Capitulo 2

1246 Words
Malu ... O amor as vezes pode ser muito traiçoeiro, e pra mim ele foi fatal. Eu perdi minhas pernas, e você o que seria capaz de perder?.. Me lembro do dia em que descobri que estava grávida da Sophia foi o dia mais emocionante da minha vida. Me lembro que foi exatamente no mesmo dia que o Arthur fez sua primeira exposição naquela galeria que seria dele uns meses depois. Me lembro que quando contei sobre a gravidez, ele não sabia sorria ou se gritava ele realmente parecia um homem feliz, como tínhamos chegado a esse ponto? No parto da Sophia ele não saiu da sala um minuto sequer, queria ser um dos primeiros a vê lá, e quando viu foi a cena mais linda do mundo pra mim. Os olhos dele brilhavam como se tivesse visto um anjo, ali eu realmente achei que ele estaria preparado, mas acho que me enganei. Ainda estava sentada na minha cama quando Antônia bate na porta _ Posso entrar_ ela aparece na porta _ Claro Antônia_ falo sorrindo Eu sei que eu já tinha uma mãe, mas eu considerava Antônia como uma segunda mãe, afinal ele me ajudou desde que conheci o Arthur e sempre foi muito amorosa e paciente comigo, não era atoa que Sophia a chamava de vó Antônia. _ Você não parece bem_ ela se senta ao meu lado _Queria que a Katarina estivesse aqui, tenho certeza que ele escutaria ela_ falo triste _O que está acontecendo Malu? _Eu não sei Antônia, acho que o Arthur não consegue se adaptar a ter uma família. _Malu você só precisa ter um pouco de paciência com ele. _Eu não sei Antônia _Malu você sabe que amo muito você e a Sophia e que sei que o Arthur é um cara muito difícil, mas ele nunca teve uma família e eu sei que a sua família não era muito convencional, mas acredite você teve uma família melhor que a dele. _Mas eu achei que o pai do Arthur fosse um cara bom. _E era, mas nunca defendeu o Arthur. Embora ele fosse um bom homem, ele achava que a criação dos filhos era responsabilidade da mãe, e a mãe do Arthur simplesmente resolveu não criar ele. Eu sabia que a Vera era uma péssima mãe, mas Arthur nunca tinha me dito o quão r**m ela foi pra ele. _Eu não sabia... _Malu eu sei que o Arthur já é um homem é que deve ter suas responsabilidades, eu só quero pedir que antes que você desista de vez, dê a ele a chance de tentar. Antônia podia ter razão, talvez eu estivesse exagerando um pouco, não era por que me adaptei mais rápido a ter uma família, que Arthur também se adaptaria. Antônia se levantou e me deixou pensativa com relação ao Arthur e a Vera, pelo que parecia tinha muito mais coisas sobre essa família que eu não sabia. Decidi tomar um banho e esperar o Arthur subi pra tentar conversar com ele. Olhei pela janela e vi que o carro de Bruno não estava mais no jardim, logo ouvi os passos do Arthur subindo as escadas. Só pelos passos pesados e lentos já percebi que não era coisa boa que viria, certamente ele tinha bebido o seu anti depressivo favorito, uísque. Arthur Depois de ouvir os conselhos idiotas do Bruno, acabei optando pelo método antigo, a sinceridade sempre comove as pessoas. _Malu _ entro no quarto meio alto mas não estava bêbado, não totalmente _ eu preciso de vocês, eu sei que sou um péssimo pai, e não tenho sido um bom marido, mas me dá uma chance de mudar, e prometo que se eu não mudar, você será livre pra me deixar. Depois que terminei a frase, tomei conta da idiotice que eu estava falando. Eu estava mesmo dando a ela legalidade pra me deixar? Com certeza só podia estar bêbado. _Arthur acho melhor termos essa conversa amanhã, quando você estiver melhor. _Não Malu, eu quero resolver isso hoje, não quero que você fique chateada comigo eu te amo, amo a Sophia e não vou perder vocês. _Também amamos você Arthur, mas a Sophia precisa de um pai, um pai de verdade, ela precisa mais de você do que aquela galeria. _Por favor Malu_ me aproximo pego na mão dela é olho dentro dos olhos dela_ só mais uma chance. Eu até podia estar bêbado e podia estar falando um monte de bobeira, mas funcionou por que a Malu sorriu e aquilo era um bom sinal. _Acho que vou te dar essa chance, espero não estar errada. Fiquei tão feliz que a peguei no colo e a rodei pelo quarto gritando como um louco. _Eu te amo Malu_ eu gritava _Para _ ela ria _ vai acordar a Sophia. Coloquei ela no chão e me preparava pra fazer as pazes com ela, essa pra mim era a melhor parte da briga. _ Que tal fazermos as pazes agora_ puxo ela pra mais perto e beijo o pescoço dela _Nem pensar você está bêbado_ ela me empurra rindo _ trate de tomar um banho e se livrar desse cheiro de uísque. A Malu odiava bebida alcoólica, e ela odiava o fato de eu beber sempre que estava com raiva, ela até achava que eu deveria procurar ajuda, ela considerava um vício, mas pra mim era só um copinho de uísque que não faria m*l algum. No dia seguinte acordei com uma baita dor de cabeça e decidi que trabalharia em casa. _Não vai trabalhar hoje?_ Malu pergunta irônica _Não, vou descansar um pouco hoje. _Isso é ótimo preciso ir na empresa o Diego me ligou, disse que era urgente e não tenho ninguém pra levar a Sophia no balé_ ela se aproxima na intenção de me convencer com carícias _E a Antônia? _ Saiu com o Carlos, eles foram no mercado. _Mas.. Ela me olhou e aquilo já foi tudo, eu tinha feito uma promessa e iria cumprir. _ok, eu levo ela _ Então já vou indo_ ela me dá um beijo _e.. Obrigada_ ela sorri e sai Eu adorava vê a sophia dançar, mas odiava as aulas de balé especialmente por que os pais deviam esperar a hora de sair, então eu era obrigado a esperar ela acabar junto com as outras mães chatinhas que ficavam falando o quanto suas filhas eram fofas. Sophia já estava vestida e super animada pra aula de balé _Vamos papai_ ela grita pulando no meu colo _Sophia o que acha de tomarmos um sorvete ao invés de ir pro balé_ falo baixo enquanto Malu saia pela porta Ela caiu na risada, e foi nessa hora que eu percebi o quanto minha filha era inteligente. _Não papai, não posso tomar sorvete a mamãe disse que estou doente_ ela cochicha sorrindo Eu sequer tentei uma outra proposta ela amava aquele balé. Chegamos no balé e Sophia saiu correndo pra brincar com as outras coleguinhas enquanto eu me sento em uma cadeira do lado de fora da sala. As mães chatas foram chegando e todas me olhavam como se eu fosse um alienígena, eu tentava não me importar mas estava evidente meu incômodo.. _Acho que elas estão estranhando um homem aqui que não seja gay_ Ouço alguém dizer Olho para o lado e tinha uma mulher sentada do meu lado. Ela era morena e parecia ter uns 25 anos talvez, era bonita e muito simpática _Acho que não me esperavam aqui_ falo sorrindo _Prazer Mariana_ ela estende a mão sorrindo _Arthur. _Eu acho que conheço você, você não é dono da galeria de artes da rua Huston? _Sou, você há foi lá? _Sim claro, amo arte e adoro seus quadros. Talvez fosse um pouco exagerado, mas adorava encontrar alguém que entendesse de artes. Mariana tinha ótimos conhecimentos e a conversa estava indo bem até que.. _Malu?_ falo meio sem graça
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