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Submundo: Olhos Prateados (Livro 02)

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Blurb

A história se passa nas noites da cidade de Salt Lake, no estado de Yuta no ano de 1995, 10 anos depois dos trágicos acontecimentos do primeiro livro. Charlotte volta para sua cidade natal após 10 anos a pedido dos pais de seu falecido amigo, lá ela reencontra seus amigos de infância e passa a maior parte do tempo com eles matando a saudade e visitando o antigo local que eles freguentavam quando crianças.

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Capítulo 01: Charlotte
 Charlotte está escondida atrás de um amontoado de velhos fliperamas olhando para ele. O andróide caminha pela sala destruindo tudo à sua frente, máquinas são arremessadas causando grandes estrondos, fazendo com que a menina se retraia, o medo toma conta de seu corpo. Charlotte suspira avaliando suas hipóteses de escape, mas, no fundo, ela sabe que só há uma única forma de fugir daquilo, ela terá que passar por ele. A cada movimento do robô, sons de metal e engrenagens reverberam pelo local, com brutalidade o amontoado de máquinas ao qual a garota estava escondida é arremessada. Então ela paralisa ao ver o gancho luminoso e enferrujado descendo em sua direção.  Alguns anos depois…     Charlie está dirigindo nas ruas da cidade de Salt Lake no estado de Utah, lugar onde ela nasceu e viveu até seus sete anos, agora com dezessete anos ela volta para sua cidade natal e aproveita a oportunidade para reencontrar seus velhos amigos Mayla, Jessyca, Lamar e Carlton. A menina tinha também um amigo chamado Michael, mais infelizmente ele veio a falecer quando eles ainda eram crianças em um trágico acidente em Julho de 1985, e durante esses dez anos o corpo do garoto nunca foi encontrado, os amigos se reuniram a pedido dos pais de Michael em consideração ao aniversário de dez anos de sua morte, seus pais para homenageá-lo pediram para que uma das universidades da cidade criasse uma bolsa de estudos com o nome de seu filho, e assim foi feito, os pais de Michael então chamaram os antigos amigos de seu filho para essa homenagem, esse é o verdadeiro motivo de Charlotte ter voltado para a cidade.            Charlotte chega na cidade um dia antes ainda de dia, ela então chega na área onde morava e enquanto passava com seu carro pelas redondezas, ela se lembrava da época em que ela brincava por essas ruas com seus amigos, cada lugar que a menina passava fazia ela ter algumas lembranças de seu passado o que fazia ela chorar ao lembrar do que viveu ali, ela enquanto dirigia pelo bairro liga para todos os seus antigos amigos combinando de se encontrar com eles em um restaurante local nessa mesma noite. Então para passar o tempo ela decide ir até sua antiga casa, a mesma que morava a dez anos atrás com seu pai e sua tia, o paradeiro de sua mãe é desconhecido, ela está desaparecida, na última vez que Charlotte esteve nesta casa sua tia pediu para ela pegar só o essencial.     Chegando lá ela para na fachada da casa e fica alguns minutos admirando a entrada, e se lembrando de sua infância, depois disso a menina entra em sua antiga casa, no corredor existia molduras antigas, e dentro dessas molduras existia fotos da menina com seu pai, da época que ela estava na escola e em uma delas tem uma foto da Charlotte com todos os seus amigos, incluindo Carlton, ao fim do corredor ela  chegar na sala e em sua mente se passam várias lembranças da época em que ela morava nesse lugar, ela passeia pelo local, ali estão um sofá desgastado, rasgado e bastante empoeirado devido o tempo, era possível ver também algumas teias de aranha em alguns lugares da parede, ela vai até a mesa de centro que também está bastante empoeirada e passa sua mão sobre o objeto, as lágrimas caem de seus olhos e invadem seu rosto devido a suas lembranças, uma das coisas que ela se lembra e dela e seu pai sentados no sofá vendo tv, ou até mesmo de seu pai construindo alguns robôs ali mesmo enquanto ela entrava em casa com roupa de escola e ia para a sala ver