Capítulo 3

3330 Words
SEBASTIAN  A chuva batia contra o para brisa do carro enquanto eu tentava me esforçar para entender o que estava acontecendo logo a minha frente, minha mente estava produzindo muito mais pensamentos que poderia processar e meu peito ia queimando a cada segundo que se passava. Minhas mãos suavam a ponto de escorregarem no volante e as gotas, ainda que misturadas com as de chuva, eram salgadas e eu podia sentir o ar faltar em meus pulmões.  O tempo não passava e eu era obrigado a me manter naquela maldita fila de carros, minhas mãos tremiam e a cena do que havia acabado de acontecer tomou conta de meus pensamentos mais uma vez, era quase como se eu conseguisse vivenciar todos os sentimentos novamente, o ar faltou o suficiente para que eu inspirasse profundamente, retomando minha atenção para meu celular, que tocava encima do banco ao lado. Droga, é a Margaret! _Oi amor, tudo bem? -tentei não demonstrar a inquietude em minha voz. _Sim -disse ela, com um pouco de sono- o Derek quer que você leia a história dele antes dele dormir, você vai demorar muito? Quando ela disse o nome de Derek eu senti um nó se formar em minha garganta e engoli seco. _Bom -cocei cabeça agradecendo por não ter sido uma chamada de vídeo, e conectei a ligação no carro- eu estou um pouco agarrado aqui no transito, acho que deve ter acontecido algum acidente na rua logo á frente -menti, não tinha condições para enfrentar essa situação- devo demorar mais um pouco. O silêncio tomou conta da ligação por uns segundos e então a voz da minha mulher surgiu baixa do outro lado. _Tudo bem, eu leio então. Tome cuidado. Boa noite. Tudo muito rápido e estranho, pensei. _Está tudo bem mesmo, querida?  Silêncio novamente. _Margaret? -insisti. _Sim -ela suspirou- estou tendo uma sensação r**m, só venha embora para casa com segurança. Amo você. E pela primeira vez desde que entrei nesse carro, me senti sem reação quando achei que ela soubesse de algo. _Também te amo amor -e então desliguei, voltando minha atenção para o que acontecia a minha frente. [...] Cheguei em casa e as luzes estavam todas apagadas, caminhei no escuro até a cozinha e então ascendi a luz do cômodo, quando olhei o relógio vi que era tarde, muito mais tarde do que disse que chegaria, porém ninguém parecia estar acordado. A chuva lá fora já havia parado a um tempo e eu podia sentir o tecido da minha camisa grudando em minha pele molhada, joguei o celular em cima do balcão e fui até a geladeira, tirando a jarra de água e bebendo o máximo que pude, minha boca estava seca e eu precisava me hidratar. Não que eu já não tivesse feito isso no bar em que estava até essas horas, precisei sair para beber um pouco, se eu voltasse para casa depois do que aconteceu, com certeza algo ficaria explicito e eu acabaria jogando tudo para o alto. Resolvi um problema, mas acho que deixei vários pontos sem nó, e terei que cuidar de cada um deles. Minha cabeça doía, não sabia ao certo se era o cansaço do seu dia, o álcool que ingeri em excesso ou se era preocupação, mesmo que com menos frequência, a cena que eu havia presenciado mais cedo se mantinha em meus pensamentos.  Coloquei o copo no balcão e rodei meus calcanhares saindo dali, subi as escadas e fui direto para o banheiro no fim do corredor, eu precisava tirar essas roupas, além de molhadas o cheiro delas não era o melhor, e depois de tudo, o que eu mais preciso é me sentir limpo. Depois de nu, entrei no chuveiro deixando que a água quente relaxasse os meus músculos e enquanto ela ia descendo por minhas costas eu podia sentir pequenos arrepios surgindo em meu corpo. Logo o banheiro estava cheio de vapor e eu só tentava não pensar em nada enquanto ia me relaxando aos poucos, tomando um longo e tranquilo banho. Quando abri a porta do quarto me deparei com a cama vazia, o que me intrigou, já que estava esperando encontrar minha mulher deitada, ascendi a luz para ter certeza do que via e quando confirmei que não havia ninguém ali, caminhei até o guarda-roupas e me vesti com o primeiro samba canção que avistei em minha frente. Joguei a toalha molhada em um canto qualquer e então sai de onde estava caminhando até o quarto do meu filho, abri a porta vi que ele estava dormindo junto a mãe, com certeza deve ter ficado com medo do escuro novamente.  Apertei os punhos enquanto juntava coragem para me aproximar, e quando o fiz, deixei um beijo na testa dos dois que dormiam feito anjos, virei de costas e sai dali, indo para o meu quarto. A sensação do colchão macio e das cobertas quentes me traziam alivio, encarei o teto por uns segundos, paralisado, então estremeci novamente, sentindo meu peito queimar, mas dessa vez acabei adormecendo exausto. [...]  