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Além do Seu Amor

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intro-logo
Blurb

Gabriela é uma doce jovem de 18 anos que cursa a faculdade de Psicologia. Durante todos esses anos buscou encontrar o cara certo, mas nunca foi tão fácil assim. Depois de tanto esperar, ela desiste e tenta seguir sua vida sem outra pessoa.

"Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que há falta de amor."

Henrique é um grande garoto de 19 anos, faz faculdade de Direito e está no segundo ano. Seu sonho é ser um advogado de sucesso e construir uma família. Mas, por enquanto só curte a vida e estuda.

Será que o caminho desses dois vão se cruzar?

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Capítulo 01
            Confesso que cheguei a um ponto onde encontre-me esgotada, cansada física e mentalmente. Atolar-me em livros na tentativa de concluir o ensino médio não estava lá me fazendo tão bem. O problema é que devemos sim estar ativos e ir em busca daquilo que almejamos, mas sem esquecer que somos humanos, e que também precisamos de um tempo para nós.             O habitual estava aos poucos me matando. Excluir-me das festas, dos passeios e dos meus amigos, não adiantaria de nada caso fosse colocar na balança.             Um número de telefone havia persistido em minha mente o dia inteiro: o da minha melhor amiga. Ainda deitada em minha cama, o disquei talvez até três vezes e o apaguei no mesmo instante. De fato, ela não me negaria uma festa, afinal, ela era a Aline. Uma bela morena dos cabelos encaracolados, louca, extrovertida e apaixonada por música alta. — Alô maluca. — Falei alto, no tom em que estávamos acostumados a conversar. — Oi meu doce de coco. — Do outro lado da linha, sua voz encontrava-se arrastada, talvez por conta do sono, mas com o seu doce tom de deboche de sempre. — Preciso sair! Estou ficando louca com a quantidade de livros espalhados em minha cama. — Afirmei esgotada. — É comigo mesmo. Irei passar na sua casa às 21h30min para fazermos um esquenta. — Avisou, desligando em seguida o telefone, deixando-me sozinha na linha.             A verdade era que ela poupava as palavras. Quando decidíamos algo, não havia muito sobre o que conversar. Pelo menos a minha amiga era bem decidida, ao contrário de mim, que sempre precisei pensar um milhão de vezes para tomar alguma atitude. Chamo isso de precaução. Em busca de algo que fosse pelo menos razoavelmente "bom" para sair, virei meu guarda-roupa de cabeça para baixo, até achar uma blusa e uma saia que eram do mesmo conjunto — talvez eu estivesse há uns belos seis meses sem comprar algo decente para mim —, e aquele tom de azul escuro pareceu combinar bem com um par de sapatos pretos que se encontravam no fim do armário, já com uma considerável quantidade de ** em cima.             Convenhamos que eu não levava jeito para secadores de cabelo ou chapinha. Por conta disso, pelo menos 300 dias do meu ano deixava meu cabelo secar naturalmente. Mas quem sabe aquele dia fosse diferente. Quem sabe eu não fosse me queimar como de costume, então resolvi deixar as madeixas lisas.             O meu tom de cabelo castanho escuro de certa forma era bom, porque 1: ele não se prejudicaria ainda mais por conta do sol, assim como cabelos mais claros. 2: ele não parecia tão ressecado quando o queimava com a minha chapinha.             