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Esbarrões & Amor

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intro-logo
Blurb

Anna Clara sempre foi muito cabeça dura, mas ficou ainda mais quando foi morar na Argentina com sua tia e lá foi traída por duas pessoas que decidiu confiar. Depois dessa desilusão Clara está voltando para o Brasil para se reencontrar com seus melhores amigos e começar na faculdade de Arquitetura. Agora mais cabeça dura que nunca, só não esperava bater de frente com Nicholas, o galã/riquinho/a*******e da faculdade o qual faz quase todas as garotas da faculdade suspirar, mas Clara está imune a esse efeito. A grande dúvida é quem é o mais cabeça dura desses dois e será que depois de tantos esbarrões que eles darão na faculdade algo pode surgir?

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Prólogo
Olá Rio de Janeiro! Olha em volta um monte de gente com cara emburrada e apressada. É lar doce lar. Vou empurrando minhas duas malas d rodinhas pretas por toda aquele aeroporto. Olhe em volta e vem uma pequena memória. Me lembro do dia que estava indo para Argentina há 3 anos atrás. Estava tão feliz na época, achei que ia ser a melhor coisa do mundo. Novas pessoas, novos lugares e é claro ia morar com a tia mais legal que uma adolescente poderia ter. Tia Lindysan é a adulta mais louca e insana que já conheci, ela era irmã da minha mãe. Meus pais morreram em um acidente de carro, eles estavam em um táxi, morreram eles e o motorista. Desde então tenho um certo trauma com táxis, posso nem vê um carro amarelo que me meu estômago já começa a revirar. Eu só tinha 12 anos na época, mas até hoje com meus 19 ainda me causam arrepios. A minha estadia na Argentina não foi uma das piores. Já falei que morava com a tia mais legal da face da Terra. Mas o que não falei era que a melhor amiga dela tinha uma das confeitarias mais maravilhosas da cidade que vivia. E eu podia comer tudo o que eu quisesse de graça. Quando eu fui para a Argentina fui querendo me mudar. Mudar meu jeito, sempre fui um pouco ignorante e com uma língua bem afiada, mas lá tentei ser um pouco mais meiga e segurar meus maravilhosos comentários para mim mesma. Conheci a Joy e o Marco. Com a Joy foi amizade a primeira vista. Fiz amizade com ela logo após dizer para minha tia que eu era a Roberta do RBD, ela que ouviu a conversar, interrompeu a mesma alegando que a Roberta era ela. Depois de uma leve discussão a qual eu ganhei, fizemos amizade. Ela que me apresentou Marco, confesso que não gostei dele de primeira, mas depois de tanto insistir acabamos ficamos, e depois disso comecei a me interessar de verdade por ele, isso encorajado por Joy é claro, que dizia que adorava o fato de ser a cupido de nós dois. O que eu não fazia ideia e é que estava em um "namoro aberto" se assim posso dizer. Joy e Marco ficavam também, confuso? Nem me diga, eu gostava muito deles, mas não o suficiente para sermos um tricasal. E ainda me sentir traída de uma maneira inexplicavel, Marco teve a coragem de dizer que só amava a mim e com a Joy era apenas um lance. Joy me disse que ela jamais queria me machucar. Mas não era isso que aquela louca história parecia, minha melhor amiga e meu namorado ficam escondido bem debaixo do meu nariz, e não querem me machucar? Depois dessa foi a gota d'água. Já estava me sentindo estranha lá. Agora que as únicas duas pessoas que fiz amizade me magoaram assim decidi voltar para o meu lar. Minha vó, que sempre cuidou de