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Colégio Interno BBS 3

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Blurb

Finalmente Alice está voltando para o colégio de onde nunca desejou ter ido embora.

Ela sabe que sentirá falta dos seus pais e de seu irmão caçula, mas será apenas um ano.

O ultimo ano do colégio interno.

Rever velhos amigos e um amor perdido.

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Capítulo 01
Camila narrando Os dias se passaram como um passe de mágica. Não acreditava que um ano e sete meses haviam se passado tão depressa. Miguel estava com um ano e três meses, todos da família ficaram ainda mais próximos com a sua chegada, Alice não desgrudava nem um minuto sequer do seu irmão. Por falar na Alice, ela tem se distanciado um pouco das pessoas, inclusive do seu melhor amigo, João. De vez em quando ele aparecia no apartamento sem informar ninguém, era uma maneira de aparecer sem ela desse uma desculpa de que não estaria em casa. Precisei ter uma conversa séria com a minha filha. E foi aí que descobri tudo... Alice era apaixonada por Bruno. O menino que ha um ano atrás passou um dia de suas férias com ela. Esse era o motivo pelos olhares. Soube de toda a história. Do primeiro olhar, primeiro beijo, primeira saudade, primeiro ciúmes... Quem diria que a minha menina iria se transformar em uma mulher de maneira rápida. O seu amor era muito grande, o suficiente para deixá-lo ir e viver a sua vida. Quem sabe algumas pessoas não entenderiam o fato dela ter optado por ele ir embora. A questão não foi essa. Ele não foi embora para sempre, quer dizer, a não ser que ele não quisesse nunca mais vê-la. Bruno era muito novo para deixar seu futuro para trás por uma menina que m*l sabia o que queria. Agora tudo estava voltando, novamente Alice estava indo embora de casa. Quem sabe ela voltasse a ver o Bruno. — Mãe? — Ouvi a voz da Alice chamar. — Sim? — Pode me ajudar a fazer as malas? — Pediu. — Claro. — Respondi. Alice havia deixado suas duas malas em cima da cama, as portas do guarda-roupa estavam abertas, mostrando todas as suas roupas. — Está ansiosa para voltar? — Perguntei. — Estou ansiosa para ver a reação dos meus amigos. — Respondeu. Minha filha era assim, gostava de surpreender a todos e foi por esse motivo que não contou para ninguém que estava voltando para o colégio. — Está ansiosa para rever o Bruno? — Toquei no assunto que ela não gostava de falar, mas sentia necessidade em saber de cada detalhe. — Sim. Nós perdemos o contato. — Respondeu com um sorriso em sua face. Ela estava indo no domingo para chegar um dia antes das aulas começarem, foi um pouco difícil deixar seus novos amigos, inclusive o João que acabou dormindo no apartamento ontem para passar mais tempo com ela. — O João não contou nada para o irmão dele? — Perguntei. — Espero que não tenha contado nada. — Respondeu. — Milena irá ficar tão feliz com a sua surpresa, estou até vendo o drama dela. — Comentei, lembrando de como a melhor amiga da minha filha é. — Fazer o que se ela é emotiva. — Brincou. Nós terminamos as malas e então foi a minha vez de ficar emotiva. Era aquela sensação de mãe estar perdendo a minha filha novamente. Precisava deixá-la voar para longe, quem sabe assim seria melhor para o seu desenvolvimento como adolescente, mulher. Isso melhorava as suas atitudes como pessoa, via uma mulher mais confiante, mais séria, inteligente, desenvolvida, responsável... — Sentirei saudade de você filha... — Choraminguei com Miguel no meu colo que não entendia absolutamente nada. — Mãe não faz isso comigo. — Ela pediu. — Você está indo embora novamente. — Expliquei. — Mas não é para sempre, você sabe. Nas férias estarei de volta, afinal é o meu ultimo ano. — Explicou, tentando me convencer que na verdade era um pouco bobo da minha parte estar fazendo drama. Felipe estava sério durante a semana toda. A única coisa que realmente lhe deixava calmo era estar com o Miguel, durante todas as noites pegava os dois "conversando" sobre algum assunto, a voz do Felipe era baixa demais para qualquer pessoa entender. Provavelmente estava falando sobre a filha mais velha que estaria indo embora por alguns meses. — Está tudo bem? — Perguntei para ele que agora tinha Miguel em seus braços. — Não. — Seu semblante não mudou, estava sério, deixando pequenos sorrisos escaparem pelo sorriso do filho caçula. — É só alguns meses. — Quando eu dizia isso era uma forma de tentar me convencer também. — Não quero que Alice sofra novamente pelo menino e se ele estiver com alguém? Você já pensou nisso? — Perguntou. — Sofrer é inevitável, só servirá de aprendizado. — Respondi. — É difícil, será como te ver com o Lucas, você entende o que estou falando? — Era evidente o seu sofrimento pela filha que criou com tanto amor e carinho. Resolvi escrever uma pequena carta para que ela lesse enquanto estivesse viajando no avião, sabia que não gostava de andar no mesmo e muito menos dormir. Na noite anterior pensei nas palavras que poderia utilizar para descrever o momento. "Já está chegando a hora de ir. Essa frase é bonita para se cantar, mas muito triste para se viver. Você vai e eu fico, que bom seria se não houvesse despedida, não houvesse " até mais", ou " até breve".   Seria bem melhor se em nossas vidas pudéssemos optar e pedir pelo ficar. Mas não é assim.   Não podemos mudar certas situações, e certos destinos. Sentirei muito a sua falta, mas espero que a sua ida, seja para melhor, afinal foi decisão sua, e eu só tenho que torcer e desejar que tudo de certo, nesse novo caminho que você começa a trilhar.   Seja sempre essa pessoa amiga e alegre que sempre foi. Por onde andar, lembre que deixou aqui pessoas que lhe querem bem e torcem pelo seu sucesso. E distribua à todos esse sorriso constante que sempre alegra seu rosto de felicidade.   Ficarei aqui, esperando ansiosa o seu retorno, para que juntos possamos m***r a saudade, que a partir de agora, será nossa companheira constante.   Seja feliz. Que você encontre em seus novos dias, a felicidade e as realizações que tanto almeja. Boa Viagem."    O que mais me surpreendeu não foi ter escrito a carta para ela, e sim ter visto que ela também havia nos deixado algo. Alice por mais que fosse uma menina que sempre demonstrasse o seu amor e respeito por sua família, nunca foi de deixar bilhetes ou cartas demonstrando os seus sentimentos. — Ela também nos deixou algo. — Avisei para o meu marido que estava sentado ao meu lado com Miguel em seu colo, havíamos acabado de deixar Alice no aeroporto. — O que é? — Perguntou. — Um pequeno texto, irei ler em voz alta. — Expliquei. "Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver".  Eu sou apaixonada por vocês três, os grandes amores da minha vida. Até as férias. Eu amo vocês. E as lágrimas não cabiam mais dentro dos meus olhos, Alice havia crescido e eu precisava acreditar nisso. A questão é que para quem é pai e mãe, a coisa mais difícil do mundo é ver seus filhos irem embora. A única opção que temos é esperarmos que eles sejam felizes onde estiverem e retornem quando a hora certa chegar.  

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