bc

O Canto da Serpente.( Romance Dark)

book_age18+
337
FOLLOW
9.4K
READ
billionaire
dark
HE
opposites attract
curse
blue collar
bxg
city
sassy
like
intro-logo
Blurb

Flutuando pela escuridão dos seus dias, ele jamais soube o que é amor e tão pouco empatia. Seus dias são consumidos pelos sentimentos negativos, sua beleza um atrativo para que mulheres acéfalas se aproximem do perigo.Poderá ele algum dia se libertam das sombras que o governa?Saberemos em O Canto da Serpente!

chap-preview
Free preview
O início de tudo. - Sophia.
" Nos trevo de quatro folhas meu nome foi bordado, no trevo de quatro folhas minha sorte foi lançada e o tempo me abraçou me fez dele, sua eterna menina." Por: Sophia. Parece que o céu sente toda dor que reverbera dentro de mim. Um embalar funebre são essas gotas, ralas, de chuva, melodiosas, que cai das nuvens cinzentas e pesadas conforme os caixões descem para dentro da cova dupla de terra preta. Meu último adeus é uma rosa branca que depósito em cima de cada caixão. Hoje, contemplo o inverso de tudo que cremos ter uma simetria. É um momento meu, de dor, de perca, de me sentir sozinha, solta aos véus escuros da vida sem ter eles para chamar de pai e de mãe. Me sinto abandona, largada como se onde por onde eles caminham agora fosse proibido para mim e, é proibido para mim. Me tornei uma folha desprendida, longe da árvore mãe que por muito tempo me segurou pelo frágil talo. Olha para a terra que é jogada em pazadas, pesadas por sobre os féretros que comerão suas carnes disformes, que protegeram os bichos que começam a despertar para se alimentar dos restos mortais dos meus pais. Minha garganta aperta e o meu sangue é bombeado com mais energia pelo órgão vívido em meu corpo. Era para eu estar ali, deitada com eles, dormindo os sonos dos justos e injustos. Apreciando a chegada de uma nova vida, atada aos meus pais; a vida para a alma, um destino reverso cravado de sombras ou luz. No entanto, por uma predestinação ou não, desiste minutos antes. Condeno eu própria por isso, por não dar a minha existência um ponto final e não uma vírgula para ter uma continuação. O que vem depois da partida deles? Não sei. Meus sapatos fechados esmagam a grama verde, meu vestido preto de comprimento midi com uma renda fina presente em cada barrado, contrastando com a meia-calça de mesma cor, recebem as gotas de chuva. Ouço às últimas palavras de um amigo do meu pai, assim como a pequena multidão perto de mim. Os buracos são tampados, muitos se vão e eu fico, parada de olhos fixos na pequena parte de terra revolvida que recebe placas de gramas verdes e cheias de vida. _ Vamos, Sophia. - a voz de Larissa chega até meus ouvidos. _ Você não deveria ter vindo, cemitério não é lugar para uma mulher grávida. - falo, para minha amiga que toca em meus ombros. _ Como eu não viria. Eles são pais da minha melhor amiga, da minha irmã do coração. - diz com sua voz doce. Viro para fitar o rosto redondo da menina que está quase para ter a pequena Vitória. _ Agradeço seu carinho, Lari.- digo e recebo um abraço desajeitado por conta da protuberância que há entre nós. _ Abraço triplo.- ela diz sem sorrir, sem ser burlona. _ Veio com quem?- pergunto estranhando o fato de Pietro não está ao lado da esposa. _ Meu cunhado. Infelizmente Pietro está ocupado com tarefas do serviço dele.- responde, me cobrindo com o seu guarda-chuvas. Olho para trás e vejo as pessoas caminhando por entre os túmulo, desviando das lápides de dos cedros podados para não crescerem em demasia. No fundo, bem embaixo de uma árvore, alguém nos mira. Ele nos olha fixamente. Os coveiros depositam as coroas de flores, sob a cama fria onde meus pais irão repousar pela eternidade. _ Quando secar, iremos retirar. Manteremos limpo.- um dos rapazes me avisa e eu apenas anuo. Cruzes de madeira são infincadas na cabeceira de cada cova. _ Mandarei providenciar as lápides, Sofi.