ZONA DE CONFORTO

3154 Words
O casamento estava em crise, havia um longo tempo, mas Evans ainda a amava Mônica também o amava, mas as redes sociais acabava lhe prendendo, a admiração e o afeto foram levados com as dificuldades que foram colocadas, não era fácil para Evans chegar em casa e ver sua mulher o tempo todo presa ao celular, e quando tentava conversar seus pais sempre invadia sua relação, como se fosse sua casa, com a falta de atenção, carinho e sexo, ele passou a procurar mulheres na rua, homens já não são um sexo fácil de lidar e sem sexo piora. Enquanto para Mônica não foi fácil, casar-se e torna-se mãe cedo. Sonhos foram interrompidos com a maternidade, seu marido não esteve presente em seus dois partos, seus piores momentos, logo que suas gestações eram difíceis. Era filha única, e a mudança de vida, não foi facilmente aceita, até que a empregada passou a lhe mostrar manchas de batom, bilhetes de motel nas roupas de Evans, aquilo era a gota d'água, quando ele lhe procurava ela nunca estava afim, haviam perdido a química, a paixão restando apenas as obrigações. Mas nenhum dos dois queriam a separação, Mônica por medo de perder Evans que era seu grande amor desde sempre, e o medo de não ter ninguém quando ficasse sozinha, não exatamente sozinha, porque isso ela se sentia o tempo todo. Mas separada e com dois filhos, o dinheiro que ele ganhava m*l dava para manter, eles quatro juntos, não tinha como ser separados. Crianças gastavam o tempo todo, quando chegava a época de um dinheiro extra como férias ou décimo terceiro, uma das crianças adoeciam, ou o carro quebrava, a conta de luz vinha alta. Evans foi perdendo a paciência com Mônica e ela já havia perdido com ele a muito tempo. Ele não queria separar porque não conseguia imaginar sua vida sem aquela loira chata, que de todo modo esquentava sua cama tarde a noite, ainda tinha as crianças que precisava de um pai, malmente tinha uma mãe, um mês depois Mônica percebeu que Evans estava mais ligado as crianças, os pegava na escola ou na creche nos dias que estava em casa, fazia chocolate quente com eles nos dias frios, assistiam filmes infantis. E até os levava para o clube com ele, para assistir jogar bola ou praticar artes marciais. Ela não sabia o que ele estava tramando, mas percebeu que isso não era bom, se ele planejava separar-se e levar as crianças, estava enganado, ela nunca permitiria que ele se separa-se. Comprou uma linda camisola vermelha, tomou um banho de leite de rosas o esperou após colocar as crianças para dormir, Evans não reconheceu quando entrou no quarto, ela estava linda, não parecia a mesma Mônica de mais cedo. Agarrou-lhe pela  cintura, levando-a cama, as pétalas de rosa vermelha na cama indicava que ela havia se dedicado aquilo. Entre beijos disse-lhe o quanto a amava, e ela o mesmo a ele, arrancou com facilidade sua calcinha sentindo-a molhada para ele, a muito tempo não a via assim, enquanto ele a provava, ela apenas tinha certeza o quanto seu marido era um cachorro, a ponto de não resistir a mulher alguma, certamente devia ter pego todas as colegas de profissão, ela não tinha ideia de quem realmente era seu marido. Após gemer e fingir orgasmo várias vezes, Mônica viu seu marido levantar nu para pegar um copo de água, era a oportunidade perfeita para mexer no celular foi o que fez, Evans terminou de beber sua água até trouxe um copo para ela, mas a mesma já havia perdido o interesse, ele sentou-se na cama, beijando seus pés brancos, mas recebeu um chute após a incomoda-la. Ele ainda a acariciou, havia alguma coisa errada com Mônica, será que ela tinha outro? Ficou a observando, mas nada lhe dizia que sim ou que não, passou o creme em suas costas, descendo para suas nádegas, ela reclamou do gelado do creme, e ele gostou da sua expressão, pensou em tomar o celular de sua mão, e foi o que fez. Recebeu uma bofetada em cheio no rosto, a raiva lhe encheu o peito, ia devolver mas viu ali a mãe de seus filhos, não, não era um covarde, pelo menos tentou não ser. Mônica não era como as mulheres que ele lhe dava todos os dias, era sua mulher, se ele não a respeita-se ninguém mais iria. Passou a mão no rosto, jogando o celular para ela, quando levantou da cama deixando-a deitada ali sozinha com seu celular, viu o filho menor se esgueirando na parede do quarto que dividia com o closet, não sabia de onde até onde ele havia visto, jogou o cobertor sobre Mônica. - Nosso filho esta aqui.