tv, cozinha onde ela fazia as refeições com seu pai e sua tia, e onde eles conversavam bastante também, a garota sorria enquanto olhava para ela, a menina então sobe as escadas e chega até seu quarto que está bem desgastado e parte do teto caído, lá ela encontra alguns de seus brinquedos mecânicos que seu pai havia construído para ela quando Charlotte ainda era criança, ela adorava esses brinquedos, pois eles a faziam lembrar de seu pai, ela se abaixou e pegou um deles fechando seus olhos para se lembrar de seu pai, esse brinquedo que ela pega é um coelho mecânico roxo chamado Theodor que agora devido ao efeito do tempo está na cor cinza, este robô acenava para ela dizendo. Eu te amo Charlotte com a voz de seu pai, isso acontecia cada vez que ela acenava para o coelho, havia mais dois brinquedos iguais a este, eram eles o unicórnio Stanley e uma boneca chamada Ella, essa boneca é do tamanho de Charlotte e a menina tratava a boneca como uma irmã.     Todos esses brinquedos seu pai construiu a dez anos atrás, ainda era dia e a luz do sol adentrava o quarto de Charlotte que podia ver seus brinquedos com os rostos felizes mesmo extremamente deteriorados, o unicórnio só tinha a metade de seu rosto, mas essa metade estava sorrindo para a menina, o urso ainda conseguia falar um pouco mesmo falhando, como a voz que vinha do brincando era a de seu pai ela se emociona ao ouvir e novamente lágrimas tomam conta de seu rosto, ela então coloca os brinquedos no chão e dá uma volta em seu quarto, sua antiga cama ainda está aí, velhinha e bastante empoeirada, Charlotte se senta sobre ela e fica ali por um tempo também olhando e se lembrando de sua infância, um dos momentos favoritos dela era quando seu pai a colocava para dormir, depois desse tempo ela sai de seu quarto desce as escadas, passa pela sala e vai até à garagem onde seu pai confeccionava os robôs, esse lugar era muito especial para, esse era o lugar onde os projetos do seu maior ídolo ganhava vida, e Charlotte adorava ficar na garagem vendo seu pai trabalhar, e em alguns raros momentos ele ensinava para a garota algumas coisas sobre o seu trabalho, andando por lá ela encontra uma peça que parecia um tripé sem a câmera, isso era estranho para ela por que a garota não lembrava de ter visto esse tripé neste lugar na época que ela ainda morava ali, ela não dá muita importância a isso, contudo enquanto caminhava pela garagem ela se lembrou de uma das criações de seu pai, um robô que estava guardado em um canto escuro dessa mesma garagem quando ela ainda era pequena, ela não conseguia ver direito o rosto do robô por conta da luz que não batia muito bem no canto onde ele estava guardado, mas ela sempre conseguia ver os olhos prateados dele, essa era a única criação de seu pai que lhe dava medo, ela não sabia o por que, mais esse robô causava arrepios nela. A menina sai da garagem rapidamente após sentir um arrepio e o medo que esse robô lhe causava, por causa desse medo que ela estava sentindo a garota decide sair dali e se dirige ao seu carro, e chegando do lado de fora percebe que a noite já estava se aproximando, ou seja, ela ficou bastante tempo lá dentro, a rua já estava um pouco escura e já não havia tanta gente na rua assim, ela então entra em seu carro e quando coloca a mão em seu bolso para pegar a chave do carro percebe que a chave não está com ela e chega à conclusão que deve ter ficado em algum cômodo da casa.     Então ela volta para dentro de casa para pegá-la, agora a casa já está um pouco mais escura do que quando ela entrou pela primeira vez, dentro da casa agora não dava mais para ver nada devido ao escuro que ela estava, ela procura entre as gavetas dos móveis da sala uma lanterna, mais sem esperança de encontrar alguma, até que ela abre a gaveta de um móvel que está ao lado da tv e lá dentro está uma lanterna bem empoeirada, ela liga a lanterna mais a luz dela está fraca porém está iluminando ainda, ela passa pelos cômodos de baixo, sobe as escadas e vai até seu quarto, lá após procurar por alguns longos minutos na base do desespero e nervosismo ela finalmente