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O Professor Que Me Amava

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Blurb

"...Nossos lábios encaixaram-se, peças perfeitas no incerto quebra-cabeças que nos envolvia. Ele queimou minha pele ali, o desejo ardendo tão profundamente que só pude fechar meus lábios enquanto ele abria os dele, amolecendo enquanto meu professor depositava toda a paixão naquela carícia."

Diana é uma universitária exausta por manter os custos da vida acadêmica. Noites acordada em horas intermináveis de estudo a prometem a vida que sempre sonhou.

Dante é o professor mais cobiçado da universidade. Conhecido por tirar o foco das alunas com a aparência incrível, é de longe o docente menos adorado por Diana.

O destino permite a ironia de unir a vida dos dois, desafiando essa aluna a esconder desejos que podem destruir tudo o que ela construiu com esforço e dedicação.

Terá Diana a ousadia de encarar os próprios sentimentos?

© Todos os direitos reservados. Plágio é crime.

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O Amargor do Café
Os primeiros raios de sol da manhã afagaram meus olhos com o prelúdio bondoso de um dia cansativo. Não podia considerar meu sono de três horas reparador o suficiente para ficar acordada nas próximas vinte e uma horas, embora esperasse que meu estado estivesse menos deplorável do que de costume. Todos os dias acordava com o mesmo sonho de ter me tornado a herdeira de uma generosa fortuna. Aos vinte e dois anos, não podia estar mais decepcionada quando despertava na carcaça de universitária pobre e me preparava para mais um dia de trabalho e estudos. — Preciso de café — resmunguei, os pés para fora da cama em busca dos chinelos que me salvariam do chão gelado da madrugada. Afaguei sem querer o traseiro preguiçoso do meu siamês rechonchudo que levava mais da metade do meu dinheiro. — Ah. Bom dia, Barriguinha. Barriguinha me respondeu com um miado preguiçoso e rolou para o lado, a mancha branca da barriga virada para cima. Sorri, acariciando-o propositalmente com os pés. — Fofinho da mamãe. Barriguinha empurrou meus pés com a patinha, ronronando preguiçosamente enquanto voltava a dormir. Suspirei. A ideia de ser um gato pareceu repentinamente mais atraente do que ser herdeira. Modesto, meu quarto pouco abrigava nós dois. Ao me colocar de pé, facilmente ocupava o espaço inteiro do corredor que dava para a porta e o armário de solteiro embutido. Como acontecia na maior parte dos condomínios estudantis, nenhum daqueles móveis era realmente meu — praticamente todos os aluguéis eram mobiliados e precisavam ser inúmeras vezes limpos se nos importávamos com a quantidade de sexo que foi feito anteriormente por ali. De chinelos colocados e cama arrumada, observei meu rosto pálido de olheiras na frente do espelho que colei com fita dupla face na porta do armário. O cabelo castanho claro descia em uma cascata emaranhada e ondulada na lateral do meu rosto branco demais para um país tropical. A falta de praia e o excesso de protetor solar faziam um bom trabalho em me tornar fantasmagórica em dias tão cansativos. Estava exausta. Três anos se passaram desde que entrei na faculdade. Estando no final do sexto semestre, já não tinha mais tanta certeza de que todos aqueles anos estudando para o vestibular valeriam à pena. Era desgastante conciliar os estudos com o estágio e a pesquisa que pagavam pouquíssimo para bolsistas como eu custearem moradia. Eu não tinha certeza de quase nada, na verdade, além da vontade de simplesmente parar e respirar um pouco. Balancei a cabeça, expulsando aqueles persistentes pensamentos. Não tinha tempo para autopiedade. ▬▬▬▬▬▬▬▬▬ — Amiga, você parece doente — Wallace comentou, os olhos amendoados tomados pela preocupação. Dei uma risadinha enquanto ele colocava a mão na minha testa. — Tá com febre. Comeu alguma coisa hoje? Wallace e eu começamos a faculdade