- Comentou a mulher olhou para a criança, depois voltou sua atenção ao celular novamente. - Venho Marlon.- Ele chamou e o pequeno foi em sua direção. - Estou sem sono papai.- Falou manhoso sentindo as mãos do pai nele, Evans tinha plantão no dia seguinte, olhou para a esposa que estava do mesmo jeito que ele a cobriu com o filho colo foi para o quarto das crianças com ele, deitou-se em sua cama. Cantou uma canção para ele até que dormiu em seu peito, estava exausto, dormiu ali mesmo na cama com o filho, quando acordou já estava atrasado. Acordou o pequeno, e Cristian para um banho rápido, entrou no quarto sua mulher já estava acordada, talvez nem tivesse dormido, mais uma vez com os olhos no celular, entrou no banheiro viu as duas crias entrar no seu box nu, nunca havia tomado banho com eles, mas pela primeira tinha amado pena que o tempo estava curto, vestiu a farda e quando saiu do quarto, viu cada um com sua mochila nas costas, lhe apertou o peito, vê-los a sua espera, não podia leva-los para a escola, já era 07:40 da manhã. Mas seu lado pai lhe fez fazer tal esforço, mentiria para o chefe alegando qualquer coisa. Levou os filhos para escola correndo, viu os entrar cada um sua escola com direito a beijo na bochecha e tudo na ida. Seu pai havia lhe ensinado a ser um homem e não um pai, mas isso ele se esforçaria para ser, m*l chegou ao batalhão, os colegas estavam de saída o chefe lhe mirou de cima a baixo. - Depois converso com você. Evans seguiu para a viatura com Silveira. - Qual é a rota? - Perguntou sentando-se ao volante novamente havia acabado de sair de um. - A de sempre, eles tem te ligado ou mandado mensagem?- Evans negou com a cabeça pegando o caminho para o complexo. - Pra mim também não, mas ontem os caras tentou atrapalhar os esquemas deles no Leblon, com certeza eles devem ligar para gente. m*l terminou de falar o celular tocou, nos olhamos Silveira atendeu. - Não chefe, é apenas ás segunda, quarta, sexta e os domingos agente reveza.- Falou olhando um para o outro.- Pode deixar que com a gente tá tudo certo. O cara parecia nervoso do outro lado, logo chegaram ao complexo, havia bastante viaturas na chegada, fomos a pé, tiro pra todo o lado, Evans pegou a  berreta m9 andou agachado e um dos vapores soltou fogo na direção dele, por sorte não se esquivaram. Ele estava com uma Ak-104, enquanto Evans e Silveira com armas pequenas, tinha noção? Eles não tínhamos condição nenhuma para eles.  Evans guardou o revólver na cintura, mostrando que não ia atirar, mas Silveira não entendeu o seu gesto continuou com a arma em punho, quando mostrou o rosto, Evans levou um tiro de cheio no ombro direito, e pelo impacto do tiro, caiu no chão batendo as costas. Silveira olhou para ele.- Levanta cara, levanta.- Evans lhe olhou em seguida com rancor nos olhos. - Guarda essa p***a Silveira, a gente não tem como ir contra eles. Silveira abaixou a arma no chão, e os tiros em sua direção não veio mais. Os menores sumiram de vista, ouvia-se tiro do outro lado, Silveira avisou pelo radio que seu amigo havia sido baleado, e com muito esforço conseguiu lhe levar de volta a viatura. O Levou para o hospital, sendo policial e ferido teve prioridade no atendimento, nem mesmo precisou fazer a ficha médica.  Angell estava medicando uma criança, quando foi chamada para a emergência terminou de enganar o pequeno de dois anos para que tomasse todo o dipirona e ele bebeu. Ela sorriu para ele lhe dando um beijo como prometeu na testa, tudo parecia tranquilo até que Estela apareceu na porta apressada. -Anda Angell, eles estão lhe chamando. - Angell tocou a cabeça do pequeno saiu em seguida. - Doutora?- As duas viraram para a mãe, Angell havia esquecido que ela estava ali. - Obrigado, ele não toma remédio por nada nesse mundo.- Angell olhou para o menino que parecia um fofo. - Tudo bem, mas eu sou apenas técnica em enfermagem. - as duas riram, enquanto Estela lhe arrastava para a emergência. Ao chegar no lugar, Estela quase desmaiou ao ver sangue na farda de Evans, saiu em disparada. Angell ficou imóvel olhando para o homem de olhos fechados na cama, até que tocou-lhe o rosto, sentiu sua respiração. - Oi princesa! - Evans falou com a voz rouca lhe assustando, Angell deu um pulo para trás. - Que susto! Quase me matou do coração.- Ela riu e ele ficou a observando. - Pode sentar?