Capitulo 1- O aniversário

1915 Words
Seis anos e meio depois... — Você conseguiu falar com o senhor West? — Pénelope desceu as escadas falando com Luigi de pé na sala, que virou-se ao escuta-la, o homem de cabelos pretos, de altura imponente, ombros largos, com um terno preto e blusa branca sabe o que a jovem esposa deseja ao falar com o Senhor West, apesar de discordar não interfere no assunto. — Não Léo, prometo que terei sucesso da próxima vez que ligar, o senhor West sempre é muito ocupado. — Ao escutar a resposta, a ver como mais desculpa para que ele não o atenda. Sempre foi assim, isso lhe recorda bem as desculpas que seu pai usava para dispensar os colegas interesseiros, depois de um ano tentando falar com o homem que se casou Penélope já duvida se há má vontade do seu mordomo em informar ao seu esposo seu interesse de divorciar-se, ou que nada sobre ela seja importante para o homem com quem se casou. — Me dê o número dele eu mesmo tentarei ligar. — Avisa a mulher de cabelos negros longos, pele clara, traços finos ao chegar ao último degrau da escada, sua atitude não agrada a Luigi, mas ele não explicita sua opinião, ao caminhar para pegar a agenda, Penélope dá com a mão, sente insegura ao falar com um homem que provoca pavor e medo nas pessoas apenas com o seu sobrenome. — Melhor não, continui tentando. Luigi sorri satisfeito com a sua resposta, ele ainda não compreende porque o seu senhor não veio uma vez se quer em casa, acha a sua esposa muito bonita, mas muito solitária, uma jovem de um bom coração, o que faria ele ser tão distante e ausente? — Pensando melhor farei um acordo, envio por você e assim como nos casamos por acordo, nos divorciaremos também. — Luigi apenas revirou os olhos, ela sorriu apertando o seu nariz. — Admite que eu tive uma boa ideia, admita. Caminha pela sala até a sala de refeições. — Namam? Namam? — Chama a empregada da casa que é como uma mãe postiça para a mesma, após anos convivendo juntos criaram afeições familiares, a criada surge na sala secando as mãos no avental de tecido branco. — Léo? Já de pé o que houve? Deu formiga na sua cama? — As perguntas se acumulam a medida que a mulher alta, de calça preta forrada e franelada justa ao corpo, a blusa preta de gola polo com uma insignia de cavalo dourado, numa bota preta de salto médio, o boné também preto na cabeça, cabelo preso num r**o de cavalo comprido. — Não acredito que você esqueceu? Luigi? Nanam? Questiona de cenho franzido olhando para ambos em duvida, seus olhos negros de espanto os encarando enquanto o cenho encolhido não n**a decepção. — O quê que nós deveríamos lembrar Léo? Por acaso nos deu uma data para guardar? — A mulher sentada a mesa sozinha apenas engole em seco, a tristeza lhe consome neste momento, eles não são seus pais não tem obrigação alguma de lembrar, e ao invés de assenti com a alegria que estava a pouco, algo sombrio toma o seu olhar, ela n**a meio cabisbaixa. — Nada, nada demais. — Suspira erguendo a cabeça, quando sorri tentando esconder, ambos os empregados se sentem comovidos por sua situação. A mulher magra, cabelos presos de vestido cinza de flores roxas e avental branco, anda em sua direção lhe abraça pelas costas. — Sua menina boba é claro que eu não ia esquecer, sabemos que hoje faz seus vinte e um anos. — Luigi volta da cozinha com um bolinho pequeno nas mãos, coloca sobre a mesa, enquanto ela n**a, n**a em sorrisos e lágrimas. — Jura? Vocês foram tão convicentes que me enganaram. — Avisar para ambos, o homem ao colocar as velinhas as acende com pressa. — Nunca vamos esquecer Léo. — Ele lhe diz enquanto a mulher a abraça, ambos cantam a musica que sempre cantam em todos os anos desde que a jovem Penélope fez seus dezessetes anos, nesta casa, apenas as três vozes ecoa pelo lugar, até que a mulher de pé assopra as velinhas se sentindo uma garota. — Parabéns Léo, que Deus te abencoe e te ilumine ainda mais. Luigi a abraça enquanto Naman vai ao quarto, ao chegar no quarto de empregada pega a lembrancinha numa caixinha embrulhada de presente, trás e lhe entrega. — É simples mais é de coração, menina. — Lhe entrega com receio sabendo que aquela é a mulher mais rica do país, poderia comprar o que quiser, mas ao invés de rejeitar Pénelope abraça a caixinha. — Ah Namam você sabe que eu amo presentes, seja o mais simples que for sendo seu, eu amo. — A empregada e o mordomo sorri se abraçando enquanto ela desembrulha. Seus olhos crescem a medida que observa o vestido azul, de modelo simples, ela sorri olhando apesar de não ser costumeiro a usar vestidos, sempre esta de calças, ou short. — É lindo Namam. — Avisa olhando para o amsi simples como se fosse o mais belo de todos, abraça os dois. — Este é para você usar esta noite, eu vi quando a senhorita Ana disse que vai te levar a um restaurante de luxo esta noite. Penélope apenas abriu a boca ao recordar. — Não, eu não vou, vou chegar tarde da montaria, não vejo vantagem em sair, ficar comendo comidas estranhas enquanto as pessoas me olham. — Ambos os funcionários riram ao lhe ouvir. Após o café da manhã, Penélope foi para a montaria e como uma pessoa dedicada ao que gosta de fazer deu excelentes saltos com o seu cavalo raça pura Nestor, sob as lentes dos