- Larissa diz, alçando o meu braço. Ando ao seu lado emudecida, mirando cada passo que dou, sentindo o frio gelado soprar e sacudir os meus fios. Vento cortante, aziago, que faz meu sexto sentido disperto mandar-me me preparar para o futuro. _ Vamos para a casa dos meus sogros, me deixa cuidar de você. - Lari me pede e eu apenas balanço a cabeça em negação. _ Quero ficar sozinha, Larissa. Preciso disso desse tempo para digerir isso tudo, não fique chateada comigo, por favor. - digo, olhando para minha amiga que me mira com a pena transbordando de seus olhos. _ Não, Sophia! Você precisa de acalento de carinho e eu quero ser esse colo protetor. - diz com lágrimas transbordando dos olhos de esmeralda. _ Eu quero só a solidão, Larissa.- digo ao nos aproximamos da pessoa que está debaixo do pé de sibipiruna. Olho de relance para o homem, vestido com um sobretudo marrom escuro, chapéu conhecido como Fedora. Um chapéu de aba estreito, com uma coroa pontiaguda e uma lateral de sarjeta, também da mesma cor. Reparo nas luvas que cobrem suas mãos de dedos longos. _ Se não quer ficar comigo na casa dos meus sogros, fica com meus pais, eles irão adorar te receber. Mas não fica sozinha, Sophia.- Larissa pede, segurando-me pelo anelar esquerdo. _ Agradeço mais uma vez, sua gentileza. Mas quero ficar sozinha com minhas feridas. Afinal, vai levar um tempo para elas fecherem e esteja onde eu estiver e com quem estiver ; a ardência vai ser a mesma. Tem coisas que não se apagam e seguem conosco para todo o sempre.- converso, com Larissa, sabendo que irei estar provando da primícia da solidão. Minha amiga toca em meu rosto, limpando os caminhos de algumas lágrimas que traçaram minha face. _ Se precisar de alguma coisa me liga. Não esquece, por favor. - pede e eu apenas afirmo com um leve gesto de cabeça. Deixo Larissa, perto do cunhado e me retiro, caminho sob a chuva fina e tendo o vento forte açoitando-me. Caminho, sabendo que apartir de hoje nada será igual, caminho com as trovoadas ribombando forte em meu interior, caminho com o meu coração confrangido; são passos solitários, passos pesados, passos de despedida, passos sofridos de não aumentam e nem diminui à distância entre nós, por que esta, foi o destino que impôs e eu contra ele não posso. Dou uma última olhada para trás, para aqueles que me conceberam, me amaram e cuidaram. Dou meu último olhar para o lugar onde não imaginei nem tão cedo deixá-los. Atravesso os portões do cemitério, portões gradiados dourados que tem suas entradas guardadas por estátuas de anjos, sustentadas por grandes pilastras de mármore. Sigo pela calçada, beirando o muro branco me sentindo perdida. Perdi meus alicerces, meus braços quentes e meus beijos diários. Trago comigo só as lembranças e inúmeras recordações, restaram apenas as fotografias e a nossa casa; o jardim cheio de flores e os livros; os vestidos pendurados nos cabides e as gravatas bem guardadas. Arfo, apertando minhas mãos uma contra outra, atravesso a rua e pego um táxi para Alegrete. Apoio minha cabeça no vidro do carro e vou observando as pessoas com suas rotinas e suas vidas, elas alheia as minhas dores e eu alheia aos problemas delas. Estou abandonada entregue aos vai-vens da sorte. Atenção: Aviso: o livro possui uma playlist disponível no Soptify. Para ter acesso busque pelo nome do livro: O Canto da Serpente ou acesse o link abaixo. https://open.spotify.com/playlist/5lfjfkeIVZPBJukpKb22wQ?si=tskSXlIeSvmQMvZK9y6Taw&pi=9xVT7AKJTD-Ar

editor-pick
Dreame-Editor's pick

bc

INESPERADO AMOR DO CEO

read
39.1K
bc

O NOVO COMANDO HERDEIROS DO ALEMÃO ( MORRO)

read
14.7K
bc

Atraída por eles.

read
64.4K
bc

Atração Perigosa

read
9.5K
bc

Chega de silêncio

read
2.6K
bc

Querido TIO.

read
10.6K
bc

O plano falhou: O Retorno da Filha Abandonada

read
9.1K

Scan code to download app

download_iosApp Store
google icon
Google Play
Facebook