O relógio marcava que faltavam cerca de trinta minutos para as dez horas. Ou seja, a qualquer momento Aline bateria a minha porta informando que havia chegado. Nós normalmente fazíamos o esquenta em meu apartamento, por conter uma boa variedade de bebidas — que é claro não eram só minhas, eu não era exatamente a menina que se acabava em beber —, mas as pessoas geralmente deixavam litros pela metade por ali. — Oi amiga. — Aline entrou pela porta que havia deixado encostada, a forma como silabava as palavras com seu bonito e escuro batom vermelho, deixava-a ainda mais atraente. — Oi f**a. — Respondi, fingindo analisar seu look com desgosto. — Você ficou linda, está querendo encontrar um Deus grego? — Perguntou encarando meus olhos. — Vai que eu encontro mesmo. — Falei, dando uma piscada para ela e caíamos na risada. Após pequenos copos de whisky e vodka, iríamos com o carro dela para a tal festa que havia escolhido, mas no fim decidíamos chamar um uber, já que iríamos beber ainda mais. Era uma dessas boates que ficavam no centro da cidade. Estava cheio demais, mas não tinha tirado o dia para ficar reclamando, mesmo porque eu quem havia tido a ideia para sairmos. O ambiente era bastante agradável, apesar da falta de iluminação, apenas pelas luzes coloridas piscando de um lado para o outro, o local era bastante escuro por conta das tintas pretas que foram passadas nas paredes. Havia uma boa porcentagem de homens a mais do que de mulheres, o que era bastante sugestivo para nós duas. O problema de ir até uma boate — e na verdade uma escolha de quem vai — é que será inevitável não esbarrar nas pessoas; ou então ter sua roupa suja por alguma bebida; e até mesmo algumas mãos bobas em seu corpo. Aline já estava encarando um garoto alto de cabelo escuro bagunçado, estava usando uma blusa que apresentava seus fortes braços. Ou seja, iria ficar sozinha. — Amiga, não consigo resistir. — Ela falou. — É mais forte que eu. — Continuou. — Vá em frente, eu vou ficar bem. — Falei, e pisquei para ela. — Você tem certeza? — Perguntou. — Claro que sim. — Afirmei. — Você é a melhor amiga do mundo. — Falou, dando—me um beijo na bochecha, e saiu abraçada com o garoto. Fiquei mais um tempo na pista, mas depois preferi ir me sentar no bar, onde algumas pessoas se movimentavam em busca de alguma bebida. Pedi outra batida, porém um pouco mais forte para o garçom. Não que eu fosse acostumada a beber, já que fazia certo tempo que não frequentava festas como antigamente. No passado eu e Aline costumávamos estar em festas todas as semanas. Sentia que o barman me olhava demais, e que estava a fim de dizer algo, mas nunca falava nada. Não era eu que iria puxar conversa. — Lhe deixaram na mão? — Ele perguntou, movendo—se até minha frente. — Mais ou menos. Vim com minha amiga, mas sabe, esses garotos, ela não resistiu. — Falei, e ele caiu na gargalhada. — E você? Namora? Para não ter ido na onda dela. — Perguntou sorrindo. — Não, na verdade nunca namorei. — Contei constrangida. Não sabia o motivo pelo qual contei um dos meus segredos mais secretos ao barman daquela balada, mas sentia-me segura de tudo que estava falando. Talvez um pouco dessa confiança toda seria o fato de haver ingerido uma boa quantidade de álcool. Conversamos sobre milhares de assuntos. Ele me contou que fazia o bico de barman para poder pagar a faculdade de Administração. Era estranho conversar com alguém que eu nem conhecia. Mas a conversa estava fluindo bem e pelo menos eu não estava levando alguma cantada barata pelos cantos. — Preciso ligar para Aline, já está tarde. — Falei, olhando o relógio do bar. — Verdade, daqui alguns minutos acaba o meu turno. — Contou. O celular de Aline chamou e chamou, mas ela não atendeu. Fiquei preocupada, poderia ter acontecido alguma coisa. Porém, do jeito que era tinha mais pena do garoto que tinha saído com ela. — Você tem o número de algum táxi? — Perguntei. — Ela não atende? — Perguntou. — Não. — Neguei. — Pegar táxi há essa hora pode ser um pouco perigoso, você não quer uma carona? — Perguntou. — Você faria isso? — Perguntei. — Sim. — Respondeu. — Obrigada Eduardo. Você é a minha salvação. — Brinquei. Ele me levou para casa, seu carro era bastante confortável. Pelo que me falou, não tinha cara de que realmente precisasse trabalhar para ter que pagar sua faculdade. Iria convidar para entrar, mas estava tarde, e sabia que ele estava cansado. Aos poucos me dei conta de que tanto o taxista poderia ser um psicopata, quanto ele. Deus! Eu nunca havia aceitado carona