Capítulo 2

2017 Words
        Emma estava adormecida em sua cama, após castigar o corpo de Lily com um sexo selvagem, a loira saiu do quarto da garota a altas horas da madrugada, esbarrando pelos móveis da casa por conta do alto índice de álcool no organismo. Após um banho rápido vestiu um pijama que pertencia a sua esposa e se jogou no colchão apagando em seguida.     Com a chegada dos primeiros raios de sol uma loirinha com cara de sono, abraçada a Tom, seu ursinho de pelúcia que ganhara de sua tia Paloma, adentrou o cômodo escuro por conta de grossas cortinas e se deitou embaixo das cobertas na frente da mãe. Como se sentisse sua presença, Emma abraçou a filha, a menina sentindo o calor do corpo da mãe, adormeceu acariciando o braço que a segurava.     Paloma foi acordar Lexie para ir a escola, mas quando entrou no quarto da garota e viu que ela não estava lá, abriu um sorriso já sabendo o destino da pequena e foi para o quarto da cunhada. Ao abrir a porta alargou ainda mais o sorriso quando viu as duas loiras abraçadinhas. Paloma sempre amou Emma como sua irmã mais velha, e ficava muito triste ao ver sua cunhada sofrendo daquela forma, ela achava lindo o amor que Emma e Lexie sentiam entre si, mesmo que ultimamente Emma não demonstrasse tanto. A garotinha tinha uma paixão além dos limites por sua mãe loira, sempre queria protege-la e sempre depois de episódios como o da noite anterior, Lexie ia para a cama da mãe para cuidar dela. Era isso que a pequena dizia a tia quando questionada.     Paloma achava injusto separar as duas naquele momento, mas se Emma acordasse e visse que sua loirinha não foi a escola não seria nada bom. A loira não permitia que sua filha faltasse um dia sequer de aula. E se isso acontecesse iria sobrar para a morena, já que Paloma era a responsável por leva-la ao povoado para as aulas.     Paloma era formada em administração e ajudava a cunhada com os negócios da fazenda, mas quando sua irmã faleceu, ela ficou responsável por cuidar da pequena Lexie, já que Emma se afastou de todos, inclusive dos negócios e graças a morena a fazenda não perdera os contratos e fornecedores. Agora que Emma voltou a ficar a frente dos negócios, Paloma dava muito mais atenção a sua sobrinha.     Paloma se aproximou da cama e lentamente tirou alguns fios loiros que estavam na testa da garotinha. - Meu amor, hora de acordar. – falou baixo só para a garotinha ouvir, ela queria deixar a cunhada dormir mais um pouco. - Nãaaao. – sussurrou Lexie se aconchegando mais nos braços da mãe. - Vamos minha pequena, você precisa ir para o colégio. – falou sorrindo com a manha da sobrinha. Lexie coçou os olhinhos antes de abri-los e dar de cara com a tia que lhe sorria com ternura. - Eu não posso ficar aqui hoje? – perguntou a menina. - Não meu amor, você sabe que sua mãe não irá gostar se você faltar. – insistiu a morena ajudando a garotinha a sair do agarre da mãe. - Ta cedo lobinha, deixa ela dormir. – sussurrou Emma como se estivesse falando com Ruby. Provavelmente estaria sonhando com a esposa.     A garotinha levantou, deu um beijo em seu ursinho e o colocou perto da mãe antes de sair do quarto. Paloma deu banho na sobrinha, tomaram o café da manhã e seguiram para o povoado em um dos carros da fazenda. A garotinha foi o percurso todo em silencio, Paloma sabia que sua sobrinha estava triste pelo que aconteceu ontem e não iria questioná-la sobre o que ela estava sentindo, pelo menos não agora. - O que você acha de quando voltarmos para a fazenda sairmos para cavalgar? – Perguntou na esperança de animar Lexie que igual as mães amava os cavalos, mais não aconteceu. - Hoje não tia, a mamãe ta triste, quero ficar com ela. – disse triste. - E se agente chamar sua mãe para nos acompanhar? Faz tempo que não passeamos juntas. – Nessa hora a garotinha abriu seu primeiro sorriso do dia. - Vai ser legal. – foi a resposta toda empolgada de Lexie.     