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Inesquecível Sandra

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Blurb

Sandra sempre foi uma boa menina, aos quinze anos trancada em um convento, com a promessa que só iria ser tirada de lá quando os pais a arrumassem um marido. Cinco anos mais tarde, a noviça recebe a surpresa que seus pais econtram um partido, sendo ninguém menos que Batista, um coronel c***l rico de 50 anos que assassinou sua primeira esposa, Embora sempre obediente e tradicional Sandra não parece confortável com a decisão dos pais, ate conhecer um jovem rapaz na entrada de um orfanato chamado João Victor, que meche com seus sentimentos e crenças. Será que Sandra continuara sendo a mesma?

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Prólogo
Bahia, janeiro 1920. Sandra. Em nome do pai, do filho, do Espírito Santo, Amém! A missa havia terminado, e enquanto eu caminho pelos corredores do convento a Madre superior me chamava atenção para a direção. Quando entro acompanhada de uma das freiras vejo mamãe, Dorotéia, e ao lado dela papai, bartolomeu. Fiquei extremamente surpresa ao vê-los, já fazia anos que não vinham me visitar no convento, pois quando fui posta lá uma única coisa me foi dita por eles. " Só iremos voltar aqui quando arrumarmos um marido" e acreditem, vê-los só me fez ter certeza de que aconteceu. - Mainha, painho. Quanto tempo! - Sorri em alegria. Preferi acreditar que era saudade. - Que saudade, está tudo bem? - Oh minha menina. Tão bonita, tão pura. - Disse mamãe ao me ver, tocando em meu rosto gentilmente e logo ela me abraçou. - Sandra, arrume vossas coisas. Seus pais vieram lhe buscar, já lhe arrumaram um marido. Irá daqui para conhecer seu noivo no Ceará. - Disse a Madre em um tom firme. - Não se preocupem, a filha de vosmeces aprendeu a como zelar de uma casa com as próprias mãos. A cozinhar, passar, lavar, e também a respeitar a presença de Deus. Que fará dela uma excelente esposa. - Isso é muito bom! Uma mulher temente a Deus teme o marido também. Agora vá logo Sandra, vamo que tá o avexado pra ir. Eu não acreditei, era realmente verdade. Minhas pernas tremeram por de baixo do hábito de noviça, meu coração bateu forte acelerado. Eu estava com medo, nervosa, caminhava para arrumar o pouco de coisas que eu tinha. Mas as roupas que eu havia trazido a cinco anos atrás haviam sido todas doadas, me foi dado então para ir embora um simples vestido branco sem decote, de mangas longas e que passava dos joelhos, levei em uma pequena mala algumas bíblias e livros de orações junto à alguns terços. Eu não sabia como seria minha vida, nem sabia mais como era meu rosto pois não tínhamos espelhos para nós vermos, pois a vaidade era pecado. Cinco anos sem me ver, e tudo aquilo mudou quando fui para fora, quando me aproximei do carro de papai me vi no reflexo da lafaria, cabelos longos claros, olhos claros azuis e pele bastante alva, eu estava precisando tomar sol. Era uma tendência de meu pai ser tão branca. Mas mamãe dizia que era pureza. Eu não senti vontade de me despedir de ninguém, nunca fiz amizades naquele lugar. A não ser com a dor, a dor dos castigos foi a mi há única amiga. João Victor. Ceará - Eu vim convidar a senhorita Clara para um passeio esta noite. Clara Albuquerque, uma das moças mais belas que já vi em toda minha vida. Fazia uma semana que havia a pedido em namoro, um compromisso sério, mas nunca havíamos ficado sozinhos. Seu pai, um homem imponente e sério era bastante cuidadoso com sua filha, a tratava como uma princesa, mas naquela noite algo havia o deixado feliz. - Teu pai me contou que tu é um do melhores alunos pra se formar em Direito, pode sim levar Clara para um passeio, mas olhe, não demore, e respeite minha menina. Ela é uma moça. Ele se levantou da cadeira onde estava sentado e olhou para sua esposa. - Mande a menina se arrumar, diga que o namorado dela tá aqui. - Ele diz revirando os olhos. Parecia não gostar tanto de mim. Eu estava bem arrumado, de cabelos bem penteados e bem vestido, esperei de braços cruzados a descida da jovem, a conhecia de eventos de nossas famílias, ela era uma jovem gentil, amorosa e bastante ingênua, uma jovem de um coração romântico. Demorou um pouco paraz ela descer, usando um vestido azul claro, com seu cabelo longo para trás e um expressão tímida, ela olhou para mim e para seu pai até falar. - Papai, perdoe o atrevimento mas a de permitir que eu saia saia sozinha com um homem? - Deixe de besteira Clara, sei que ele não vai tentar nada contra a vossa honra e se tentar eu mando arrancar as bolas dele e enfio abaixo da guela. - Suspiro, que c***l. - Marido não fale essas coisas na frente de nossa filha, ela não entende o que é. Com a permissão de então meu sogro, sai então com Clara pela praça, ao lado dela sem toca-la. Mas em seu olhar eu via a total rejeição por mim. - Eu vejo seu desconforto em minha pessoa, diga-me. Fiz algo que a insultou? Com a pergunta ela sorri de canto e caminha até uma árvore, subindo em raizes e fica a me encarar. - Me diz o senhor, me tem amor? - Porque me pergunta sobre sentimentos? Ela desceu da raiz e andou em minha volta. - Não tenho nada contra o senhor, João. Pelo contrário, o admiro. É bonito, rico, vem de boa família e boa índole, mas meus sentimentos pertencem a outra pess... - Joaquim? Joaquim, Joaquim é um dos meus poucos amigos. Conhecia ele desde pequeno mas nos aproximamos mesmo quando começamos a estudar direito, ele não me escondeu seu interesse em Clara,por isso pude entender que ela estaria interessada nele, ou até mesmo apaixonada naqueles olhos azuis. - Me perdoe, ele é seu amigo, mas é por ele que eu tenho sentimentos. - Acredita que tem sentimentos por ele, mas ele nem teve coragem de vir lhe cortejar. - Ele vai vir, eu sei que vai pedir ao meu paizinho. Joaquim também é de boa família. Meu pai a de permitir. - Eu vou te contar uma coisa sobre mim e Joaquim. Comecei a me aproximar de Clara em passos lentos, aproveitando que não havia quase ninguém na praça, a colocando encurralada contra aquela árvore e as maçãs de seu rosto ficarem rosa, segurei em seu queixo e a olhei nos olhos, e ela retribuía o olhar totalmente tímida com a respiração pesada - Está me deixando sem graça João, - Vamos deixar uma coisa bem esclarecida então. Fixando o olhar aos olho dela, aproximei meus lábios na pele de seu pescoço e permiti que minha respiração a tocasse - Ele só está brincando com você, ele só a quer por que eu a quero. - disse em sussurro. - Eu não sou tão tola assim em acreditar em mentiras. - Então aqui vai uma verdade, você é minha. E quando encerrei minhas palavras, iniciei um leve beijo, afastei um pouco meu coro dando liberdade a ela para encerrar, e quando dei conta senti as mãos de Clara envolta de meu pescoço a retribuir, mesmo que tímida e sem prática, a beijei ardentemente.

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