de estranhos, meus pais me matariam se soubessem. Entrei em casa e antes de dormir enfrentei um banho com água gelada. Fui deitar pensando na noite que tive. Realmente tinha me divertido, talvez não tivesse achado ninguém interessante, mas fiz uma nova amizade e tudo estava bem. Acordei no outro dia com uma enxaqueca enorme, que parecia destruir cada parte da minha cabeça. Ajeitei-me na cama e logo o telefone tocou, Aline me explicou o que tinha acontecido na noite anterior. E sobre o garoto que havia conhecido, se chamava Jonathan, ele também fazia faculdade, mas era um ano mais velho, e tentava garantir seu futuro em Engenharia Civil. A calmaria que sábado me passava não havia comparação com nada. Acordar sem pressa; sem compromisso; sem provas assustadoras; sem trabalhos para entregar não tinha preço. Deliciei-me com meu generoso espaguete com carne moída — receita da mamãe — e um belo copo de suco de limão. Ao checar meu e-mail, havia um em especial da faculdade, que era um convite de uma viagem. Era de duas semanas em um hotel, em frente à praia, para os alunos do primeiro e segundo ano. As turmas iriam ser divididas, e havia outros hotéis, para outras turmas. Eles já haviam conversado conosco sobre esta viagem. Na realidade, eles estariam arrecadando dinheiro para realizar algumas obras na universidade. — Você vai na viagem? — Aline perguntou, sentando no meu sofá. — Claro que vou, não vejo a hora de descansar. — Falei. — Então eu vou. — Falou toda sorridente. — E o seu namoradinho? Vai também? — Perguntei e soltei uma gargalhada. — Primeiro ele não é meu namoradinho, e segundo eu não sei, preciso perguntar para ele. — Ela falou, e foi correndo pegar o telefone da minha casa. Assisti a cena de Aline falando toda empolgada com Jonathan no telefone. E por seu sorriso estar enorme, pude perceber que sobraria naquela viagem. Mas, só pelo fato de ela estar feliz, eu também estava. Era incrível que todos achavam alguém para ser feliz, menos eu. Aquilo me deixava um pouco triste, mas era normal. Sei lá. Depois de Aline ir para casa, fui fazer as malas da viagem. Peguei uma grande para as roupas, e uma pequena para os produtos que eu iria precisar utilizar. A viagem seria nessa segunda de manhã cedo, os ônibus iriam sair as 07h00min. — Então você vai à viagem? — Eduardo perguntou, enquanto falávamos ao telefone. — Vou. E me diz que você vai, porque Aline vai estar acompanhada. — Falei, e rimos juntos. — Ah não vai dar. — Ele falou. — Mas, eu não quero ficar sozinha. — Falei. — Estou brincando, é claro que eu vou. — Ele falou, e me deu uma pequena raiva. — Fica mentindo para mim, que f**o. — Falei, fazendo-me de ofendida.             A verdade era que antes de sair do carro eu havia passado meu número de telefone para ele. Não achei que fosse mesmo ligar, mas assim que um número desconhecido apareceu na tela do celular, soube de alguma forma que era Eduardo. Peguei minhas malas, e fui para casa da Aline. Iríamos pedir pizza para o jantar. Nenhuma de nós duas estávamos a fim de fazer nada para comer. Depois de tanto esperar o entregador chegou. Aline foi atender a porta, com uma roupa minúscula, e vi a cara do entregador de espanto. — Você é louca, ele quase teve um infarto. — Afirme. — Ele tem que estar preparado. — Respondeu, colocando a pizza na mesa do centro. — Gabi, você não me contou como foi depois da festa? — Perguntou toda ansiosa. — Nada demais. Fui para o bar, aí fiquei conversando com o barman que se chama Eduardo e estuda na mesma faculdade que a gente. Ele quem me levou para casa, porque alguém me esqueceu. — Falei, fingindo estar triste. — Ah desculpa, mas você deveria me agradecer, por um garoto te levar para casa. — Afirmou toda dona de si. Ela afirmou mais milhares de coisas, falou muitas besteiras insinuando coisas entre mim e Eduardo, até eu convencer ela que de fato, não havia rolado nada entre a gente, e que o mesmo apenas me levou para casa como um gesto amigável. Era 