- Ele assentiu, tentando sentar mas ela o ajudou vendo sua dificuldade, começou a desabotoar a sua blusa, e com muito esforço viu o lugar que foi atingido, tirou a blusa, depois tirou a branca, essa mais difícil era pelo pescoço. Olhou para seu peitoral firme. - Se continuar encarando desse jeito, vou começar a achar que esta interessada.- Ela negou com a cabeça. Pegou uma flanela e uma bacia com água, começou a limpar todo o sangue vendo o lugar com maior clareza. - Esta alojada. Ele continuou admirando o rosto dela tão perto do dele, que dava para senti a sua respiração. - Você é linda! - Ela olhou para ele, sorriu fraco, escutando passos atrás de si era a médica plantonista. - Boa tarde.- Cumprimentou o homem a sua frente procurando sua ficha, sem encontrar. - Angell onde está a ficha do paciente?- Ela olhou para a médica, ela também não sabia. - Vou pega-la, saiu deixando os dois sozinhos na sala. Voltou dez minutos depois com ela nas mãos, foi feita depois. Colocou sobre a mesa, vendo a mulher sentada olhando para o policial. - Arruma ele para a cirurgia, a outra técnica onde está?- Procurou Estela com os olhos não vendo em lugar algum. -Ela esta na pediatria.- Falou tentando cobrir a amiga, mas sabia que não estava lá. - Vá chama-la.- Angell suspeitou que a médica quisesse ficar tanto tempo sozinha com Evans, pensou em voltar, mas ele não era nada seu. Não ia se indispor no trabalho por causa de um crush, foi a sala de descanso quando entrou, deparou-se com sua amiga que se agarrava com um rapaz da limpeza. - Estela! - A chamou alterada, fazendo os dois se soltarem, o homem estava duro com um volume na calça, Angell desviou o olhar para a amiga. - Estamos na hora de trabalho, você dois não podia resolver isso outra hora não? - Você que deveria fazer a mesma coisa Angell. Seu tempo esta passando- Angell viu o rapaz sair rapidamente como um coelho fugitivo. - A doutora Paula esta lhe chamando.- Virou siando com a amiga que ajeitava o cabelo e os lábios atrás dela. - Nossa esse novinho tem uma pegada boa. - Comentou mas a cabeça de Angell estava em outro lugar, andava de pressa, quando chegou a emergência encontrou a médica lendo enquanto Evans estava deitado na cama. Com ajuda ele foi para a sala de cirurgia, e o que aconteceu lá dentro foi rápido, que não durou duas horas, Evan foi para a sala de observação, mas parecia forte como sempre, algumas vezes chamava Angell para lhe dá água, alegando estar com o braço muito dolorido, mas ela sabia que era manha dele, porque havia tomado tramal intravenosa. Ainda assim o ajudou com a água e alimentação na boca. Em um desses momentos o pegou olhando para dentro da sua blusa, babando pelos seus s***s, cobriu os s***s com o jaleco propositalmente, vendo o homem lhe olhar com olhos pidões para ela, que amou sua expressão. A noite passou rápido, ela estranhou sua esposa não aparecer para vê-lo, mas talvez não soubesse. Já tinha visto algumas vezes juntos na rua, no shopping com os filhos, até mesmo em mercado, imaginava que eles era uma espécie de casal perfeitos. Quando a manhã chegou entregou a sua blusa branca lavada numa sacola, e com muito temor o ajudou a colocar a blusa da farda. - Não sabia que o hospital fazia esses serviços.- Comentou arrogante com ela, que abotoava sua camisa. - Não, realmente não faz, mas como a Angell é uma técnica muito dedicada ela fez isso com medo que seus filhos visse a mancha de sangue na sua farda.- Estela comentou com ironia, atrás dela, com as mãos no bolso do jaleco. - Obrigado Angell- Ele a agradeceu meio que rindo mas grato por dento com a sua preocupação, ela realmente parecia ser diferente dele. - Angell agora podemos ir?- Estela perguntou saindo pela porta, olhando a amiga que continuava a olhar o policial. - Claro, tchau Senhor Evans.- Ele fez um gesto com uma das mãos, quando as garotas saíram, outra entrou o liberando. Caso sentisse dor ou qualquer outros sintomas que retornasse a unidade. Angell saiu com Estela do hospital, ficou esperando no ponto de ônibus, a amiga não parava de falar e ela já estava irritada de saber sobre tudo a respeito de Samuel, o rapaz com Estela estava aos amasso na noite anterior. Viu um táxi parar na sua frente, ignorou, quando percebeu era Evans no banco de trás, - Estou indo para casa, quer ir comigo?