óculos de Edward. Que a observar indo além da relação de tutor, ele a deseja, mas a jovem nunca correspondeu aos seus gestos. — Vai amiga, arrasa com tudo. — Grita Ana acompanhada por Liz e Rai, seus amigos que sempre estão a seu lado. Penelope apenas acena a distância vendo que a turma esta animada, encerra a volta do campo, descendo do seu animal para descansar. Edward aplaudi indo em sua direção para segurar seu cavalo. — Você foi muito bem Léo, pretende fazer algo hoje? — A garota sorri sem lhe dá tempo de prolongar o assunto. — Vou sair com os meus amigos, eles já estão a minha espera. Avisa ao lhe entregar o seu cavalo. — Falo a no.... — Já é tarde, Penélope saiu correndo para os seus, vendo que como sempre são exagerados ao tentar passar pela barreira da arquibancada para virem lhe abraçar. — Parabéns Léo. — Escuta em unissono, sendo levada ao chão. — Parabéns Léo, seus vinte e um ano será diferente. — Avisa para a mulher ainda se sente atropelada por eles.— Parabéns Léo, preparada pra hoje? É o seu anivérsario, Penélope gostaria de sair, beber com os amigos, se distrair um pouco, mas sabe que sempre vai haver algum segurança em algum lugar lhe limitando, se sente presa, vigiada, mas agora olhando para o homem que quase pulou a barreira ao ver como seus amigos avançaram. "E se eu aprontasse todas, ele atenderia uma ligação ou procuraria meios para cancelar este casamento? " A mulher que se levanta num salto se questiona limpando sua roupa junto aos amigos. O homem de terno se afasta, quando lhe ver bem. — Ei eu escutei bem é o seu anivérsario Léo? — Edward pergunta ao se aproximar, todos afirma e Ana que tem interesses no tutor é a única a responder. — Sim, a Léo esta fazendo vinte e um anos, vou leva-la ao melhor restaurante da cidade. — Os três reviraram os olhos saindo deixando os dois, a única a ficar fora Ana que ao continuar enrolando sua mecha de cabelo loiro no dedo, Penélope lhe puxa. — Affs vamos não tenho todo o tempo do mundo, aviso que desde já eu sou toda de vocês. Os quatro saem do haras, entram no carro de Penélope que suspira ao jogar a chaves para Rian. — Porque sempre eu? Sempre eu se todos aqui tem carteira? — Resmunga enquanto as três mulheres abrem as portas de passageiros para entrar, Ana entra no carro apertando o botão do carro deixando o som alto. — Vamos entre, hoje vocês vão conhecer a Léo que nunca viram na vida, irei tomar todxs que me oferecerem. — Avisa ao tirar o boné, soltando os cabelos. Os três giram suas cabeças olhando para a mulher atrás no banco ou do lado. — Léo você esta bem? — Liz pergunta tentando tocar a sua testa, sorri ao ver que a temperatura esta normal. — Estou ótima! — Avisa aos três, ainda é manhã quando o quarteto para no shopping, os quatro são de família rica, mas a que menos gasta sempre é Penélope, porque? Porque ela não se interessa por peças femininas, convivendo com os seus pais aprendera a usar o básico, após a sua morte, não mudou seus hábitos apesar da mansão que os Wests lhe deram para morar ser extremamente luxuosa e ela nem mesmo conhecer todos os quartos. Após uma manhã inteira de compras, é o seu aniversário mas Penélope, decidiu presentear todos os seus amigos, quando decidiu sair da rotina, ela não estava apenas pensando, colocou em prática. — O jantar hoje é por minha conta, quero que peçam os pratos mais caros e deliciosos que houve neste restaurante. Ana ergueu a sobrancelha, Rian virou-se cheio de sacolas para toca-la novamente. — Léo o que você tem? — Um grito os surpreendem de repente, Liz ainda esta de pé se olhando no espelho do seu kit de maquiagem novo. A morena abre os braços satisfeita, para os três que estão perplexos hoje é o meu aniversário. Seu telefone toca, toca sem parar até que ao chegar ao carro pega, vendo o número de casa, Luigi lhe liga. — Oi Luigi? — O homem do outro lado parece nervoso. — Léo seu cartão, eles acabaram de me ligar, seu cartão foi clonado vão informar ao senhor West, em praticamente sete anos nunca comprou tanto, dá pra com.... Sorri ao telefone, todos os seus amigos estão perplexos lhe olhando. — Eu que usei o cartão Luigi, não se preocupe, acha mesmo que ele irá se importar? — O pergunta em seguida, mas o homem do outro lado sabe que não, o Senhor West anda muito ocupado, suspira meio chateado ao perceber que não é por trabalho, ele sempre desprezou a jovem Sullivan. — Esta bem Léo, vai vim para o almoço? — Questiona sério, mas a resposta negativa o faz erguer as sobrancelhas. Notando que ela se sente sozinha, ele precisa fazer algo urgente para ajuda-la. — Não, eu não vou, hoje eu comemorar meu anivérsario com os meus amigos, não me esperem para dormir, ah Luigi envie o vestido que a Namam me deu pra a casa da Ana, vou me vestir lá. — Ana masca chiclete sentada no carro lhe olhando. — Mas menina... — Ele tenta contesta, mas desiste é melhor ligar para o Senhor West. — O que ia dizer Luigi? — Nada, se divirta. — Desliga o celular, Penélope estranha seu gesto, quando o celular é arrebatado da sua mão, coloca as sacolas no porta-malas, senta no banco do motorista já que Rian esta no banco traseiro. — Qual o destino agora? — Pergunta mais séria que antes.
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