mim desde que meus pais morreram, estava aos pulos de alegria. Foi difícil dizer pra minha tia que estava voltando ao Brasil, nesses 3 anos nos unimos tanto. Mas a convenci que queria estudar na mesma faculdade que meus pais. E ela entendeu. Não antes de chorar, soluçar e me abraçar dizendo que eu era como sua filha e ia sentir muito a minha falta. E ela acreditando ou não. Eu sentiria muito mais. Alguém chuta a minha mala, minha mente o manda xingar. Mas havia aprendido a me controlar então apenas respiro fundo e continuo. Olho para frente e meus olhos marejam. Imaginei muito essa cena, mas não dá nem pra descrever. Clara: _ AAAAAAAAAAAAAAHHHHHH! Gritei bem alto no meio do aeroporto. Tenho certeza que todo mundo olhou pra mim. Tinha aprendido a me controlar melhor. Mas na frente dele só consigo ser a velha Anna Clara de sempre. Clara: _ Que saudade de vocês. Me lanço neles deixando minhas malas em algum lugar atrás de mim. Sou apertada com força, mas nem reclamo, estou com as melhores pessoas da minha vida. Kelly: _ Nem fala de saudade, eu nem sei quantas vezes imaginei o seu retorno. Melanie: _ O Rio não é o mesmo sem você. Clara: _ Disso eu sei, meus amores. Jackson: _ Nem é convencida não é mesmo? Sorrio e depois sinto uma pequena lágrima escorregar pela minha bochecha, eu estava com os meus melhores amigos de sempre. Kelly, Melanie e Jackson. Crescemos juntos, nos conhecemos crianças, éramos vizinhos e sempre jogávamos juntos na rua, íamos na mesma escola, passávamos o dia todo juntos e às vezes dormimos um na casa do outro. Sempre fomos inseparáveis, eles me conhecem melhor do que ninguém. E mesmo eu sendo um pouco grossa as vezes, eles sempre continuam ao meu lado. São o meu maior apoio. Mesmo tendo minha vó e minha tia, esses três são as pessoas que eu mais confio. Quando meus pais morreram foi neles que consegui consolo. E sempre que preciso posso contar com eles. Jackson: _ Está chorando? O que a Argentina fez com minha amiga insensível? Sorrio novamente. Clara: _ Também senti saudades, viu j**k? Jackson: _ Eu também senti demais, pirralha. Olho para Melanie e ela estava com o rosto todo molhado por lágrimas. Clara, Kelly e Jackson: _ Mel!!!!! Ela seca as lágrimas. Melanie: _ Me desculpem, mas eu não consigo aguentar a emoção. Abraçamos a caçula do g***o que estava desabando em lágrimas. Melanie era a mais sentimental do g***o. De longe a que tinha mais doce. Por isso sempre a protegiamos de mais. Kelly: _ Cadê a sua mala? Olho para trás de mim procurando a mala que eu larguei. As acho e pego de novo. Jackson: _ MENINA! Larga as malas assim não, esqueceu que você tá no Rio? Rir. Clara: _ Cheguei ao doce lar. Melanie: _ Doce lar, vai ser quando você chegar em casa. Sua vó está preparando uma surpresa bem gostosa pra você. Clara: _ Aaaah, uma das coisas que eu mais senti saudade foi da culinária da dona Maria. Vamos logo pra casa. Os três me acompanharam até o metrô. Por causa do meu pequeno medo de táxis, o metrô foi a melhor opção. Jackson e Kelly me ajudaram com as malas, Melanie me contava sobre a faculdade. Iríamos para a mesma faculdade, mas em cursos diferentes. Jackson fazia Design gráfico, Melanie design de moda, Kelly como eu escolher arquitetura. Eu começaria 1 mês atrasada por causa que tive alguns contratempos antes de vir. Quando desci do metrô pegamos um ônibus, e descemos na rua de casa. Era estranho como tudo parecia exatamente igual de quando parti. O mesmo ambiente, as casas das mesmas cores, os