Amém

2118 Words
Alerta: Esse capítulo contém cena de Assédio. Alegria, meu coração havia se alegrando por ver aquele homem. Tanto. Que eu olhava para trás para vê-lo enquanto o carro tomava distância. Eu cheirava o lenço dele, tinha um perfume amadeirado que me era extremamente agradavel, meu coração batia forte por aquele homem e sentia como se de alguma maneira eu precisa-se conhecê-lo,. Guardei com carinho aquele lenço, em recordação, mesmo que não o visse novamente seria uma mera recordação. No caminho indo para casa via muitas pessoas indo para trabalho em uma feira de frutas, legumes e verduras. Também via alguns pobres pedindo esmolas, mulheres pretas com crianças no colo, outras trabalhando. O que me rra estranho que quase ninguém ajudava, pois na Bahia algumas freiras costumava a ajudar as pessoas, as noviças como eu fazíamos os alimentos e separavamos roupas para doações, mas por ali estavam todos sem atenção. Chegando em casa animada, abria um largo sorriso ao ver mamãe, estava a na cozinha arrumando a mesa, organizando talheres, parecia que terini um almoço. Havia empregadas cozinhando, quando olho me animo mais esbanjando sorriso. — Oh meu anjo, meu anjo puro e doce. Como foi com as crianças... Oh, está suja. —Foi só um pouco de giz Mamãe. — retiro o véu de meu rosto. — Então, como foi? Vai mesmo dar aulas para os menos afortunados? — Sim mamãe, irei. Começarei amanhã, lá tem os livros que lerei e irei lecionar para as crianças.  Ah, eu queria pedir a senhora alguns quilos de alimento. — Mais? — Ela para pegando um talher de prata. — Batista não já doou o suficiente? — Sim, ele doou para os órfãos mas eu me refiro para as pessoas que pedem perto da feira de alimento, existem muitas pessoas carentes ali e eu... — Minha filha, Ah! Minha filha. — Mamãe me interrompe e me olha nos olhos. — O que foi? Eu disse algo de errado? — Não não, mas meu amor você é tão pura que não entende que... Aquelas...  Eles não são pessoas meu bem, são... Bom, eles merecem estar como estão. — Eu não estou entendendo mamãe, nenhum ser humano merece sofrer. — Mas aquelas pessoas que são escuras, que são da cor do pecado sim minha filha, por favor não se preocupe com ela. Logo será uma das mulheres mais respeitáveis do Ceará, minha menina pura, intocada. Vá se arrumar, seu noivo vem para almoçar conosco e vai a missa hoje a noite e quer leva você com ele. — Mas... Missa? Hoje? — Minha filha uma missa de uma santa não sei das quanta. Ah, nem eu que sou católica gosto tanto de santo assim. Enfim vá se arrumar fique bem bonita e cheirosa pro seu noivo, ele também quer ter um momento a dos com você. Um momento a sós comigo? O que raios ele queria? Subi para meu quarto e tranquei a porta, abrindo a gaveta de minha penteadeira peguei um livro de orações, e de dentro de meu decote tirei o lenço com as iniciais do tal homem e guardei na gaveta com carinho. Esperava vê-lo novamente "J. V" A hora do almoço chegou, e lá estava eu novamente vestida com um vestido dessa vez vinho claro, meus cabelos estavam preso para trás. Havia tomado um remédio para alergia. Eu estava perfumada como mamãe havia exigido, o almoço já estava servido. Papai e ele comiam e conversavam com naturalidade, eu estava calada querendo que tudo aquilo passasse logo, sentada ao lado dele, senti sua mão tocar em meu joelho, senti desconforto e parei de comer, peguei água e dei um longo gole. Estava angustiada. A mão estava subindo por minha coxa entre minhas pernas,  eu queria fazer alguma coisa, então abaixei a mão por de baixo da mesa e segurei a mão dele, eu não sabia o que ele queria ali mas sabia que homem nenhum devia me tocar naquela região,  afastei então a mão dele e não consegui completar minha refeição, estava completamente enojada. Quando foi tudo finalizado, ajudei mamãe e a empregada a colocarem a louça na pia, quando aquela voz se direcionou a mim. — Sandra, vamos ao jardim eu gostaria de conversar com a senhorita. — Eu.. Estou... Ocupada, Tentei inventar uma desculpa. — Vá querida eu e Marlene arrumamos o resto, agora vá. Não deixe seu noivo esperando. Eu não queria ir, andei devagar sempre atrás dele, com medo, eu sentia nojosodeestar perto daquele homem e muito mais agora. — O jardim daqui é bonito mas dá nossa casa é maior. Você a de gostar. — Ele diz enquanto se senta e uma cadeira em uma área de lazer coberta. Me sento em uma cadeira mais longe e o olho. —Está calada. O que foi? — O senhor tentou enfiar a mão entre minhas pernas, eu não gostei nem permiti esse atrevimento, não se encosta nas partes íntimas de uma dama. Ele começou a rir do que eu falava e colocou as mãos sobre os joelhos.. — A mocinha faz alguma ideia do que eu estava fazendo? — Invadindo minha privacidade. — É, a vossa mãe tem toda razão quando diz que você é pura e ingênua, não sabe de nada. Eu prefiro que continue assim, para que eu a ensine o que eu quiser quando casarmos. — Eu não sei do que o senhor está falando mas eu o exijo que não encoste mais em mim de tal maneira repugnante. Ele se inclinou de frente para mim e me olhou. — Escute mocinha, eu sou seu noivo, em breve serei seu marido. Eu faço com você o que eu quiser pois eu tenho todo direito de fazer isso, você é uma mulher e é para me servir. — O marido deve respeitar a esposa no sagrado matrimônio. Lágrimas começaram a escorrer de meus olhos. Eu estava angustiada. — A esposa quem deve servir e respeitar. Você se prepare para missa que iremos hoje à noite, aproveite para pedir perdão por essa insolência. Não dava para creditar, não dava para acreditar! Quando ele finalmente foi embora, fui de encontro a mamãe e papai para reclamar, eu não estava aguentando. — Mamãe, papai eu por favor vos imploro, vos exijo, não me entreguem a este homem. Eu não quero me casar com ele. — Mas minha filha? Porque não? — Essas freiras não souberam fazer um bom trabalho. — Ele passou a mão em mim, eu tenho medo dele mamãe, medo. Por favor, painho nu. faz isso, num faça que eu me case com ele por favor. — Digo me ajoelhando na frente de meu pai. — Sandra, você vai se casar com ele sim, agora suba antes que eu pegue uma corda e lhe dê uma surra para você nunca a de esquecer! Vá. Eu não poderia crer, meus pais realmente me entregaram a fera. Subi as escadas chorando, quando eu sempre disse que queria me casar e ter filhos não era a aquilo que eu queria. Aparentemente pelas conversar era tudo negócio, eu havia me transformado em uma moeda de troca. Tranquei a porta e me sentei na cama, enxugando as lágrimas e respirando firme. Se tindo nojo daquele toque, nem minha mãe me defendeu. Senhor, me ajude! Eu não quis merendar, passei a tarde trancada no quarto, minha mãe or outro lado conseguiu abrir a porta, ela tinha uma chave extra e entrou enquanto eu me arrumava. — Meu tesouro. Precisamos conversar. — Diga mamãe. — Eu sei que o que Batista fez deve ter sido desagradável, mas minha filha... — Ela se sentou na cama e bateu sobre o colchão. — Ele colocou a mão dentro da minha saia mamãe, tentou encostar "lá". — Imagino, mas é normal. Tu és a noiva dele e ele está curioso sobre seu corpo. Por isso ele quer adiantar o casamento para mais rápido possível. —Eu inda não estou entendendo o que enfiar a mão por de baixo de minha saia tem haver com casar comigo. — Oh, Oh minha filha... As freiras não tiveram essa conversa com você? — Que conversa? — Pergunto confusa. — Sandra! Batista chegou! Gritou a voz de papai, enfim. Eu não podia deixá-lo. Esperando. Fui de encontro de braços cruzados a ele, descontente, mamãe reclamou sobre o ocorrido e ele prometeu não encostar em mim até o casamento, ele elogiou a minha pureza e fomos de carro para igreja, ele até o momento cumpria com sua palavra. Ao entrar na igreja levantei o véu e me benzi, mas Batista não pareceu gostar nada. — Abaixe o véu, Sandra. — Indagava Batista em um tom autoritário. — Meu noivo, me perdoe mas estamos na igreja, não há de ter ninguém com pensamentos libertino aqui. Por favor, deixa eu tirar o véu, deixa. — Pedi com clemência, o véu irritava meu nariz. —  Seu Batista! — Uma voz máscula de aproximava de nós dois, quando me viro me deparei com ele, era o rapaz, do cavalo preto que tocou meu coração, o que me entregou o lenço para assoar meu nariz e me devolveu o véu, e que também roubou a paz de meus pensamentos. — João Victor, o que quer aqui Moleque? — então era esse o nome dele. — Eu vim acompanhar a minha mãe até a missa, e não sabia que o senhor estaria tão bem acompanhado por uma... Filha eu suponho — Essa senhorita é minha noiva, Sandra filha de Raimundo e Dorotéia, mais respeito rapaz. — Noiva, e é, é? O rapaz me olhou nos olhos, se aproximou pegando minha mão e gentilmente beijou sobre a minha mão, em um ato de atrevimento, Batista não gostou e o empurrou. — Que isso rapaz, ficou doido foi? — Eu? Não. Só estava cumprimentando a bela moça. Que a propósito, o senhor não já tem uma certa maturidade para casar com uma mulher tão... Antes que ele terminasse de terminar suas palavras, uma senhora de cabelos castanhos se aproximou do dois. — Meu filho, o que está havendo aqui? — Helena, ponha seu muleque no lugar, m*l deixa de cagar nas fralda e já vem querendo me enfrentar, com ousadia pra minha noiva na minha frente me desrespeitando, se o pai dele não ensina nada a ele, eu mando arrancar a língua desse moleque. —Querido por favor não é necessário o uso de violência. — Digo tentando amenizar a situação, as pessoas já estavam olhando! — Você está feliz? — Ele perguntava olhando para mim. — Ah? — Vai se casar com um homem que tem a idade pra ser até seu avô, arranjado por seus pais, está feliz? — Chega João! — Grita a senhora que se chamava Helena — Me perdoe Batista. Ela puxou João para o outro lado da igreja e por lá ficou toda a missa, e durante a cerimônia fiquei em silêncio pensando o que era felicidade, pois até então eu não sabia o que era. Quando a missa se encerrou, Batista encontrou alguns senhores com quais cumprimentou, e eu fui em uma fila onde íamos tocar nos pés da estátua de Cristo, e nessa fila ao meu lado estava o rapaz. — É mais bonita de nariz limpo. — Sussurrou a voz. Quando me virei tive a surpresa de vê-lo. — O que faz aqui? Se meu noivo ver o senhor falando comigo  estará pondo nos dois em maus lençóis. — Vejo que melhorou da alergia mas quero deixar claro que uma das coisas que faço de melhor é por de baixo dos lençóis, embora prefiro sem eles. — Francamente João eu... — Senhorita, não quero importuna-lá, mas eu gostaria de dizer que adoraria conhecê-la melhor. — Agradeço e fico lisonjeada pelo interesse mas eu, mas já sou comprometida. — Sua boca diz uma coisa e seus olhos uma completamente diferente. Agora já irei, espero vê-la novamente. — A de me esquecer em breve, moça bonita aqui não falta. — Embora sua beleza tenha sido um dos fatores que tenha me chamado atenção, o que a freira do convento me contou sobre a senhorita me deixou mais instigado. — Escuta seu muleque eu avisei... Batista se aproxima, João foi rápido pois havia apenas uma senhora na minha frente e ele tocou na frente da estátua de Cristo e gritou. — Amém! Glória eterna ao Pai. Que Deus abençoe senhor Batista, uma das almas mais caridosas do Ceará, que doou hoje alimento para o orfanato e dinheiro para ajudar as crianças carente — Amém! — Disse todos da igreja. Ele se salvou por pouco, dei um riso abaixando a cabeça, por mim ele passava e sussurrava. — Nos veremos em breve.
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