encontra a chave caída no chão, e quando estava saindo ela olha novamente para seus brinquedos no chão, nesse momento ela toma um susto com o que vê, pois agora com a falta de luz ambiente e sua lanterna não iluminando muita coisa eles pareciam mais assustadores ao invés de adoráveis, o unicórnio, por exemplo que na luz estava sorrindo de alegria, agora parecia ter um sorriso de caveira, os olhos de Theodor parecem vazios, no escuro não era mais um coelho fofinho. Os brinquedos estavam assustadores naquela escuridão e o medo que ela estava sentindo aumentou ao ver aquilo, Charlotte então correu para fora de casa entrou em seu carro e foi para o restaurante encontrar seus amigos.    Ao chegar lá ela procura por eles pelo restaurante até avistar Jessyca, Carlton e John o garoto que ela era apaixonada quando criança, os dois tinham um bom relacionamento e a garota tinha boas lembranças de John, com os quatro reunidos eles começaram a conversar sobre diversas coisas, Charlotte pergunta a eles como estão as coisas, o que eles estão fazendo de bom e diversos outros assuntos bem descontraídos surgem, até que em um dado momento.  — E então Carlton você lembra da Chuck Cheese Pizzaria? Pergunta John.  Depois dessa pergunta todos começam a agir de maneira estranha, fugindo do assunto tentando evitá-lo de alguma maneira, era nítido que tocar nesse assunto era desconfortável para eles fazendo até com que eles ficassem incomodados com isso, dando a entender que esse assunto era meio que proibido entre eles, e após esse incômodo passar.  — Estão construindo algo em volta do restaurante. Carlton responde seu amigo. — Sério? O que estão construindo? Pergunta John curioso.  — Não sei ao certo, pois está tudo coberto com cercas, não dá para ver direito. Diz Carlton.     Esse assunto é conversado de uma maneira triste por eles, o Chuck Cheese Pizza é o motivo para a felicidade de todos não está completa e trazer à tona os vários traumas que guardam até hoje, lembranças ruins que assolam eles até agora e durante essa conversa cada um deles lembra do terror que passou ali dentro. Eles também começam a lembrar dos momentos bons que passaram entre eles no restaurante, afinal suas vidas lá não foram tão ruins assim e ao lembrar desses momentos eles riam e comem sua comida que a essa altura já estava na mesa, e em um desses momentos de descontração.  — Charlotte eu sinto muito pelo que aconteceu com seu pai. Diz Jessyca colocando as mãos sobre o ombro de sua amiga.  — É verdade, Charlotte, ele era um dos donos do restaurante, né? Pergunta Carlton.  — Sim, era. Responde à menina com um ar de tristeza enquanto abaixa sua cabeça.  — Seu pai era bem legal. Diz John.  Charlotte começa a lembrar de seu pai no restaurante trabalhando, todos adoravam ele, e gostavam muito de seus animatronics, afinal eram os melhores e chamavam bastante atenção do público, seja ele criança ou adulto.  — Gente, vocês lembram que o animatronic Freddy era da cor amarela. Diz Charlotte. Nesse momento seus amigos olham para ela achando sua afirmação bem estranha.  — Amarelo? Você está enganada minha amiga o Freddy é marrom. Argumenta Jessyca.  — Verdade, é marrom. Onde eu estava com a cabeça? Charlotte concorda dando um sorriso. Mas na sua cabeça, Freddy é amarelo, e isso ficava martelando em sua mente o tempo todo, porque em suas lembranças ela tem certeza e a convicção que o animatronic Freddy é amarelo, mesmo ela sabendo que ele é marrom, ela ficava se perguntando. Eu sei que ele é marrom, mas porque em minha cabeça tenho a certeza de que ele é amarelo. Isso é bem estranho para ela.     — O que vocês acham de entrarmos no local da construção, no terreno onde está o restante e ver o que estão construindo lá? Diz John.  Todos se olham e depois de uma breve discussão todos concordam com a ideia de irem até o local, então terminam de comer, se dirigem até o carro de Charlotte, Jessyca vai no banco da frente e o restante no banco de trás, todos colocam o cinto e partem finalmente para o local onde ficava o restante. 

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