mesmo vizinho fofoqueiros sentados na rua fofocando. Tudo exatamente como quando fui embora. Quando vi minha casinha, nem acreditei. Bari na porta e me joguei nos braços do ser que abriu. Minha vó, a dona Maria de Lourdes. A senhora mais bondosa da rua. Minha vó sempre me ensinou a fazer caridade e a ser uma pessoa boa. Confesso que não aprendi muito, mas ela tentou. Estar nos braços dela era um sentimento perfeito. Me senti protegida pela pessoa que me acolheu quando meu mundo desabou. Fechei meus olhos e apreciei a sensação que aquele abraço me trazia. Maria: _ Minha pequena está de volta ao lar. Você não imagina a saudade que eu senti de você. Essa casa ficava tão vazia só comigo. Finalmente a alegria da casa voltou. Minha vó continuou dizendo várias coisas, mas eu ainda não abrira os olhos, ainda estava perdida naquela sensação maravilhosa que o abraço dela me proporcionava. Só me desvencilhei quando uma cheiro gostoso passou pela minha narina. Bolo de chocolate com amêndoas e avelã. Eu amava aquele bolo. Clara: _ Eu preciso desse bolo. Minha vó abriu um grande sorriso e logo cortou um pedaço bem grande pra mim. Jack: _ Vó Maria, não esquece que a gente também está aqui. Maria: _ Mas é claro que não crianças. Sentam-se! Melanie: _ Obrigada, vó Maria. A senhora é a melhor. Kelly, Melanie e Jackson se sentaram ao meu lado e desgutaram o bolo junto a mim. Minha vó nós olhava com brilho em seus olhos. Maria: _ Que saudade eu estava de vê essa cena. Os quatro mosqueteiros reunidos novamente. Nós nos encaramos e sorrimos. Realmente estávamos juntos de novo e aquilo me enchia de um sentimento que eu nem sabia descrever, era maior que felicidade. … Estava deitada na minha cama, encarando o teto do meu quarto. Tudo estava exatamente como eu deixei, só que muito mais limpo. Minhas malas me encaravam. Mas não estava afim de arrumar as minhas coisas agora. Abri meu guarda roupa e encontrei algumas roupas que havia deixado. Um short preto de couro e uma blusa ombro a ombro creme. Serviria, era melhor do que abrir a sua mala. Sabia que tudo ia sair voando para fora. Tinha sido um sacrifício fechá-la. Depois de tomar um banho ela desceu do seu quarto e encontrou Jackson, Melanie e Kelly conversando com sua vó e segurando umas caixas. Clara: _ O que estão fazendo? Kelly: _ Vamos levar essas doações para o orfanato. Sua vó estava arrecadando algumas coisas. E nós disponibilizamos pra ajudar. Maria: _ Os vizinhos doaram muita coisa. As crianças vão amar. Clara: _ Sempre tão boa, não é dona Maria? Ela sorri sem jeito. Clara: _ Querem ajuda? Jackson: _ Sim. Melanie: _ Claro que não, Jackson. Ela acabou de chegar de viagem, deve estar cansada. Jackson: _ Que cansada, o que. Ficou sentada a viagem toda. Para de besteira. Pega essas duas caixas e vamos. Melanie bufou irritada com Jackson, Kelly só acompanhava os dois sorrindo divertidamente. Peguei as duas caixas que Jackson havia separado. Clara: _ Está um pouco pesada, mas o orfanato é perto, então está tranquilo. Saímos os quatros com as caixas três ruas à frente eu já estava sentindo meus braços formigarem. Clara: _ Retiro o que eu disse, essas caixas estão muito pesado pra mim levar. Melanie: _ Estou… achando… a … mesma… coisa. Melanie diz com dificuldade. Ela parecia estar a ponto de se jogar no chão. Me senti m*l em vê-la assim. Mas já estávamos chegando. Quando chegamos na frente do orfanato meu coração se sentiu quentinho. Eu sempre ia lá com meus pais, eles eram voluntários do