A partir dai a menina voltou a ser a tagarela de sempre, estava nas nuvens porque iria cavalgar com a mãe.                                                                                                  [...]       Emma acordou com uma dor de cabeça horrível, culpa das garrafas de whisky da noite anterior. Ela abriu os olhos e fitou o teto lembrando-se do que aconteceu no quarto da Lily. Emma não gostava da garota, mas ela não forçava nada com Lily, pelo contrário a garota é que se jogava nos braços da loira todas as vezes. Emma culpava o álcool por sua atitude e sempre prometia que tinha sido a ultima vez. Mas sempre que tinha essas crises, a loira procurava Lily para uns momentos de sexo. Fazia isso para aliviar a tensão do corpo e provar para si mesma que mesmo que ela tivesse outra na cama, nunca havia uma mulher para ficar no lugar de sua esposa, como Granny sempre sugeria.     Porém, no dia seguinte a culpada dominava seu ser, sentia que havia traído sua esposa e se julgava a mulher mais errada e suja do mundo, tinha consciência que estava usando os sentimentos que ela sabia que Lily possuía por ela para extravasar a raiva e a tristeza que sentia sem sua Ruby. Granny tinha razão, ela tinha que seguir em frente por sua filha, mas era impossível se ver vivendo sem sua amada esposa. - Me perdoa lobinha, eu sei que fui uma cretina ontem quando procurei aquela garota, eu sei que estou sendo uma cretina por todos esses anos, mas eu não sou nada sem você, eu não sei mais o que faço. Desculpa por ter te traído dessa forma meu amor. – falou chorando de olhos fechados. Emma se moveu na cama e sentiu algo macio a seu lado. Pegou o objeto e sorriu ao ver que se tratava de Tom, ele estar ali queria dizer que sua garotinha esteve com ela enquanto estava dormindo. - Eu vou dar mais atenção a você meu amor. – disse ao levar a pelúcia ao rosto e sentir o cheiro de Lexie nele. A loira levantou, tomou um banho demorado, vestiu uma calça jeans, uma regata branca, sua bota de cano longo e pôs seu inseparável chapéu de couro, presente de Ruby e foi inevitável não lembrar desse dia. Flashback on - O que tem nessa caixa lobinha? – Perguntou Emma abraçando Ruby por traz, vendo uma caixa preta em cima da cama. - Esse é um presente que comprei para você. – Respondeu Ruby. - Presente! O que essa morena gostosa quer de mim para me dar um presente sem ser uma data especial? – Perguntou Emma virando sua esposa para ficar de frente para ela. - É preciso de data especial para presentear a mulher que amo? - Claro que não. – disse Emma capturando os lábios da esposa.     O beijo de Ruby sempre era maravilhoso, fazia com que a sanidade de Emma fugisse de seu corpo. A loira abraçou Ruby com força insinuando que queria mais que um beijo, mas Ruby a parou e se afastou da esposa. - Nada disso loirinha, nossa filha logo logo entra aqui. E eu quero saber se você gostou do presente. – Disse a morena apontando para a caixa.     Emma sorriu para a esposa e foi abrir seu presente. Dentro da caixa havia um chapéu preto de couro, ao qual a loira adorou. - Gostou? – Perguntou Ruby na expectativa. - É lindo amor. – disse Emma pondo o chapéu na cabeça. - Quando o vi, lembrei de você. – sorriu e abraçou a esposa. – E fazendeira que se preze sempre usa chapéu meu bem. – Brincou e beijou Emma mais uma vez. Flashback off     Emma foi para a cozinha onde estavam seus empregados conversando animados, quando a loira entrou no ambiente todos se calaram imediatamente. Emma mirou todos com o seu semblante sério, sequer deu importância para o sorriso de canto que Lily lhe lançou. Helena uma velha senhora que nunca sentiu medo de sua patroa, pois, conheceu a antiga Emma Swan e essa era sempre gentil com ela, foi em direção a patroa. - Deseja algo menina? – Perguntou Helena. - Onde está Granny Helena? – Perguntou Emma. - Está arrumando o quarto. – Respondeu a velha senhora dando um sorriso amável.     