ao mesmo tempo e fazíamos questão de pagar todas as disciplinas juntos, o que era uma bênção quando minhas habilidades sociais eram tão ruins que eu não tinha certeza de que conseguiria uma dupla sem ele. Ele tinha cabelo castanho escuro e aqueles olhos lindos que habitualmente indicavam preocupação ao olharem para mim. A natureza dele era brincalhona, mas Wallace também podia ser superprotetor ao se tratar dos amigos. Peguei a mão dele da minha testa e a segurei entre minhas mãos. — Não é assim que se afere temperatura, Wallace — comentei, a voz brincalhona. Ele revirou os olhos. — Agradeço a preocupação, mas estou bem. Puxando a mão de volta para si, Wallace limpou a garganta. — Sem contato físico, gata — ralhou ele, os olhos varrendo a sala em busca da cabeça de fios marrons que era o assunto do momento. Ele parou ao encontrar a vítima, sussurrando: — Meu crush pode ter a ideia errada de que sou hétero. Estalei a língua. — Isso nunca aconteceria. Você é totalmente gay. Wallace deu uma risadinha, inclinando-se para contar tudo o que descobriu visitando as redes sociais do rapaz que estava interessado. Ele dedicou todo o final de semana a reunir os mínimos detalhes a respeito da mais nova obsessão, embora soubéssemos que aquilo não duraria muito. A inconstância do meu melhor amigo era a certeza de que mensalmente ele teria um novo amor. Em alguns momentos, pegava-me sentindo inveja do tempo que ele tinha livre para se dedicar àqueles sentimentos que nunca mais voltariam depois da faculdade. Preferia esconder de mim aquele meu lado romântico que se retorcia desde o início do curso, louco por uma aventura universitária que resultaria no amor que eu levaria para fora do campus e chamaria de família. Enquanto Wallace falava, eu tentava desviar ferozmente daquele sonho. Meus tios tinham se conhecido na faculdade e trabalharam juntos no mesmo colégio como professores de Geografia. Eles adoravam comentar sobre aquela fase em que esperavam o fim das provas para namorar, os lanches que faziam juntos... — O gostosão chegou — Wallace assobiou, trazendo-me de volta dos devaneios. Sorridente, acrescentou: — Ele tem um Atlas de Anatomia mais grosso que o meu... — Não termina essa frase, pelo amor de Deus — cortei-o, segurando a risada. Wallace deu de ombros e balançou a cabeça, visivelmente se contendo para não fazer outro comentário apelativo sobre o professor. Dante, o professor de Anatomia Patológica Animal, realmente segurava um Atlas espesso nos braços. Uma olhadela rápida dedurou o título Atlas de Anatomia Animal, um livro que eu li e reli algumas vezes desde o início do curso. Como Dante era nosso professor apenas naquele semestre, ele via a incessante necessidade de revisar assuntos básicos que meus colegas de Veterinária persistiam em manter no esquecimento. Era uma pena fazer todo aquele trabalho para nem mesmo ser ouvido. Wallace costumava dizer que Dante sofria da Maldição da Beleza. Ele era um excelente professor com didática impecável e uma infeliz aparência que desviava a atenção das mulheres — que abrangiam mais da metade da sala — para o rosto dele. Bonito demais para o próprio bem, ele exibia sempre aquela mesma expressão que oscilava entre o sarcasmo e a seriedade. Gostava de retrucar boas respostas às suas perguntas com humor, o que facilmente fazia com que parecesse esnobe. As mulheres, entretanto, achavam uma graça. Eu só não podia negar que a presença dele era marcante. Toda vez que passava pela porta, as conversas cessavam automaticamente. Aquela postura e aparência garantiram a ele o respeito dos alunos, coisa que eu também sentia por ele, apesar de não gostar do motivo pelo qual ele recebia toda aquela atenção. — Bom dia — disse o professor, a expressão revelando pouco da simpatia que demonstrava em palavras. Suspiros femininos de bom dia voltaram para ele, e eu percebi que realmente seria um bom dia para as alunas que alimentavam