orfanato e eu conhecia e brincava com todas as crianças. Quando eles morreram continuei indo e ainda era muito próxima a todos lá dentro. Quando vi uma garotinha de cabelos pretos cacheados na porta eu simplesmente larguei minhas duas caixas e sai correndo ao seu encontro. Quando ela me viu veio correndo ao meu. Nós abraçamos. Clara: _ Minha pequena, como você está grande! Luara me abraçava muito apertado, estava quase me sufocando. Luara: _ Eu nem acredito que é realmente você. Me disseram que você voltaria hoje pro Brasil, eu desejei que você viesse. Me senti m*l por não ter pensado em ir lá para vê-la. Luara era uma irmã para mim. Antes dos meus pais morreram iríamos adota-la para ser parte da família. Infelizmente não foi possível. Mas mesmo não sendo minha irmã no papel, no meu coração Luara sempre foi uma irmãzinha pra mim. Quando meus pais morreram ela tinha 4 anos. Agora ela tinha seus 11 anos. Uma pré adolescente linda. Luara: _ Achei que nunca mais ia te ver, esses três anos demoraram muito para passar. Estou feliz por estar de volta. Clara: _ Eu também estou minha pequena. Como está o orfanato? Luara: _ Ótimo. Parece que tem mais investidores e a comida melhorou muito. Sem contar nos brinquedos e vó Maria ainda arruma vários livros e ainda mais brinquedos para a gente. Quase não há espaço para tanta coisa que estamos recebendo. E o orfanato mudou bastante. Deixa eu te mostrar! Luara me puxou para dentro. Deixe as minhas caixas para trás. Mas dane-se, o Jackson se vira. Luara me mostrou toda a diferença do orfanato. Ela não parava de falar parecia muito empolgada. E fiquei feliz de vê-la assim, antes ela era mais quieta e tímida. Esses três anos a fizeram bem. Lu me apresentou a todo mundo, desde as pessoas que eu conhecia, para os novos membros do orfanato e até alguns visitantes que estavam lá. Ela era incrível. Conforme íamos andando demos de cara com uma cena que não me agradou em nada. Um jovem andava apressadamente e visivelmente irritado encarando o seu celular. Ele era bem bonito, mas sua cara fechada não favorecia. Uma linda garotinha pequena virou o corredor correndo e bateu nele fazendo com o qual derrubasse o celular com a surpresa. Deu pra ouvir o som da tela se quebrando com o impacto do chão. A garotinha ficou super assustada. E ele com o rosto vermelho de raiva. Luara: _ Aí não, é a Lissa. Ela é nova no orfanato e ainda e um pouco assustada com estranhos. Desconhecido: _ VOCÊ É CEGA GAROTA? OLHA O QUE VOCÊ FEZ! Diz pegando sei celular do chão. A coitada da Lissa estava tremendo e com os olhos arregalados. A pobrezinha estava tão assustada que sua voz quase não saia. Lissa: _ Des..culpa.. Desconhecido: _ DESCULPA NÃO VAI CONSERTAR A m***a QUE VOCÊ FEZ! Meu sangue já estava quente o suficiente fui pra cima dele com fúria. Clara: _ VOCÊ É LOUCO? Ela é apenas uma criança, olha como você está a assustando, seu i*****l. Se quiser arrumar briga arruma com alguém do seu tamanho. Falo ficando colocando Lissa atrás de mim e o encarando de frente. Desconhecido: _ E QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA FALAR ASSIM COMIGO? Quem eu sou? Ah eu vou mostrar que eu sou! Me viro para Luara. Clara: _ Luara leva a Lissa para outro lugar. Vou ter uma conversa com esse senhor. Uso meu tom de desprezo ao cita-lo. Luara agarra a mãozinha de Lissa e a leva para longe dali. Só quando as duas saem da minha vista que o volto a encarar. Clara: _ Pronto se quiser continuar gritando, pode gritar a v*****e, mas