Prólogo

1721 Words
Olá! Seja bem-vinda (o)! Gente, espero que gostem do meu livro, e queria agradecer a todos que vieram aqui. Antes de começar sua leitura queria ressaltar algumas coisas: • O livro não está revisado. Apesar de editar algumas coisas ao postar na plataforma, sempre acaba passando alguns erros despercebidos. Escrevi este livro no bloco de notas do meu celular, postava ele em um grupo do w******p e posteriormente no w*****d. O livro é todo narrado em primeira pessoa, com exceção do prólogo. • Não sou autora profissional, mas espero que curtam bastante a história. • Se não for pedir muito, espero que não seja um leitor fantasma, deixem seus feedback. É sempre bom saber sua opinião para que possa melhorar, críticas construtivas sempre serão bem vindas. • Tenho outros livros, caso tenha interesse em ler é só entrar no meu perfil. Boa leitura! — Tchau Bárbara. — Tchau Liana, até amanhã! — Bárbara se despediu saindo pelas portas do fundo do estabelecimento onde trabalhava. Andou pela calçada e atravessou a avenida movimentada com pressa se arriscando em meio aos carros. Era uma rotina tão perigosa quanto exaustiva, porém, tudo o que mais queria era poder pegar o ônibus, chegar em casa e descansar. O dia foi corrido e cansativo, no entanto estava grata por ter consigo um novo serviço. Contudo não lhe pagavam muito, mas conseguia bastante dinheiro com as gorjetas que os clientes lhe davam. Saíra mais cedo do trabalho visto que havia dobrado no dia anterior, seu chefe lhe conseguiu umas horas a menos hoje. Procurou a chave na bolsa e abriu a porta olhando envolta, estranhou ao perceber o ambiente aparentemente muito calmo, Ramon com certeza estava em casa pois a TV estava ligada e havia roupas suas espalhadas no sofá. Franziu o cenho desconfiada e desligou a televisão. Adentrou o pequeno corredor e ao se aproximar do quarto passou a ouvir uns suspiros baixos vindo de lá, de acordo que se aproximava gemidos ficavam mais audíveis. Barbara ficou temerosa quanto abrir a porta e descobrir o que estava acontecendo ali dentro, uma vez que faria aquilo não teria mais como voltar atrás e ela tinha medo, medo de não gostar do que veria ali. Medo de se machucar e acabar com o coração despedaçado. Respirou fundo criando coragem. Empurrou a porta sentindo que seu coração se contraia dentro do peito com o ato, perdeu as forças e ficou sem chão quando viu a cena. Ela ficou atônita com o que olhara, estática, olhando o homem que mais amava, t*****r com outra, com sua própria prima. A quanto tempo eles tinham um caso? Perguntou a si mesma colando a mão na boca, abafando o soluço. O que foi inevitável visto que seu choro acabou chamando a atenção dos dois presentes ali. — Bárbara! — Ramon exclamou desesperado, levantou-se da cama procurando sua cueca, Raquel cobriu-se com os lençóis em seguida levantou assustada — que diabos está fazendo aqui? Sua objeção foi como ter tomado um tapa na capa, era como uma ofensa a si própria. — Que diabos estou fazendo aqui? Aqui é a… — iria dizer "nossa casa" mas se corrigiu — minha casa! Ouviu ele praguejar em um tom rude e isso a quebrou mais ainda por dentro. Como assim, o que ela estava fazendo ali? Era sua casa, certo? Onde mais poderia estar se não fosse em sua casa, em seu quarto? Ele parecia ser outra pessoa, era quase inacreditável pensar que um dia Ramon fosse lhe trair, tampouco em sua própria casa, em sua própria cama, e logo com a própria prima? Raquel a prima de Ramon, elas eram quase melhores amigas, assim que se conheceram através deles, e uma amizade fluiu rapidamente. Ela sempre ia à sua casa lhe visitar, agora sabia o motivo, Ramon transava com Raquel. Odiou-se por ter sido tão ingênua a ponto de ter confiado o seu amor a quem lhe pagava com traição. Traidor! Maldito traidor! — Eu não acredito que fez isso comigo... — sussurrou baixinho quando por conseguinte fim conseguiu falar e baixou a cabeça se sentindo a pior pessoa do mundo — eu te amava tanto! O fitou novamente desconhecendo aquele homem à sua frente que apenas lhe olhava com desprezo e torceu os lábios fadigados. — Mas eu não te amava! — Berrou irritado, diria bem mais que isso... furioso, ela deu um pulo para trás com medo e chorou ainda mais — eu tive que te aguentar esse tempo todo, isso cansa sabe? Por que ele estava sendo tão c***l? Pensava Bárbara. Ela quem deveria estar furiosa, mas parecia totalmente o contrário. Raquel vestiu suas roupas sem sequer olhar em sua cara e saiu quase que correndo de seu apartamento deixando somente ela e Ramon sozinhos. Estava decepcionada com os dois, com Raquel um pouco mais por ela se achar que era sua amiga. Nunca faria isso com outra mulher, especialmente uma que fosse sua amiga. Com Ramon a decepção tinha um gosto mais amargo, eles estavam em um relacionamento, por tanto era ele quem lhe devia fidelidade, e se não fosse com Raquel, ele a traia com outra, ou outras. Só queria saber o motivo para que ele fizesse algo