoa. _ Por que eu? _ pergunto olhando para as minhas mãos, ele parece surpreso com a minha pergunta, arqueia as sombrancelhas e sorri, como se estivesse surpreso por eu não saber. _ o que foi? _ É uma boa pergunta minha jovem,  inclusive perguntei isso pra ele, mas não tive resposta. _ Então... _ Sabe o que eu acho? Que ele nem sabe ainda, mas gosta de você. _ ele estaciona o carro_ chegamos.     Estou paralisada olhando pra ele, afinal de onde ele tirou isso? Estou tão surpresa que quando olho em volta percebo que já estávamos na garagem da casa. Saio da garagem e quando olho pro jardim da casa fico encantada, tudo era tão lindo a casa mais parecia uma mansão, tão luxuosa, que tive medo de sair do lugar. _ Vamos? _ Carlos me estende o braço. Vou andando com ele até a casa e ainda estou com cara de vislumbrada _ aqui é lindo não é? _ Sim _ falo quase sem fôlego_ ele mora aqui sozinho? _ Bem... fora os empregados sim.      Enfim chegamos na casa, e quando Carlos abre a porta me deparo com Arthur a minha espera, e eu não consigo disfarçar a minha surpresa ao vê aquele cenário. Lá estava ele vestido como um príncipe. Ele estava com uma calça e blusa branca, a blusa caia como uma luva nele , e o mais impressionante a casa estava coberta de rosas brancas e vermelhas por todos os lados. _ Seja bem vinda _ ele fala sorrindo. Eu ainda estou com cara de boba e acho que ele percebe por que continua sorrindo, se aproxima de mim e fala ao meu ouvido _ espero que tenha gostado.   É claro que eu gostei, parecia um sonho estava tudo tão lindo, as flores eram lindas e ele estava perfeito com aquele terno, e a barba por fazer como sempre. Estou paralisada, surpresa, nunca imaginaria que ele faria isso, afinal que homem é esse? E o que ele quer?     Minhas mãos estavam suando, e eu não conseguia controlar meu nervosismo, olho para os lados e Arthur conversava sobre os últimos detalhes com o juiz que realizaria o casamento. Eu sabia que era de mentira, mas não conseguia parar de pensar que eu estava me vendendo, casando por dinheiro. _ Está tudo bem querida? _ pergunta uma mulher se sentando ao meu lado. Eu olho pra ela confusa, eu não queria conversar. _ Não ... eu só... estou tentando assimilar isso tudo _ Olha, não se preocupe se precisar de alguma coisa é só me chamar, ok? _ ela sorri simpática. Ela já era uma senhora mas tinha um lindo rosto. _ meu nome é Antônia, eu sou a esposa do Carlos, o motorista. _ Ah! Claro, prazer Antônia, Malu. _ falo com um sorriso meio tenso, mas me sinto mais aliviada. _ Não se preocupe ele não morde _ ela sorri e aponta pra Arthur._ sabe ele me lembra muito meu Carlos mais jovem, aqueles lindos olhos azuis, um sorriso lindo, e um enorme coração. Olho discretamente para Arthur e ela tinha razão, ele era realmente muito lindo. Arthur era o tipo de homem que arrancava suspiros por onde passava, mas no momento aquilo não me importava. _ Vocês o conhecem a muito tempo não é? _ pergunto na tentativa de me acalmar _ Ah sim! Quando cheguei aqui ele tinha 12 anos, mas Carlos trabalha aqui desde antes de Arthur nascer, nós o amamos como se fosse nosso filho._ senti uma pontada de tristeza na voz dela.    Eu iria perguntar qual era o problema, mas Arthur estava vindo então decidi deixar pra outra ocasião. _ Está na hora Malu _ ele diz _ Ah sim!_ respiro fundo_vamos.      O juiz falava e eu só conseguia pensar no que eu diria para os meus pais, eu não podia dizer que casei por dinheiro. Olho de r**o de olho para Arthur e ele parecia tranquilo, não vi nenhum traço de nervosismo em seu rosto, do contrário as vezes ele parecia até feliz. Antônia tinha razão , ele era realmente muito bonito, e nem vou falar do sorriso que era simplesmente encantador. O juiz para de falar e abre um livro na nossa frente, Arthur assina primeiro e a próxima era eu. Enquanto ele assinava pensei duas vezes em desistir, mas ai vinha em minha mente a imagem do meu pai morto, então por fim assinei. Depois de mim as testemunhas e enfim eu e Arthur estávamos casados. Eu não sabia o que esperar, muito menos o que fazer agora que era uma mulher casada com um homem que eu m*l conhecia.      
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