prepara o ouvido para ouvir no mesmo tom, porque aqui ninguém é obrigado aturar você. Desconhecido: _ Garota não sei quem você está achando que é. Mas da minha boca mandou eu e eu falo no tom e da maneira que eu quiser. Se você não gostou a porta está logo ali. Clara: _ Você consegue se ouvir? Ou a sua arrogância afeta os seus ouvidos? É sério que não consegue perceber o quão escroto está sendo nesse exato momento? Você estava gritando com uma criança. Que não teve culpa de nada. Se você está em um m*l dia não desconte nas pessoas e muito menos em uma criança que não tem culpa de nada. Desconhecido: _ Ok, salvadora da pátria. Seu discursinho foi ótimo, mas será que dá pra acabar logo? Por que não estou com o mínimo de disposição para continuar ouvindo você falando. Meu sangue ferveu com sua voz debochada e seu semblante irritante. Fechei meus punhos, mas respirei fundo tentando aliviar a minha raiva. Aquele i****a não merecia nenhum sentimento meu, ainda que seja raiva. Clara: _ Não se preocupe, não vou gastar minha linda voz com um ser inútil como você. Já estou indo. Passo por ele, mas paro ao ouvi-lo falar. Desconhecido: _ Já vai tarde intrometida, ninguém te chamou aqui. Fecho meus olhos e imagino a tia Lindysan dizendo que socar as pessoas deixa as mãos doloridas e com esse pensamento continuou andando tentando limpar a minha mente da raiva que estava sentindo. Encontrei Lu e a menininha Lissa brincando no quintal de trás do orfanato. Elas pareciam alegres brincando como se estivessem esquecido do que havia acontecido alguns minutos atrás. Mas EU não havia esquecido. Jackson, Melanie e Kelly me encontraram e ficamos conversando e brincando com as crianças por um momento. Depois voltamos para casa. Decidi dormir cedo, já que no outro dia seria meu primeiro dia de aula. E a viagem e o estresse do orfanato havia me deixado com a mente cansada. … _ CLARAAAAAAAA! _ AAAAAAA! Acordo com um pulo e gritando. Algo havia caído em cima de mim, algo pesado. Olho para Kelly em cima de mim. Kelly: _ Acorda Bela adormecida. Os três riam da minha cara. Eu ainda tentava regular as batidas do meu coração. Mas a risada deles estava me colocando de mau humor. Clara: _ Vocês estão tão felizes hoje. Resmungo. Melanie: _ Credo, está insatisfeita com a nossa felicidade? Clara: _ Na verdade sim. Deito novamente. Jackson: _ Deixa de ser dorminhoca, vamos levanta. Jackson puxa a minha coberta e eu o olho brava. Jackson: _ Já disse que amo o seu bom humor matinal? Seu primeiro dia de faculdade, não vai chegar atrasada. Se não levantar vai ser a base de água. Fecho meus olhos, mas me lembro que eles são realmente capazes disso. Resmungo e me levanto irritada. Melanie: _ Um belo começo de manhã, certo? Melanie sorri para mim, que a ignoro e vou até às minhas malas batendo os pés. Abro uma e um terremoto sai de dentro dela. As roupas pulam para a fora. Resmungo mais uma vez. Kelly: _ Vamos deixar você com suas coisas. Mas não demora. Os três saem eu sento do lado da minha mala. Clara: _ Porque eu escolhi estudar de manhã? Respiro fundo e começo a procurar por uma roupa. Calça jeans rasgadas, um body preto de tecido brilhoso, um casaco cinza de tecido leve amarrado na cintura e um tênis branco. Vou até o banheiro com a roupa escolhida. Quando me olho no espelho quase levo um susto. Meus cabelos vermelhos estavam um desastre na minha cabeça, a maquiagem que não havia tirado desceu pelos meus olhos me deixando como uma bruxa. Tomei um banho, retirei