Eu não posso acreditar que ela está aqui, está mais bonita agora, e eu nem sabia que isso era possível. Ela tem longos cabelos loiros e os olhos verdes são tão intensos que me fazem delirar no primeiro olhar.
Deus, como eu senti falta dela, e ela está aqui.
Não falo nada, vou até ela e a beijo, ela retribui.
O tempo não passou, nossas bocas ainda se completam, ela é uma realidade ainda mais gostosa que a lembrança.
— Me desculpe ... — Eu digo ofegante.
Ela passa por mim sem dizer uma palavra, parece diferente, não é a mesma Melissa que eu conhecia.
Para minha surpresa ela está com Rose, será que minha irmã mais velha sabe que eu e ela...
Não!
Sento-me à mesa, Anna e ela riem de alguma coisa, ela também parece íntima à minha mãe.
— Então, Melissa, para onde você se mudou quando saiu de Seattle?— minha mãe pergunta a ela.
— Meu pai conseguiu um emprego em Washington, então eu fiquei lá um ano, antes de voltar para a faculdade...
— Então o que você faz hoje em dia? — minha mãe insisti.
— Nada.— Ela sai correndo, assim que a pergunta é feita.
— Isso não é verdade, Melissa tem um filho, então seus dias são agitados. — Rose diz, enquanto mastiga sua salada.
Meus olhos fixam na minha irmã, meu Deus, beijei uma mulher casada. A imagino com um bebê e odeio a sensação.
— Você tem um bebê? — Anna, minha irmã de 14 anos pergunta.
— Ele não é um bebê, ele tem 4 anos. — Rose diz, e eu sinto que tudo parou. Todo o sangue foi drenado do meu rosto.
Não é possível.
Melissa parece muito desconfortável e tenta de tudo para não olhar para mim.
— Quando isso? — ela levanta e sai — Onde ele está? Quem está com ele?
Fico com as contas daquela matemática natal e com o medo.
— Leonardo caiu e está no hospital, alguém pode me levar?
Olho pra loira pálida encostada na parede.
Leonardo seria meu filho?
— Melissa eu levo você. — Eu digo, enquanto entro no meu carro. Ela hesita um segundo, mas logo me segue.
— Eu posso explicar Damon.— Ela diz assim que entra no automóvel.
— Tenho certeza que você não pode.. É meu, né?
— Sim , Leonardo Roberts ... ele é realmente um menino inteligente, bonito e extremamente afável.
Rose nos segue no carro de trás o que me deixa feliz, a última coisa que eu queria era ter aquela conversa com um familiar presente.
— Eu não deveria tê-lo deixado; não sabia que ela era sua irmã eu deveria ter ficado com Leo...
Eu aperto meu aperto em sua mão, que ainda estou segurando.
— Não foi sua culpa, e ele vai ficar bem.
Chegamos no hospital, e ela corre pela recepção, uma nuvem de cabelos dourados, meu coração muda o ritmo.
— Ei, estou procurando por Leonardo Roberts ... 4 anos, acabei de chegar. — Ela está falando muito rápido.
— Sim, ele está aqui, você é mãe dele?
— Sim, eu sou a mãe dele.
Minha mãe e Rose chegam minutos depois, a tempo de ver a enfermeira me barrando:
— Senhor, apenas família, você tem que ficar na sala de espera.
— Eu sou o pai dele, estou entrando. — pego a mão de Melissa enquanto caminhamos pelo corredor. É bom ficar de mãos dadas novamente. Ela não me impede quando entrelaço nossos dedos, e não posso evitar o sorrisinho que recebo.
— Como ele está?— ela pergunta assim que encontramos o médico ao lado de seu pai.
— Ele quebrou o braço, mas vai ficar bem.— o médico suspira e ela solta um suspiro.
Quando saímos da sala de sutura, há alguém à nossa espera.
— Eu quero falar com vocês dois. — Minha mãe diz enquanto nos arrasta para uma sala privada, Melissa e eu apenas obedecemos.
— Não May, não estava mentindo ... Damon é o pai de Leo. — Melissa diz, muito tímida.
E logo Leo vem até ela. E ele é tão adorável.
Estou apaixonado à primeira vista pelo meu filho.
Mamãe se senta com Leo, e Melissa e eu vamos ao refeitório.
— Então ... nós temos um filho.— A maior parte da raiva cedeu, quando olhei para Leo.
— Nós não temos um filho, Damon. Eu tenho. Estou feliz que você esteja aqui agora, e que me trouxe até aqui. Mas por você não tínhamos nada!
— Você quer falar sobre estar errada? — A raiva me consome — Por que em cinco anos você nunca me procurou, c*****o?
— Você me mandou embora da cidade, eu deveria ter te ligado e dito oh papai há uma criança, uma criança que você pagou pra não ter?...
— Francamente, era o mínimo.
— Você teria dobrado o valor e colocado um segurança na porta da clínica — Ela diz, e isso me deixa com raiva.
— Você não sabe, você não tem como saber.