- Estela foi a primeira a entrar no táxi, no banco da frente. Angell entrou no de trás, meio tímida, olhou para o motorista.- Bom dia.- Ele a olhou pelo espelho, sorriu.- Bom dia senhorita. - Ela ajeitou o cabelo cacheado, olhou para Evans que olhava para fora na janela.- Qual destino devo tomar senhor?- Ele olhou para ela a seu lado, olhou para suas coxas com a calça branca. - Primeiro as meninas, que estão ...- Angell o interrompeu. - Não primeiro para a casa dele, que esta ferido e precisa de repouso. - Os dois se entreolharam, o motorista não sabia a quem obedecer, por isso ainda não havia dado partida no carro. - Para onde devo ir mesmo?- Sem desviar seu olhar do dela, ele apenas falou - Para a casa dela, a moça da frente sabe onde fica. - Os dois continuaram a se olhar algumas vezes durante o trajeto, ela era apenas uma desconhecida e se preocupava tanto com ele, apenas por um tiro? Tão jovem, bonita. Se distraiu colocou a mão em uma das suas coxas, ela tirou a mão dele, apesar de querer mais que aquele toque, seu corpo queimava, pedia por mais dele. Ele a olhou, imaginou que ela seria uma garota fácil, e que estivesse facilitando as coisas para ele. Mas se surpreendeu com sua atitude, sentiu sua mão quente sobre a sua deixando sobre o banco, ele a segurou, ficaram de mãos dadas até o final do trajeto, ela tentava retirar sua mão da dele, mas ele segurava com mais firmeza, era bom não se sentir sozinha em meio aquela multidão. Quando chegou perto de sua casa, Estela desceu, apenas se despedindo deles. Angel olhou o taxímetro, daria 15,00 a corrida, tirou da bolsa algumas notas, quando ia dar para ele. Evans segurou na sua mão.- Eu convidei eu pago.- Ela não entendia o porquê de tamanha generosidade, mas não queria ter dívidas com ninguém. - Não precisa, eu pago a minha taxa. - pagou ao taxista, com Evans lhe olhando ainda no banco de trás, o ódio lhe corroía por dentro, ela era desobediente. - Não esqueça de tomar os remédios.- Falou com ele, que ao vê-la ir, riu dela. A viu entrar em casa, seu pai ficou olhando para o táxi, coçando a barba, ele ia procurar saber mais sobre aquele pastor e a garota. Viu os dois conversando ainda na porta, o motorista deu partida no táxi indo embora, só restava eles dois ali no táxi. Ela não deixou nada no banco, meia hora depois ele chegou em casa, entrou em casa Mônica estava no sofá mexendo no celular, ele estava com o braço enfaixado debaixo da farda. - Bom dia!- Falou se aproximando, abaixou para beijar sua boca, mas ela se esquivou para continuar a olhar a tela do celular.- Bom dia.- Respondeu seca, sem lhe olhar. - As crianças foram para a escola? - Um hum..- Confirmou, ele foi para o quarto, pediu os remédios para a farmácia levar em casa. Tomou um longo e demorado banho, quando veio a si escutou alguém batendo na porta do banheiro. Era Cida, a empregada da casa.- Senhor Evans, o senhor pediu alguma coisa na farmácia?- Ele permaneceu no banheiro. - Sim, faz um favor pega ai a minha carteira.- pediu e a mulher trouxe de olhos fechados para não vê-lo sem saber que ele estava enrolado na toalha. - Pode abrir os olhos, não  vou mandar você entrar no banheiro comigo nu, não é? Pegou a carteira, olhando com uma cara riso para a funcionária que lhe olhava sem jeito, tirou 100 reais da carteira e lhe entregou. - Senhor Evans o Senhor se machucou?- ele confirmou.- Foi um tiro ontem de manhã. - A mulher levou a mão na boca. - Agora estou bem!- Ela riu e saiu em seguida. Cinco minutos depois levou a sacola com o troco dentro.  - Você sabe trocar curativos?- Perguntou sério olhando para a mulher de pé na porta. Que balançou a cabeça para ele. - Então vamos por em prática isso agora vem cá.- Ela foi um pouco trêmula até ele, conseguiu abrir o pacote de gases, tirar os esparadrapos colocados em seu corpo. Fez um curativo novo tremendo vendo o lugar costurado, quando terminou ele lhe deu 10 reais. Deitou-se para dormir, quando acordou foi com o despertador lhe acordando. Era hora de ir pegar Cristian na escola. Dirigiu com dificuldade, esperou o mais velho na escola, chegou em casa, a mulher reclamou mais uma vez por ele ter ido buscar sem avisar. Reclamou, reclamou como sempre, mas os dois já estavam na copa almoçando e rindo, quando ela se deu contas falava sozinha, sentou-se a mesa com o celular na mão, Evans não sabia o que tanto prendia a sua mulher ao celular.
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