a maquiagem. Me vesti, arrumei meus cabelos e fiz uma maquiagem básica com delineado gatinho simples e um batom nude, mas caprichei na máscara de cílios os deixando bem volumosos. Sai do banheiro pronta e agora até meu humor já tinha melhorado. Peguei uma mochila de couro preta com tachinhas que minha tia Lindysan havia comprado. Coloquei uma agenda e uma caneta, nem material eu tinha comprado. Joguei dinheiro dentro da mesma e desci as escadas. Meus amigos estavam sentados na mesa da cozinha conversando e comendo com minha vó. Bolos, pães, frutas, café e suco. Clara: _ Humm. Parece está uma delícia. Jackson: _ Parece que seu humor do cão melhorou. Sorrio mostrando que ele estava certo e me sento com eles. Minha vó beija o topo da minha cabeça e me serve um pedaço de bolo de chocolate com uma massa tão fofinha que desmanchava na boca. Depois de comermos os quatros saímos para a faculdade. Seria mentira dizer que não estava nervosa. Voltei ontem para o Brasil e já estou indo estudar na faculdade que meus pais estudaram e fazer o curso que eu sempre quis, e ainda melhor com os melhores amigos que eu poderia ter. Parecia que nada podia estragar o meu dia. Quando entramos na faculdade sendo meu estômago revirar. Estava muito emocionada. Era tão grande lá dentro. Vários prédios e várias pessoas passando. Melanie: _ Bem vinda Clara. Jackson: _ Nem acredito que estamos nos 4 estudando juntos de novo. Sorrio e balanço a cabeça concordando. Kelly: _ Vamos logo se não vamos nos atrasar. Melanie e Jackson nós vemos no intervalo. Clara: _ O que vocês não vão por aqui? Pergunto confusa. Jackson: _ Não, vocês ficam no prédio oeste, eu e a Melanie ficamos no prédio norte onde é área de design e engenharia. O refeitório é no prédio central nós encontramos lá na hora do lanchinho. Clara: _ Ah, entendi. Então nos vemos no intervalo, ou melhor, na hora do lanchinho. Todos sorriem. Melanie: _ Boa sorte no primeiro dia Clara, sua sorte é que está na mesma sala que a Kelly ela pode te ajudar. Kelly: _ Sim, relaxa, Clara. Tá comigo, tá com Deus. Clara: _ De repente fiquei preocupada. Melanie: _ Boa sorte novamente. Tenho que ir. Jackson: _ Vou contigo. Tchau meninas. Melanie e Jackson vão para o prédio deles. Kelly cruza seu braço com o meu e me guia até a secretária que ficava no prédio central, tinha que fazer algumas coisas. Conversamos na secretária e eu acertei o restante que tinha que ser feito pessoalmente. Todos da secretária pareciam bem simpáticos. Sai de lá cheia de folhas de xerox. Não era brincadeira, cada bloco de folhas tinham mais de 200 páginas e eram cerca de 8 blocos. Clara: _ Eu vou precisar ler isso tudo? Kelly: _ É o que disseram. Os professores separaram essas matérias para esse semestre. A gente pode pagar pelas xerox ali na secretaria ou a gente mesmo imprimir de pouquinho em pouquinho. Clara: _ Preferi pagar para imprimirem, eu nem sei se a impressora lá de casa ainda funciona. Kelly ri enquanto conversava com ela vó um garoto vir correndo, mas nem me esquentei, estava cheia de blocos de folha na mão, é claro que ele desviaria de mim. _ SAI DA FRENTE! BUUUUM. Caio de b***a no chão e deixo minhas filhas caírem, agradeço mentalmente por elas estarem grampeadas. E me levanto com fúria. Clara: _ VOCÊ É CEGO???? Desconhecido: _ VOCÊ NÃO VIU QUE EU ESTAVA COM PRESSA? Nós encaramos e a surpresa foi visível no semblante dos dois. Os dois: _ VOCÊ?! Minha raiva duplicou ali…

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