06h45min de segunda e estávamos terminando de nos arrumar. Depois de colocar as malas dela no meu carro, fomos para a faculdade. Deixei o carro no estacionamento — onde permaneceria por duas semanas — e fomos até onde os ônibus estavam. Por sorte não precisei dividir Aline com ninguém naquele momento, pois, os ônibus estavam separados por turmas. Provavelmente dormi a viagem toda, e Aline também, sua cara estava amassada, e cada vez que o ônibus andava mais, o sol invadia lá dentro com uma intensidade maior. — Cara é muito grande. — Falei, apontando para o hotel onde estávamos entrando com nossas coisas. — Em vez de duas semanas, poderia ser um mês. — Aline falou, olhando tudo. — Meninas, esperem. — Larissa falou, aproximando-se. — Eu estou no quarto de vocês. — Continuou. — Que legal Lari. — Eu e Aline falamos juntas. Larissa era uma ótima amiga. Ela era engraçada quando queria, pois, às vezes sua timidez lhe privava de algumas coisas. Talvez fosse a menina mais empenhada na nossa faculdade. Pelo menos, as notas dela eram as mais altas. Entramos no nosso quarto, haviam três camas de solteiros, uma do lado da outra, mas com um espaço considerável entre elas. Aline começou a se trocar ali mesmo, colocando um biquíni azul claro tomara que caia. — Vocês se importam de eu andar com vocês aqui? — Larissa perguntou. — Claro que sim. Sua presença sempre é bem vinda. — Falei, abraçando ela. — Coloquem biquínis vocês duas, e vamos deixar o papo para depois, que eu quero aproveitar. — Aline falou mandona como de costume. Parecia que tínhamos combinados de quais biquínis trazer. A única diferença dos nossos era a cor. Aline de azul, eu de roxo, e Larissa de preto. Colocamos tangas e saímos do nosso quarto. Descemos as escadas e fomos até o lugar onde estava sendo preparada a primeira refeição do dia, o café. Havia um pequeno buffet, onde podíamos nos servir. Os meninos estavam na mesa ao lado com outros garotos. Jonathan e Eduardo se conheciam, entre outros garotos que não conhecia. Não sentamos na mesma mesa, pois, não era suficiente para todos, e não queríamos deixar ninguém de fora. — Meninas vamos fazer um brinde. — Aline propôs. — Um brinde a exatamente o que? — Perguntei. — Por finalmente, duas semanas sem ter que estudar. — Ela falou e todos rimos, seguidos dos meninos da mesa ao lado. Levantamos nossos copos de sucos e brindamos junto de Aline, que se empolgou bastante, ao perceber que outras mesas na maioria brindaram junto. Esperamos o café baixar um pouco, enquanto caminhávamos calmamente até onde se encontrava a piscina, com alguns jovens já lá dentro. Aline foi com Jonathan para água. Mas preferi tomar um banho de sol primeiro. Larissa se sentou ao meu lado e fez o mesmo, logo Eduardo apareceu. — Aqui é maneiro né. — Falou. — Demais. Não vou me cansar nunca disso aqui. — Comentei olhando em volta. — Você vem para cá, e vai deitar, não entendo. — Ele fala, parecendo confuso. — Isso se chama: banho de sol. — Corrigi rindo. Ele me convenceu em entrar na água com ele e os outros amigos que lá estavam e chamei Larissa para ir junto, mas ela estava envergonhada e preferiu ficar sentada mais um pouco. Não pude deixar de reparar que um menino do outro lado da piscina com os mesmos amigos de Jonathan e Eduardo, não parava de me encarar. Já estava começando a ficar constrangida. Por mais que quisesse, não conseguia desviar o olhar. Aquele olho, de um tom azul espetacular, fazia-me permanecer ali, firme. — Edu, tenta chamar a Lari para entrar na água. — Falei, fazendo beicinho. — Vou jogar um charme para ela, vai que funciona. — Brincou fazendo um olhar "sensual". Pude ver Edu falando coisas para Larissa que a mesma negava com a cabeça, e apontando para mim, que acenei de volta, e depois de alguns segundos, os dois se levantaram e vieram em direção à piscina. Alguns meninos bateram palmas, Larissa ficou toda envergonhada pela ação deles.

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