Carol
Eu não sei o que me deu para pedir a Richard para vir esta noite. Ele parece tão perdido. Temos a mesma idade e a diversão dele é bater de cinto em virgens.
Eu amaria tê-lo batendo na minha b***a, mas nada de cinto.
Ele precisa de um pouco de diversão em sua vida, e eu vou dar isso a ele mesmo se eu tiver que mostrar pra ele que há como ter prazer sem dor. Termino de passar o batom vermelho nos lábios e ouço minha campainha e olho para o relógio, está muito adiantado.
— Richard?— pergunto olhando a porta fechada, um bom sobrenome lhe dá passe livre em condomínios.
— Sim, sou eu.
— Está aberta, entre.
A porta se abre e devo dizer gostoso como o d***o.
— Você está bem? — eu digo passando rímel, será que esse homem vai me f***r um dia?
— Agora estou! — Percebo que ele está carregando um saco de papel marrom e aceno com a cabeça em direção a ele.
— O que é isso?— afofo meus cabelos.
Ele puxa um vinho caro.
— Talvez você queira brindar.
A voz dele é baixa e incisiva e posso dizer que eu o aplaudi naquele momento com as duas mãos ocupadas segurando o vinho.
— Você não precisava trazer nada— Eu o vejo olhando ao redor da minha casa e inclino minha cabeça para o lado. — Gosta do que está vendo?
— O que?— Ele diz virando-se para mim e olhando meus s***s através do decote.
— Meu apartamento, seu bobo— digo colocando o vinho na mesa.
— Oh sim, combina com você.
— O que isso significa?
— Que é estranhamente desorganizado e funcional. Isso é legal.
— Legal? Obrigado, acho que ninguém me chamou de ‘legal’ desde o colegial.
— Você está dizendo que não tem sido legal com ninguém todo esse tempo.
— Legal é o nível mais baixo de elogios. A partir daí vem as ofensas — o encaro— Onde estão minhas maneiras? Desculpe, você quer um pouco de vinho?
— Não vamos nos atrasar?— Richard diz olhando para o relógio. — Já são 6h45!
— t*****r adoraria, mas já estou vestida e a logística atrapalha. Além do mais um atraso não é algo necessariamente r**m, pode ser até charmoso.
— Eu falei atraso.
— Ok, então hoje vai cumprir os horários da Carol. Antes, durante e depois.
— O que vem depois?
— Você verá!
— Espere... Eu não posso passar a noite toda, tenho uma reunião cedo.
—Te libero cedo, Cinderela.
— Tudo bem. Eu preciso que para minha segurança, Sebastian verifique o lugar primeiro...
— Tudo bem, vou passar o endereço para o seu segurança. Qual é o número dele?
— Telefone?
— Não, o número de pessoas com quem ele fez s**o enquanto estamos aqui. Óbvio que é o número dele.
— Por que você não pode simplesmente me dizer e eu mando pra ele.
— Isso estraga a surpresa.
— Você é impossível— diz ele enquanto pega o telefone para ler o número de Sebastian.
— Eu sei— eu pisquei.