tão baixo, não seria mais fácil terminar e deixar tudo em pratos limpos? Tinha certeza de que doeria menos. — Você sempre disse que me amava Ramon, eu... — Eu mentir, tá ok? — Ele a cortou gritando ainda mais exaltado — olhe para si mesma, você tão medíocre que chega até a ser patética, Bárbara. Deveria me agradecer por ter te aguentado por tanto tempo, você é insuportável! Bárbara negou, balançando a cabeça para os lados sem entender porque ele estava sendo tão malvado com ela. Já não bastava ter lhe traído e ainda queria humilhá-la? Então caiu de joelhos no chão quando sentiu que perdeu as forças e soltou um choro alto e sofrido. Desperado diria. Jogou fora nove anos da sua vida com uma pessoa tão fútil e sem coração. — "Ramon meu amor" "Amor vamos fazer isso" "amor aquilo" — reclamou fazendo uma voz afinada — Você é patética e sem graça, nem na cama conseguia t*****r gostoso e deixar de ser cafona! Sempre querendo ser santinha, cheia de mimimi. Bárbara sentiu um enjoo, um certo enojamento ao ouvir isso da boca dele. Pressionou os olhos com força e juntando o resto de sua dignidade levantou-se do chão, o encarando olho no olho. Pôde vê o quanto o desconhecia mesmo que o conhece há nove anos, ele era somente um estranho que não amava nada nela. Apenas gostava da vida boa que gozava ao seu lado, Ramon não trabalhava, estava desempregado havia três anos e nunca tirava o r**o do sofá para conseguir um emprego, sempre dava uma desculpa esfarrapada de que estava doente, com dor de barriga, dor de cabeça, sempre colocando pretexto e barreiras. Mas é claro, ele tinha a ela para sustentá-lo, trabalhar para pôr comida na mesa, lavar suas roupas e servir de empregada dele, o que mais poderia querer? No entanto, agora, estava decidida a colocar um ponto final nessa história. Tudo iria acabar ali. Ela não iria mais permitir que ele a humilhasse e usasse como sempre fizera. — Saia da minha casa agora! — Sua voz se sobressai à dele em um grito odioso. O empurrou, deixando-o boquiaberto, mas claro ela sempre fora uma mulher doce e calma, por isso todos a faziam de gato e sapato. Agora as coisas haviam mudado, estava decidida a não permitir que ninguém mais pisaria nela — Sai daqui seu lixo. — Bradou a exigência — Eu odeio você. Quero que você morra Ramon. Você não sabe o quanto eu me arrependo de ter te conhecido, seu demônio. — Minhas roupas, eu não peguei minhas roupas — protestou ele. — Saai! — Mais uma vez ela o empurrou, não sabia de onde havia tirado tanta força pois o homem acabou tropeçando nos próprios pés e, se não tivesse se apoiando na parede teria se estatelado no chão — gigolô imundo. Nunca mais. Ouça bem o que iria te falar, nunca mais você irá me fazer de trouxa! Ela começou a lhe empurrar para fora do seu quarto e de seu apartamento. Pegou um pequeno vaso de flores e jogou em sua direção, mas por sorte ele se abaixou, o objeto se despedaçou na parede. De longe dava para ouvir os gritos e barulhos que os dois faziam. Acaba atraindo a atenção dos vizinhos, tudo que ela desejava era que Ramon saísse dali para que ela ficasse sozinha com sua dor. Bárbara correu até a cozinha e pegou uma faca, qualquer coisa a ter que olhar em sua cara, estava com sangue nos olhos. Ramon saiu rápido de seu apartamento e trancou a porta com as chaves, sentando-se no chão, se permitindo novamente a se libertar daquela angústia, enquanto ele gritava e batia na porta exigindo suas roupas. Limpou as lágrimas e seus olhos faiscaram quando tivera uma ideia maquiavélica, pensou no que poderia fazer com as roupas de Ramon que estavam em seu guarda roupas. Correu até o quarto e juntou todas as peças colocando dentro da mala, procurou o álcool na dispensa e jogou por todas elas. Foi até a pequena varanda e acendeu o fósforo ateando fogo na mala, então a deixou cair no meio da rua. Alguns curiosos pararam para olhar e entre eles, lá embaixo, Ramon apareceu completamente desnudo, com as mãos cobrindo o m****o. Mesmo com toda a dor do mundo ela conseguirá emitir um pequeno sorriso só em olhá-lo furioso por ter feito aquilo. A pequena multidão de imediato passou a zombar de seu ex, enquanto riam e faziam piadas, alguns filmavam a cena degradante. — v***a do inferno! — Ele puxou os próprios cabelos, fitando-a com ódio e grasnou — grrrr .... desgraçada. Você vai me pagar Bárbara! Sentiu-se um pouco melhor com isso. Fechou a janela da pequena varandinha do seu apartamento no subúrbio do Rio de Janeiro, ignorando os gritos e xingamentos dele. Bárbara entrou em seu quarto, tomando um longo e relaxante banho, reafirmando em sua mente que ela não iria se abalar com isso. Pelo contrário, ela iria se permitir a coisas que nunca havia feito antes, hoje ela iria à uma balada, beber até esquecer o próprio nome. Ela só não queria ficar ali naquela solidão lembrando dos momentos que passou com Ramon, relembrando que tudo foi destruído com sua traição...
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