Carol
— Sua melhor amiga deveria me entrevistar para o jornal da faculdade. Ela ficou muito doente com gripe, então Luna veio em seu lugar. Quando eu a vi fiquei obcecado.
— Se importa se eu tomar notas?— Eu digo puxando meu celular diante do Christian Grey da vida real.
— Fique à vontade! Então eu a encontrei no trabalho dela, eu...
— Como você foi ao trabalho dela sem ela te dar o endereço? Você é um t****o?
— Oh, ela me contou onde trabalhava, só pensa o m*l de mim!
— Por que?
— Porque o que?
— Por que ela mencionou onde trabalha? Vocês falaram sobre ela na sua entrevista?
— Como isso é relevante?— Ele diz claramente ficando irritado.
— Sou uma escritora. E faço isso para viver... A história tem que fazer sentido.
— Ok, você quer os fatos? Eu mandei investigar a vida dela, feliz? Faça-me soar como um perseguidor de virgens.
— Não se sinta m*l, isso está na moda!
— Então nós conversamos, eu criei uma situação onde eu sabia que poderia vê-la novamente e então a chamei para um drink. Ela no entanto só bebe chá de camomila, uma erva...
— Eu sei o que é camomila..
— Pare de me interromper. Você quer ouvir ou não?— Eu fecho meus lábios jogando fora a chave e sorrio. — Ela é formada em Literatura Inglesa ... Eu deveria saber então. Uma romântica incurável... Mas eu continuei a persegui-la. Ela nunca tinha feito s**o e eu não podia levá-la para um quarto de beira de estrada.
— Claro. As primeiras vezes são especiais.
— Mas não era. Tenho certos ... gostos. Então, não estou acostumada a f********o sem ...
— Oh ... então você tem um fetiche p********o ou algo assim...
— Eu não vou te dizer, isso é muito pessoal.
— Por que não? Eu já vi de tudo. Não incluem menores ou você bebendo xixi...
— Não. Só ... algumas palmadas e outras coisas.
— Oh, como b**m? Muito interessante, eu escrevi um livro sobre isso alguns meses atrás. Isso é muito normal, quase dias necessário — Eu digo encolhendo os ombros. — Todos os dias há um novo livro sendo lançado sobre um homem das cavernas, um protetor perseguidor que quer apenas proteger sua virgem, então... Continue...
— Eu tenho uma sala de b**m. Eu sabia que não poderia pegar uma virgem lá. Eu só estava procurando por um maldita submissa E ela teve que ir se apaixonar por mim...
— Ela está apaixonada por você?
— Ela diz que sim.
— Você ama ela? — o encaro, ele é bem gostosinho na verdade, não ligaria se ele quisesse bater na minha b***a.
— Não posso!
— Por que? Você é casado?
— Não! Apenas não sou digno dela. Ela é ... muito pura e perfeita...
— E por isso você terminou?
— Tem mais ... mas eu só ... não posso te contar
— Por que?— não entendo aquele pudor.
— Você vai pensar que eu sou um monstro!
— O que você se importa com o que eu penso?
— Ela não usou a palavra de segurança — ele diz mais pra si do que pra mim— Eu bati nela com o cinto, com força demais.
— Ela esta bem?— engulo em seco.
— Sim. Fisicamente. Eu apenas bati nela com muita força.
— E então ela fugiu?
— Não. Ela me disse que me amava!
— Depois de bater nela com o cinto?
— Sim, ela acha que vai me conquistar sendo o mais submissa possível.
— E não conquistou? Se apanhar de cinto não for submissão...
— Eu...
— Acho que deveria procurar um psicólogo!
— Não quero falar sobre isso — diz ele enquanto olha para o copo vazio.
— Podemos falar sobre outra coisa?
Não entendo porque ele precisa disso, ele é tão gostoso, mas se pesa a mão fica complicado, um deflorador de virgens de passado traumático, será que ele pega impuras?
— Bem, onde está Luna agora?
— Eu não sei— ele diz esfregando a cabeça. — Ela não atende minhas ligações...
— Então ela disse que amava você e você a afastou? Mas a quer de volta?
— Sim. Eu ... fodi tudo, mas já se passaram três dias e é como se eu estivesse em uma noite eterna.
— E você diz que não tem coração — digo com tristeza.
— Eu não a amo, eu a quero!
— Uau!
— Que horas são?
— Duas horas quase...
— E você moça que escreve fanfics qual é a sua história...
— Não tenho, eu só escrevo a história dos outros! Eu deveria ir para casa, está tarde.
— Onde você mora?
— Literalmente virando a esquina ... como você vai voltar para casa? Você está bêbado demais para dirigir!
— Meu motorista está lá fora— ele soluça.
— Oh... — gostoso e com motorista, porque eu não sou mais virgem?
— Está tarde. Eu te deixo em casa.
— Eu literalmente moro na próxima esquina.
— E eu vou levá-la!
Chegamos ao meu apartamento e olho por cima do ombro para ver o Mercedes em frente ao bar a algumas centenas de metros de distância. Deve ser seu motorista.
— Bem, obrigado por me acompanhar até em casa.— Eu digo enfiando a chave na fechadura.
— Você não vai me convidar para entrar?
— Eu pensei que você não ficasse com estranhos?—
— Quem disse alguma coisa sobre pegar estranhos em um estacionamento?
— Não estamos em um estacionamento e você tem Luna, ela não quer que você seja boqueteado, eu ficaria bem chateada se você fosse meu!
— Não sei se sou dela.
— Diga a ela que você a ama!
— Eu não sei...
— Bem, você acho que talvez devesse descobrir isso?
— A gente se vê de novo?
— Eu nem sei o seu nome — o encaro, gostoso mesmo.
— É Richard— diz ele.
— Richard— eu repito enquanto ele começa a se afastar em direção ao carro.
— OH, me chamo Carol!— o carro para ao lado dele encosta.
Eu o conheço tenho certeza naquele momento, mas de onde?
Richard, rico pra ter motorista, Richard, foi entrevistado. Richard...
— DI GIAMMARGO!