Capítulo 3

937 Words
Richard Eu acordo quando ouço o bipe incessante do meu despertador ao lado da minha cama. Aposto que nessa hora minha história já virou enredo de um livro. Não lembro o nome dela, será que ela me disse? Talvez Sebastian saiba. Deus sabe que não me lembro muito da volta para casa. Eu me levanto e vou até o banheiro para me preparar para o dia. Deixo a água quente quase fervendo, correr pelos meus músculos rígidos. Coloco o roupão e mando Sebastian subir. — Senhor? — O que diabos aconteceu noite passada? Havia uma mulher comigo? — Você foi a um bar... — Eu sei disso. A mulher que estava comigo. Quem é? — Eu não sei... — Eu disse o nome dela quando entrei no carro?— começo a andar pelo quarto. — Você disse que ela escrevia sobre o amor, até tinha um nome, não lembro. — Contei toda minha vida pra uma escritora de romances de supermercado! — Você mencionou que pode ter falado mais do que o normal! — Mais do que o normal? Eu disse a ela mais em uma hora do que falei com Meyer em uma semana! — Você também disse que não estava preocupado... — O que?— Eu pergunto olhando para ele com curiosidade. — Você disse que não estava preocupado. Que ela disse que não escreveria sobre você... — Ela estava absorta e eu falei tudo! Diga-me que se lembra do nome dela. — Carol, senhor— ele sorri. — Você se lembra onde ela mora? — Claro, no mesmo quarteirão que estive parado na madrugada de ontem... — Vamos lá. — Ok. Troco-me rapidamente. Sebastian para o carro e eu fico pensando como falar pra ela não se basear na minha vida para escrever. Se eu soubesse mais sobre ela do que apenas seu primeiro nome. Mas há meios. — Julius? — Sr. Di Giammargo?— a voz soa tensa. — Eu preciso que você veja o que você pode encontrar apenas em um primeiro nome e endereço... — Me passe os dados. — O nome dela é Carol, ela mora no 8272 ...— Eu puxo o telefone. — Sebastian em que rua estamos?— Enquanto tento esticar o pescoço para encontrar uma placa de rua. — 79 Park Avenue, senhor — 79 Park Avenue. 8272 79 Park Avenue. É o complexo de apartamentos Harold Robbins. Ela é uma escritora... — Ok, senhor, aguarde na linha, Caroline Warren. Apartamento 82! Ela... — Envie as informações para mim por e-mail — desligo o telefone e encaro o prédio. Pego o elevador e logo estou na frente do 82. — Richard?— ela pisca algumas vezes, talvez para se convencer de que estou parado na sua frente, assim como estou fazendo com ela. — Carol? — Como está se sentindo? — Já estive melhor— ela ri e abre a porta para que eu entre. — Sim, você bebeu bastante... Quer comer? — Oh não?— Digo surpresa por ter saído de casa sem comer. — Deveria. Bêbado e faminto não vai durar muito. — Eu sei me cuidar senhorita Warren. — Você me investigou? — Sim. Eu só precisava saber o seu sobrenome e o número do seu apartamento, então eu.. — Ei, ei, relaxa tigrão! Não estou zangada. Quer comer cereal ou ovos? — Eu vou trabalhar... — Seu chefe vai se zangar? Ela ri, a camisola marca o corpo dela quando ela vai até a cozinha. — Espere ... você sabe quem eu sou? — Eu te disse, você parecia familiar! E me deu um clique quando eu cheguei em casa. Você é Richard Di Giammargo. Ela faz o café da manhã sem pressa. — Você não tem que trabalhar?— Eu pergunto. — Eu sou um escritora, eu faço meus próprios horários, Di Giammargo! Deveria tentar ser dono do próprio destino. — Bem, eu tenho que trabalhar... — Não — ela coloca os ovos no prato. — Não o quê?— o cheiro é realmente muito bom. — Você já experimentou uma folga? Ou tem medo de que sua empresa desmorone sem você? Se Richard Di Giammargo não vier hoje a empresa falirá. Ela me serve o prato enquanto pega café na cafeteira. — As coisas precisam de disciplina. — Sim, principalmente se você está no exército! — Não ter disciplina nos leva ao caos — olho em volta e noto como tudo ali é um tanto quanto desajustado. — Não há nada de errado com um pouco de caos. Mantém a vida interessante — ela senta na minha frente e toma um gole de café, o pé apoiado na cadeira como uma adolescente, ela é diferente — Eu vou à inauguração de uma galeria mais tarde— diz ela de repente. — Você quer ir? — Contigo?— tento fixar os olhos nos dela. Ela olha em volta antes de se virar para mim. — Eu não vejo mais ninguém aqui além de nós dois. — Eu só quis dizer ... você quer que eu vá com você? — Sim, eu não quero ir sozinha. Você deixaria uma doce donzela, quer dizer, nem tão doce ou donzela ir sozinha? — Que horas será? Ela bebe mais um gole de café, meu olhar pousa rapidamente no colo de seus s***s, ela é gostosa demais. —Não há um horário definido. Mas acho sete perfeito. Por mais que eu não goste da ideia de uma mostra de arte, eu quero ficar perto dela novamente. — Tudo bem, estou dentro. Pego você aqui? — Com seu motorista chique? Claro, Di Giammargo. Pegue-me às 19.
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