Sempre que Emma destruía o quarto onde dormia com Ruby era Granny que se encarregava de arrumá-lo. Nenhum empregado tinha autorização para entrar no cômodo. - Leve meu dejejum ao escritório. – falou ríspida. - Eu posso levá-lo patroa. – Se adiantou Lily, que fazia o possível para ficar perto da loira. Emma a olhou séria por alguns segundos e virou-se para Helena. - Estarei lhe esperando com meu café, Helena. – ordenou Swan e saiu.     Todos ficaram mais relaxados com a saída da patroa. Lily ficou emburrada por ter sido ignorada por Emma. Mas a garota tinha a esperança de um dia conseguir dobrar a patroa. - Essa mulher me dá medo. – indagou Belle, fazendo os outros concordarem sorrindo. - Eu já disse que você não tem chances com ela. – Disse Daniel sentando-se ao lado de Lily. - Isso é o que veremos. – falou Lily e voltou a comer. - Quando você se convencer que a patroa não se importa com você, eu estarei aqui te esperando. – Disse Daniel e saiu da cozinha.     Daniel é o veterinário da fazenda, ele era ajudante de Ruby, mas com sua morte ficou como o responsável pela saúde dos animais. Desde que chegou a fazenda apaixonou-se por Lily, mas a garota nunca lhe deu bola.                                                                                              [...]       Emma passou a manhã trancada no escritório analisando alguns possíveis novos contratos, ficou tão imersa aos documentos que não percebeu as horas passarem. Foi tirada de seus afazeres com batidas na porta. - Posso entrar? – perguntou Paloma pondo a cabeça para dentro da sala. - Claro Paloma. – respondeu a loira sem desviar os olhos dos documentos.     A morena sentou-se na frente de Emma sorrindo como sempre. - Como se sente? – Perguntou a morena. - Estou bem, como foi no povoado? Verificou se o material que pedimos já chegou? – perguntou Emma dando atenção aos papéis em suas mãos. - Chegou sim, Robin está tirando do carro. Eu... quero te fazer um pedido. – continuou a morena. - O que foi Paloma? – Emma olhou para a cunhada. - Lexie estava muito triste hoje pela manhã e só se animou quando eu prometi que eu, ela e... você iriamos cavalgar hoje a tarde. – disse a garota apreensiva pela resposta de Emma. - Não sei se poderei ir, tenho muitas coisas para analisar. Porque você foi prometer sem falar comigo antes? Já lhe pedi para não fazer isso. – Respirou fundo. - Vamos Emma, sua filha está muito triste. Faça isso por ela. – pediu a garota.      Antes de a loira responder, uma garotinha toda sorridente entrou no escritório e correu para os braços da mãe. - Mamãe. – deu um beijo no rosto de Emma que abriu um sorriso, Lexie era a única pessoa que conseguia fazer Emma sorrir verdadeiramente. – Tia Paloma disse que vamos passear a cavalo hoje. – Falou animada. Emma olhou para acunhada a sua frente que possuía um sorriso nos lábios e um olhar de suplica. - Sim meu amor, hoje iremos passear como nos velhos tempos. – falou a loira e beijou os cachos dourados da filha. - Ebaaaa. – gritou a garota. – vou pedir a vovó para arrumar minha roupa. – falou e saiu correndo. - Obrigada Emma. Ela sente sua falta. – Paloma agradeceu e seguiu a sobrinha.     Emma respirou fundo, pegou uma foto de Ruby que ficava em sua mesa e beijou a fotografia. - Ela é animada igual a você meu amor e tem o seu sorriso. – sorriu e pôs a foto no seu lugar de origem.  
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD