PRÓLOGO ....

1207 Words
— Não minta para mim Nina, não, você. Você sempre me diz a verdade. Eu imploro. Se houver alguém em quem eu possa confiar para me dizer o que está acontecendo é ela. — Desculpa, mas não sou eu que tenho que te contar a verdade desta vez. Ela dá um tapinha na minha mão e eu me sinto decepcionada. — Nina, por favor. Eu dou a ela os meus olhos tristes de cachorrinho que eu uso como arma, desde os 5 anos. Esse olhar sempre me deu tudo que eu queria. — Borboleta você sabe que eu te amo como se você fosse a minha filha. Confie em mim quando eu digo para deixar isso para lá. Ela apertou a minha mão antes de sair. Deve ser algo enorme se Nina está tentando esconder isso de mim. Se há algo que Nina ou alguém já deveria saber sobre mim é que eu nunca deixo nada para lá. Quando há uma pergunta na minha mente, eu não descanso até encontrar as respostas. Eu sempre descubro o que quero saber. Ela sabe que eu nunca entendi por que eles chamam o meu pai de rei. Agora que sou mais velha, sei com certeza que não somos da realeza. Então por que eles chamam ele assim? Talvez seja um apelido. Acho que nem sabem o nome verdadeiro dele. Eu me jogo na cama e pego o meu notebook. Pesquiso ''Rei, Rio de Janeiro'' no Google. Quando tem há algo que eu não sei, sempre procuro no Google. Assim que digito, um milhão de manchetes aparecem. Sério, onde di*abos eu estive? Eu clico no primeiro link e comece a ler. Eu fico chocada com que eu começo a ler. Não tem como esse homem ser o meu pai. Ele é um monstro, assassino, sequestrador, traficante de drogas. Eu clico no próximo link e no próximo à coisa é bem pior. Isso não pode estar certo. Procuro uma foto, mas nada surge. Aparentemente ninguém nunca viu o rosto desse homem. Eu preciso de respostas e o único que pode me dar isso é meu pai. O meu pai não pode ser esse homem, eu preciso ouvir ele me dizendo, que ele não é esse homem. Eu pulo da cama quase tropeçando no tapete e corro até as escadas em seguida para o corredor que dá para o seu escritório. Há dois homens armados parados frente do seu escritório e eu ando em direção a eles. Eu não tenho tempo para lidar com esses dois agora, preciso falar com o meu pai. — Saiam da minha frente, eu preciso falar com o meu pai. Passo correndo por eles. Um deles estende o braço para eu não passar. — Desculpe, mas ele está ocupado agora. Ocupado? Ele nunca está ocupado para mim. Eles deveriam agora ser melhores do que isso. Eu reviro os meus olhos por aborrecimento. — Eu sou filha dele e se vocês dois quiserem manter os seus empregos, é melhor vocês me deixarem passar. Eu odeio agir como uma pirralha mimada, mas eles não me deixam outra escolha. Ele olha para o outro homem pedindo permissão, mas ele balança a cabeça negando. — Desculpe Lorena, vou dizer a ele que você passou por aqui. O que? Eles estão falando sério agora? Eles não vão me deixar passar? Eu estou tão brava que tenho vontade de quebrar os seus pescoços. Eu posso ter apenas 1,65 e pesar 47 kilos, mas com certeza posso chutar alguns traseiros. Agradeço o meu por isso, que insistiu para que eu fizesse aulas de kickboxing. E com isso, agora eu posso chutar alguns traseiros, mesmo sendo homens enormes como esses que estão na minha frente. O meu pai acha que toda garota deveria saber como se proteger caso precisem. Eu sei que não posso vencer homens como esses, mas posso dar um pouco de trabalho. Mas tudo o que eles estão fazendo é o seu trabalho e não seria justo descontar a minha frustração neles. — Tudo bem. Apenas diga para ele que eu preciso falar com ele, e estarei no meu quarto, que assim que possível ele ir até lá. Eu giro não dando a chance de eles responderem. A meio caminho do meu quarto o meu estômago ronca agora que lembro que não comi o meu jantar. Eu deveria ir buscar algo para comer. E decido descer as escadas de novo e ir até a cozinha. Enquanto caminho para o cozinha ouço gritos e um barulho que parece uma motosserra. Alguém está assistindo a um filme de terror? Eu amo filmes de terror. Devo seguir o barulho ou fazer alguma coisa para comer? Você sabe, que em todo filme existe o garota burra que segue o barulho enquanto a consciência grita com ela, para ir para o outro lado? Bem, essa garota serei eu. Eu sigo o barulho e isso me leva ao quintal. Quem estaria assistindo a um filme no quintal? Eu espio através do vidro porta e o que vejo me deixa sem fôlego. — Por favor, sinto muito isso não vai acontecer de novo, eu prometo. O homem chora. Ele ainda está vivo, mas ele está amarrado a uma árvore. Paulo está à sua direita carregando uma motosserra. O que está acontecendo? Estou dentro algum tipo de m*aldito pesadelo. O meu coração está batendo tão com força e os meus olhos estão começando a se encher de lágrimas. Eu quero ir embora, mas, os meus pés estão colados no chão. O que está acontecendo com a minha mente e corpo hoje parece que eles não estão trabalhando juntos. — Você está certo, isso não vai acontecer de novo. Ele puxa de volta a corda e a motosserra rugem e ganham vida. O meu corpo começa a sacudir. — Vejo você no infe*rno Paulo sorri. Ele não vai fazer o que eu acho que ele vai. Vai? — Não, por favor, não me desculpe. O homem grita. Paulo passa a motosserra no pescoço do homem ignorando-o. Eu ouço o homem gritando por socorro e eu cubro a minha boca com as minhas mãos trêmulas para me impedir de entrar ele. Os meus olhos se enchem de lágrimas enquanto observo como a cabeça do homem cai no chão. Oh Deus, estou timidamente prestes a vomitar a qualquer momento. Não posso acreditar no que acabei de ver. Paulo vira a cabeça para onde estou e corro para o meu quarto antes que ele possa me ver. Oh Deus, ele me viu? Se ele fez isso, ele vai me matar? Corri o máximo que posso, e subi as escadas, assim que cheguei no meu quarto e fechei a porta atrás de mim e me joguei na minha cama. Enterro o meu rosto no travesseiro e solto o grito que estava engasgado, morrendo de vontade de sair. O meu corpo começa a tremer enquanto soluço. A minha mente está acelerada tentando entender o que acabei de ver. Eu continuo repetindo uma e outra vez o que aconteceu. Eu nunca estive tão assustada em toda a minha vida, quero fazer é me esconder debaixo das minhas cobertas. Depois do que parece ter sido horas, finalmente me recomponho. Eu preciso ficar forte se vou enfrentar o meu pai.
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