aquele amor platônico e infundado pelo professor. Fechei os olhos, repentinamente sentindo o peso de toda aquela futilidade. ▬▬▬▬▬▬▬▬▬ Como sempre fazia depois das aulas, caminhei para além do campus até a cafeteria menos popular dos arredores. O notebook pesava na mochila conforme eu andava a passos largos, fugindo o mais rápido possível do sol escaldante acima da minha cabeça. Grande parte dos alunos se enfileiravam nos ônibus circulares, mas eu não podia me dar o luxo de ir para casa. Precisava terminar urgentemente minha parte na pesquisa que garantia metade do dinheiro que eu recebia mensalmente. A cafeteria era simples. Tinha uma temática retrô, com mesas de madeira e abençoadas cadeiras acolchoadas confortáveis para a coluna. Ficava escondida na rua lateral ao campus, sendo frequentada pelos veteranos que procuravam café bom e barato. Já fazia um tempo que eu me sentava sem fazer o pedido. A garçonete, Vitória, decorou meu cardápio após um ano sem modificações: café extraforte, misto quente e chá de hortelã gelado. Distribuindo o notebook, meu caderno de anotações e marca-textos, sentei-me no mesmo lugar de sempre, a mesa que recebia o ar-condicionado antes do resto do ambiente. O medo do choque térmico não substituía o alívio do meu corpo quente vibrando em gratidão. — Café e misto quente — disse Vitória, depositando o lanche na mesa. Ajudei-a a equilibrar o prato e a xícara, sorrindo. — Obrigada, Vi. Vitória piscou. Ela tinha um delineado perfeito que destacava os olhos castanho-escuros. Nunca havia notado como ela era nova e não pude deixar de elogiar a maquiagem, observando-a corar levemente antes de sair agradecendo. Ainda sorrindo, desbloqueei o notebook e voltei ao trabalho. Certas coisas cotidianas me passavam desapercebidas com bastante frequência devido ao cansaço. Era difícil memorizar traços físicos quando eu tinha tanto a aprender e poucas horas para reparar a memória. Quando finalmente percebia algo trivial como a cor dos olhos de alguém, sentia-me imensamente satisfeita. Enquanto meus dedos passavam agitados pelas teclas, ouvi alguém perguntar se podia sentar na cadeira da frente. Era comum que pedissem aquele lugar devido à tomada dupla que usavam para carregar celular. Minha resposta já era um automático “sim, fique à vontade”, e eu nunca olhava nenhuma vez para a pessoa que estava na minha frente. Naquele dia, porém, meu companheiro de café resolveu falar um pouco mais, murmurando as palavras tão suavemente que pareceu distraído ao dizer: — Você parece cansada. Limpei a garganta e engoli a amargura do café com insatisfação. Não queria conversar. — Dias difíceis — respondi, seca. Ouvi a colher batendo na xícara enquanto o homem mexia o próprio café. — Insônia? Apaguei uma estrofe recém-escrita, os olhos não saindo da tela enquanto procurava erros ortográficos. — Tenho um gato para sustentar e preciso ganhar dinheiro com bolsas de pesquisa e estágio, então não diria que é insônia. Ele levou um tempo para falar novamente. Quase fiquei feliz, pensando que tivesse parado de me interromper. A felicidade durou pouco quando ele voltou a falar, parecendo cauteloso: — Já que ele mora com você, não poderia te ajudar? Demorei um instante mais longo do que o necessário para entender que ele interpretou gato como o apelido carinhoso de um namorado. — Eu quis dizer gato — corrigi-o, esperando que o notebook estivesse cobrindo minha expressão de riso. — Gato. Animal. — Ah — ele soltou com voz de riso. — É claro. Com um sorriso no rosto e vencida pela curiosidade, segurei o notebook e o empurrei para baixo, dobrando-o para encarar meu companheiro de café que eu nunca fiz questão de bisbilhotar. Senti meu sorriso cair, a surpresa tomando conta de mim. Sentado de frente para mim, meu professor me encarava com um sorriso de canto de boca que nunca vi no rosto dele durante as aulas.

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