Abri os olhos com o despertador tocando ao lado da cama, sentindo minhas pupilas contraírem com a claridade, me virei para o lado e vi que passei a noite sozinho, enrolei na cama por algum tempo e então me levantei sentindo minhas pernas pesadas, estava tão cansado ontem que nem se quer acordei durante a noite, graças a Deus. Depois de um banho matinal e da minha higiene pessoal, desci as escadas sentindo o cheiro do café que vinha da cozinha, uma leve brisa da manhã passou pela janela e bateu em meu rosto quando me sentei na mesa, vendo Margaret terminar de fazer as torradas. _Bom dia -disse pegando o celular para ler as noticias. _Bom dia -respondeu ela- dormiu mais que a cama hoje, foi?  _Na verdade eu enrolei no banheiro. Acho que banhos quentes de manhã não são a melhor opção para quem tem pressa -dei um sorriso de canto- o cheiro está divino, deixa eu adivinhar: torradas com geleia de chocolate?  A mulher que vestia uma camisola de cetim rosa, ajeitou seu cabelo sorrindo enquanto afirmava com a cabeça. Me levantei deixando o celular na mesa e então caminhei até ela, puxando-a para meus braços em um só movimento, encarando seus olhos verdes folha seca e sua boca carnuda e rosa. _Derek já foi para escola? -apertei meus dedos em sua cintura. _Sim, ele saiu já faz uns quinze minutos -ela olhava para o relógio tentando desviar o olhar de mim por algum motivo, mas a tentativa foi falha pois agarrei seu queixo com o polegar e virei seu rosto para o meu, obrigando-a a me encarar novamente. A loira sorriu sem graça e então continuou: _Por que a pergunta? Um sorriso safado brincou em meus lábios. _Acordei com fome, mas não de torradas, se é que me entende -segurei sua mão e então levei a mesma até o volume no meio de minhas pernas, ela mordeu a parte inferior de sua boca contendo um sorriso. Contrai meu p*u em sua mão e senti seus dedos apertando o mesmo, estimulando-o ainda mais. _Não vai se atrasar? -ela olhou para o relógio mais uma vez. _Não, tenho mais um tempo antes de ter que ir -falei agarrando-a pela cintura e colocando-a em cima do balcão perto do prato com algumas torradas, levei minhas mãos até a parte de dentro de suas pernas e as abri, me encaixando ali no meio, pressionando meu p*u contra aquela área quente. _Então acho que podemos nos divertir um pouco. Mergulhei meu rosto em seu pescoço e depositei vários beijos na pele suave daquela região, ela ia se contraindo enquanto suspirava em meus ouvidos, o que aumentava ainda mais meu t***o. Sem muita enrolação caminhei com uma de minhas mãos até o meio de suas pernas e comecei a estimular seu c******s, ela estava molhada e receptiva e eu não poderia perder tempo. Abri o zíper da calça e tirei meu p*u de dentro de lá, ele estava duro e pulsando, e sem me dar o trabalho de me desfazer de uma peça de roupa se quer puxei ela pra mais perto e então me encaixei no meio dela, e com um só movimento entrei com tudo, sentindo ela me envolver com aquela b****a quente e molhada. Comecei a fazer movimentos de vai e vem com o quadril, sentindo-a se contrair cada vez que meu p*u batia fundo dentro dela. Suas unhas agarraram minha nuca e um gemido saiu de seus lábios, um gemido era alto e forte e eu sentia que a vontade de fode-la ia aumentando mais e mais, se dependesse de mim eu ficaria aqui o dia todo, sentindo ela me engolir e massagear meu p*u enquanto se contraia com meus movimentos, mas meu tempo era escasso e eu já estava atrasado antes mesmo de começar a beijá-la. _Eu vou gozar -avisei segurando suas coxas enquanto mergulhava mais uma vez em seu pescoço, mordiscando aquela pele macia e cheirosa. Margaret como sempre sabia exatamente o que fazer para me deixar louco, então ela se inclinou um pouco e implorou em meus ouvidos para que eu gozasse dentro dela e assim eu fiz, com alguns movimentos a mais eu acabei me despejando em cima dela, sentindo meu p*u se contrair e ficar ainda mais apertado ali dentro, ela gemia no meu ouvido enquanto minhas pernas tremiam, seu quadril mexia conforme conseguia e eu sentia a sensação de prazer se prolongar por alguns instantes a mais, até que me recompus, saindo de dentro dela, guardando meu m****o novamente, fraco. Deixando-a ali. _Amo rapidinhas matinais -brincou ela, parecendo estar um pouco melhor agora. O que eu não vejo acontecer a alguns dias para falar a verdade. _Não tem como começar o dia melhor -falei entre uma risada- estava com saudades da minha mulher -me inclinei, roubando um selinho dela. _E já matou a saudades, então? -eu a conhecia o bastante para saber que ela estava longe de estar saciada, na verdade, ela me acompanharia na f**a o dia inteiro se fosse preciso. _Você sabe que eu te foderia o dia todo se pudesse -mesmo depois de gozar eu sentia meu p*u se enrijecer dentro da calça- mas eu preciso mesmo ir, podemos resolver isso quando eu chegar do trabalho hoje?  _Tenho certeza que sim -seus dedos brincavam em meu peitoral enquanto ela mordia seu lábio. Você não faz ideia de como foi difícil deixar essa mulher em casa e ter que ir trabalhar. [...] _Alô? -atendi meu telefone enquanto descia do carro as pressas. _Você está um pouco atrasado para o julgamento, não acha? -o promotor parecia estar um pouco desesperado- as pessoas aqui estão te esperando, Sebastian, onde você está? _Chegando no tribunal agora -respondi enquanto pegava o elevador- me dê só dez minutos que eu estarei ai. _Você tem cinco -ordenou ele- ou a mãe dessa garota vai nos matar vivos! E com razão. Antes que se pergunte, sou juiz, trabalho no tribunal decidindo o destino de pessoas que na maior parte das vezes, não merecem se quer estarem vivas, nesse momento, estou com o caso de uma garotinha que foi abusada e morta por um cara de dezenove anos, e toda vez que entro naquele maldito tribunal e encaro os olhos de sua mãe, sinto que ela está cada vez mais próxima de desistir. A justiça é uma droga, o homem que cometeu o crime, como muitos outros, tem dinheiro para pagar os melhores advogados e achar a brecha que ele precisa na lei, o que o babaca não sabe, é que hoje, se ele não pegar pena de morte, ele morre na cadeia e se dependesse de mim -e depende- eu mesmo colocaria ele em uma cadeira e deixava a mãe da garotinha terminar o trabalho. Mas infelizmente, só posso julgar o caso. Se é que estou em posição de julgar alguém. O dia estava na metade e eu já estava exausto novamente, o cansaço parecia pairar sobre minhas costas dificultando tudo o que eu tentava fazer, o homem do caso mais cedo já deve estar sendo levado nesse momento, a mãe da garota veio até mim no fim do julgamento e me agradeceu por justiça, mesmo com o homem ficando vivo no fim das contas. Estou sentado em um café do outro lado do edifício onde trabalho, tenho mais dois julgamentos antes de ir para casa, e hoje é de longe o dia que menos me sinto apto para fazer isso, exercer esse cargo não é algo fácil mas hoje parece estar quase impossível. Aquela droga de cena não sai da minha cabeça, eu me julgava cada vez mais me sentindo culpado, não sabia que a culpa seria algo tão massacrante assim, ainda mais quando a raiva existe mesmo depois da solução dada ao problema. Me perguntava a todo momento se havia algo além que pudesse ser feito, ou se outra medida podia ter sido tomada, e o que mais me torturava era saber que sim, eu tinha um milhão de alternativas para resolver meu problema e mesmo com todas essas opções, escolhi a pior.  Não sei nem se o que estou sentindo é culpa de fato. Quando estava prestes a voltar para o tribunal senti meu celular vibrar no bolso de trás da camisa, olhei quem era e me deparei com ''numero desconhecido''. _Pronto -atendi. _É o Sebastian? -não precisou de muito para que eu soubesse quem estava do outro lado da linha, meu estomago começou a queimar e eu sentia a adrenalina da noite passada tomar conta do meu corpo novamente. _Sim, sou eu, aconteceu alguma coisa? _Não, liguei para dizer que está tudo indo muito bem, dentro dos conformes, meus homens estão trabalhando para que nada demais aconteça, porém, preciso te pedir uma coisa e acho que você não vai gostar muito. _E o que seria? -a sensação só piorava cada vez mais. _Iremos precisar de mais grana. _O que? Por que isso agora? Isso não foi combinado antes. Ele deu uma risada sarcástica do outro lado. _Você vai mesmo falar sobre o combinado? -esse filha da p**a sabia muito bem que eu não estava em posição de falar muita coisa, pelo menos não agora, com tudo tão recente assim. _Eu não tenho mais dinheiro, droga!  Aquela maldita risada surgiu logo após ele falar com alguém que estava do outro lado da linha. _Isso já não é problema meu, acabamos precisando gastar mais do que achamos que gastaríamos. _Não foi tudo planejado antes? -questionei, mas ele pareceu não gostar muito. _Acha mesmo que eu estou mentindo, cara? -a voz dele estava séria- preciso da grana até hoje a tarde. Respirei fundo com os olhos fechados e então esperei até que eu pudesse falar. _E de quando precisa?  _Dez mil -respondeu como se já esperasse a pergunta. _Como assim tudo isso? Já não basta a quantia que paguei ontem? _Olha, Sebastian -ele parecia calmo, mas nem tanto- mais pessoas tiveram que se envolver, então irei precisar desse dinheiro e sei que você o tem, a conta você já sabe, é só transferir. _Isso é mais do que eu posso pagar. _Então terá um serviço m*l feito, é isso que você quer? Colocar tudo a perder? _Não! De jeito nenhum -quando percebi já tinha alterado a voz- podemos mesmo entrar em algum tipo de acordo? _O acordo é esse, você tem seu prazo para me transferir essa quantia, ou é isso, ou o pior vai  acontecer -respondeu ele, desligando logo em seguida, me deixando sozinho sem nem ter a chance de questionar a atitude. Merda, onde é que eu fui me meter... [...] Foi quase impossível me concentrar no julgamento que tive depois daquela ligação, confesso que achei que as coisas seriam muito menos difíceis antes de fazer o que eu fiz e acabei me enganando feio. Infelizmente no segundo caso de hoje o criminoso foi dado como inocente, como eu sempre digo: a justiça nem sempre esta do lado de quem é justo. Sai pela porta da frente do edifício e respirei fundo quando um vento de chuva bateu contra minha pele, alguns papeis na rua voavam junto as folhas das arvores e já era possível ver que as pessoas se apressavam para não ficarem presas ou agarradas por conta do clima, assim como fiquei ontem. Caminhei até meu carro destravando o mesmo e fui para casa. Durante todo o caminho minha mente repetia a ligação e o trato feito diversas vezes em busca de qual brecha eu havia deixado para trás, mas a questão era que não existia brechas, pelo menos não para o que aconteceu. Parei no sinal vermelho e então me inclinei no banco,  tentando me recompor, meus pensamentos estavam acelerados demais e eu sentia como se estivesse debaixo d'água preso por correntes. Eu não posso chegar em casa assim. Apertei o botão do controle abrindo o portão eletrônico de casa e entrei com o carro fechando o mesmo logo em seguida, quando sai do veículo estranhei que Derek não veio correndo até mim como de costume, o que me fez pensar que ele pode não estar aqui. Joguei as chaves na mesinha de centro e olhei em volta, a casa estava quieta demais. _Margaret? -gritei buscando alguém com os olhos- Derek? E não tive resposta. Chequei cômodo por cômodo do primeiro andar e não encontrei uma alma viva se quer ali, então subi as escadas com calma e fui direto para o quarto do meu filho, quando abri a porta vi a cama arrumada, os brinquedos no lugar e a mochila dele no canto do quarto, constatando que pelo menos em casa ele veio. Fechei a porta atrás de mim e caminhei até meu quarto, e foi ai que me surpreendi. Ao abrir a porta vi Margaret, ela estava sentada na cama chorando e encarando o telefone, suas mãos tremiam descontroladamente e essa não era a cena que eu imaginei ver quando chegasse do trabalho hoje. Minhas pernas foram perdendo as forças e mesmo com dificuldade, comecei a falar enquanto me aproximava dela. _Querida? O que aconteceu? -seu olhar não veio de encontro ao meu, ela se manteve ali encarando a tela do telefone, agora soluçando sem parar- onde está o Derek? _Mandei ele para a casa da mamãe -ela apertava os dentes e pude ver através da ponta de seus dedos ficando brancas que o telefone também era pressionado com força em suas mãos. Um nó se formou em minha garganta, agora eu estava parado no pé da cama, encarando minha mulher do outro lado, eu não sabia o que perguntar, e estava com medo da resposta que viria caso eu o fizesse, porém a dúvida era ainda mais torturante que o temor e eu não pude me conter. _E por que você está assim? Ela respirou fundo fechando seus olhos e uma lágrima que se mantinha ali escorreu por seu rosto triste. _Por que eu estou assim? -retrucou ela com outra resposta- eu estou assim por conta disso aqui!  Margaret soltou o telefone e então o jogou para perto de mim, a tela estava desbloqueada e quando olhei para o que tinha ali o nó em minha garganta foi o menor dos meus problemas. Encarei aquela maldita foto e cada sentimento de ontem veio a tona, fiquei paralisado olhando para o celular, minhas mãos tremiam e eu tentava segurar o máximo que podia para disfarçar a verdade. _Foi você, não foi? -a decepção em sua voz era clara, o tom das palavras saiu tão baixo e tremulo que quase não consegui identificar o que ela dizia. Seu olhar que antes estava baixo veio de encontro ao meu no pior momento e eu não sabia qual atitude tomar- por favor, me fale que não foi você que fez isso -ela chorava sem acreditar no que via. E a única coisa que me veio na cabeça naquele instante foi: Se eu paguei a droga do dinheiro, como é que ela descobriu?
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD