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Meu ex é uma estrela

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Blurb

Mel e Bruno compartilharam o primeiro beijo, a primeira briga, a primeira reconciliação, o primeiro coração partido.

Eles eram inseparáveis, até que a vida os leva por caminhos diferentes.

Ele é uma estrela da música.

Ela é uma garota comum, com um novo amor.

Um reencontro inesperado após tanto tempo trará o recomeço do sentimento que os dominava antes ou o fim definitivo dessa história?

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Capítulo 1
O sábado está entediante, mas é bom. Uma das mãos de Thiago brinca com os meus cabelos enquanto a outra continua mudando de canal incansavelmente. Faz pelo menos dez minutos desde que ele começou a tentar escolher algo para nós assistirmos, mas ainda não encontrou nada que o agradasse. Eu ficaria satisfeita em ver o filme sobre cachorro para o qual ele deu atenção por cinco segundos antes de apertar o botão e mudar o canal. De novo. — Você realmente poderia escolher alguma coisa para assistir — falo irritada. Por que homens conseguem ser tão indecisos até com as coisas mais simples? — É o que estou tentando fazer, nervosinha. Ele deixa um beijo gentil no topo da minha cabeça e volta para a sua interminável busca por alguma programação digna de sua atenção. Eu não estou irritada de verdade, mas ser irritante não é como um dos papéis de toda a namorada? Por isso, solto um bufo exasperado e vejo um sorrisinho brotar no canto dos seus lábios. Eu também estou sorrindo, mas o sorriso some quando eu vejo a imagem na televisão... Dura apenas três segundos e então Thiago muda o canal novamente. Três segundos e meu coração parece prestes a entrar em combustão. Apenas três malditos segundos. Eu poderia tentar me convencer de que não é ele, mas seria uma mentira descarada. É claro que eu o reconheci. Eu o reconheceria em qualquer lugar. Eu reconheci o que se tratava também. Era uma cena do novo videoclipe de Bruno e o fato de eu saber disso envia uma onda de culpa ao meu estomago. Eu assisti ao seu novo clipe, também escutei cada uma das músicas que ele lançou desde que... bem, desde que ele se tornou alguém que lança clipes e músicas. Alguém tão inalcançável quanto possível. Eu odeio a sensação no meu peito, odeio o coração disparado e as mãos tremendo. Odeio que Bruno ainda tenha poder sobre mim. Eu me culpo por isso. Eu deveria ter deixado que ele sumisse da minha mente, assim como sumiu da minha vida, mas eu o mantive lá. Secretamente. Eu espero que Thiago não tenha visto, mas não tenho essa sorte. O meu namorado está tenso ao meu lado e eu me pergunto se isso é apenas por causa de Bruno aparecendo ou se é mais por causa da minha reação estúpida. Thiago pode sentir o meu coração acelerado? A forma como o meu estômago está se retorcendo? As minhas mãos trêmulas? — Quer saber? Não quero assistir nada. Que tal a gente levar a Bolinha para passear? Eu só posso concordar com a cabeça. Provavelmente sair dali é o melhor. Um pouco de ar fresco vai colocar a minha mente no lugar. Bolinha é minha cadelinha. Na verdade, não existe muito de "inha" nela. É enorme! Uma linda labrador de pelo dourado e tão carinhosa que chega a dar diabetes. Fico feliz por Thiago gostar tanto dela, já que foi presente de Bruno. Existe muito de Bruno na minha vida, por mais que eu não queira. Ele foi uma presença constante por tanto tempo que é difícil me livrar de todos os resquícios. Alguns, como Bolinha, eu não irei me livrar nunca. Mas estou pronta para deixar para trás todo o resto. Pelo menos, espero estar. — Bolinha, vamos passear! Eu grito. A minha filha de quatro patas corre até mim alegremente enquanto balança o r**o para lá e para cá. Eu prendo a sua coleira e passo para Thiago. Normalmente, ela é uma cachorra bem-comportada, mas nunca se sabe quando vamos esbarrar com algum gato por aí. Bolinha está grande demais e é difícil dar conta sozinha. * Depois de alguns minutos de caminhada, estou relaxada de novo. Thiago parece descontraído também. É sempre assim como ele. Meu namorado é ótimo e sempre faz as coisas ficarem melhores. É por isso que eu nunca deveria sentir o meu coração acelerar por outro garoto. Nunca. Thiago está tagarelando sobre um trabalho difícil que ele precisa fazer para a escola quando eu vejo Letícia saltitando em nossa direção. Os seus cabelos loiros estão voando para todas as direções e ela tem um sorriso largo no rosto. Letícia é uma dessas pessoas que sempre sorri. Eu a adoro. Nós já fomos melhores amigas e mesmo que não seja mais assim, eu ainda a acho uma das pessoas mais legais que já conheci. — Olha a maluquinha ali. Thiago diz em voz baixa e me arranca uma risada. Às vezes acho que Letícia o intimida. Eu não posso discordar quando ele a descreve como “enérgica demais”. Ela parece estar sempre atrasada para alguma coisa e pode ser difícil acompanhá-la. Ela também é gentil e amigável como um gatinho. Sorrio para ela quando nos alcança e Bolinha aproveita para cheirá-la. Como toda pessoa decente, Letícia cumprimenta a minha cachorrinha antes de se virar para nós. — Olhe se não é o casalzinho mais fofo que nós temos. — Fala aí, Lele. — Thiago sorri para ela. — Eu tenho uma novidade! Quer dizer, talvez não seja novidade para vocês. Aposto que você foi a primeira a saber, Mel. Não é incrível? A voz dela é alta e estridente. Incomoda muitos, mas é familiar e reconfortante para mim. — Eu não tenho ideia do que você está falando, na verdade. Os olhos dela brilham com a ideia de ser a primeira a me informar sobre a fofoca da vez. Eu não estou curiosa de verdade. Letícia se empolga facilmente. Uma super novidade vinda dela não quer dizer nada tão super assim. — O Bruno vai fazer show na cidade. — anuncia. — E disse em uma entrevista que vai ficar um tempo na casa dos pais! Dá para acreditar? Gente famosa no nosso bairro! Eu congelo. Acho que posso ter parado de respirar. Bruno vai voltar? O que? Como... Como ele se atreve? Eu sei que é uma pergunta ridícula. Ele foi criado aqui. Os pais ainda moram na mesma casa de sempre. É claro que um dia ele voltaria, né? Eu só esperava que isso acontecesse quando eu estivesse bem longe. Com um oceano entre nós de preferência. — O que isso tem de tão incrível? Thiago está irritado. Qualquer pessoa perceberia isso, ou pelo seu tom de voz ou pela tensão em seu corpo. Mas é claro que Letícia não conseguiria perceber que está falando m***a nem que eu estivesse com uma placa enorme escrito "CALA A BOCA, QUERIDA" — Como assim o que isso tem de incrível? É o Bruno Cler! Ele é superfamoso. Isso consegue me irritar também. Eu me apego a irritação porque é melhor do que o sentimento de infarto precoce que estou tendo. — Não seja ridícula, Letícia. Você conhece o Bruno. Estudaram juntos. É o Bruninho, só isso. Mas eu sei que não existe essa de "só".  Bruno agora é Bruno Cler, estrela conhecida mundialmente. Deixou de ser o Bruninho há algum tempo. Deixou de ser o meu Bruninho. — Vocês não podem estar falando sério? Gente, ele é uma celebridade. E vai ficar aqui. No. nosso. bairro. Vocês conseguem imaginar? Estou tentando não fazer isso. — Letícia, acho que nós temos que ir. Thiago diz, ríspido. Isso não é comum para ele. Então, sei que é hora de cortar o assunto sobre "meu ex-namorado que agora é uma superestrela" — Nós realmente temos que ir, Lele. — relaxo o meu tom de voz. Arrependida por ter sido mais ríspida momentos antes. Não é culpa dela. — Eu te vejo depois. Nos despedimos dela e voltamos a caminhar, mas a risada de antes foi substituída por silêncio. Até Bolinha pode sentir o clima tenso e fica mais quieta. — Odeio isso. — diz de repente. — O que? — Sempre que esse cara entra na conversa, você fica estranha. — Não é verdade. Mas era. — Sim, é verdade. — Ele fecha os olhos e suspira, parece cansado. — Olha, acho que vou para casa, se importa de voltar sozinha? — Não. Mas... nós estamos bem? Ele sorri fraco. — Estamos. Só estou cansado. Ele me entrega a coleira de Bolinha. — Eu ligo mais tarde. — ele promete. — Vá para a casa. Acho que você deve ter algumas coisas para pensar. Thiago me dá um selinho e vai embora antes que eu responda. Eu solto um suspiro baixinho e volto a caminhar. Eu sinto a mudança acontecendo. Eu não sei como posso sentir isso, mas eu faço. Tudo vai se complicar. Tudo vai desmoronar. De novo. Eu não acredito que você resolveu voltar agora, Bruno. Eu ando para casa distraída com meus pensamentos confusos e já estou no meu portão quando escuto uma voz familiar chamar o meu nome. Viro devagar e vejo a tia Fernanda, mãe de Bruno. Ela sorri abertamente para mim e me sinto um pouco melhor. — Oi, tia Fê Eu a conheço desde sempre. Tia Fernanda era a minha “tia” muito antes de ser a minha sogra. Tenho certeza de que ela trocou algumas fraldas minhas quando eu era pequena. Também foi ela quem me ensinou a andar de bicicleta. — Ah, querida! É bom te ver. Moramos tão pertinho, mas já faz tempo, né?  Sinto sua falta. Eu costumava viver na casa dela mesmo antes de Bruno e eu virarmos namorados. Porque antes disso, éramos melhores amigos. Eu sempre amei a família de Bruno e estar lá era uma das partes que eu mais gostava no meu dia. Mas as coisas mudaram. Eu ainda os amo, mas... — Sinto sua falta também, tia Fê. É só quando digo as palavras que percebo o quanto são verdadeiras. Eu não perdi apenas Bruno. — Bruno chega amanhã, vai passar um tempo aqui. Amanhã? Uou.  Isso é logo. Logo demais. Eu a encaro sem saber o que dizer. Posso perceber algo no seu olhar e no modo como sorri agora. Ela ainda torce por nós. Eu sorrio também, apesar de tudo. Eu gosto que ela goste de mim. É besteira, mas é verdade. Embora, eu deveria lhe dizer para perder as esperanças. Eu e Bruno nunca mais seremos os mesmos, nunca mais seremos um casal. Eu não digo nada, no entanto. Ela costumava dizer que eu era a luz nos olhos do Bruno. Não sei se era verdade, parece que não. No entanto, ele era a luz dos meus. E foi difícil recuperar meu brilho despois que ele me deixou. — Você e o tio Augusto devem estar muito felizes. — respondo depois de minutos de silêncio. — Estamos sim, querida. Nosso garoto faz muita falta. Uma pontada atinge o meu estômago. Ele me fez falta, mas não faz mais. Não, é? — Eu imagino. Tia, vou entrar. Fui levar Bolinha para passear e agora preciso de um banho. — Oh, Bolinha vai adorar ver meu garoto de novo. Não vai, menina? Minha c****a late e balança o r**o. Feliz, de repente. Tia Fernanda se abaixa para coçar atrás da sua orelha. — Acho que isso não tem como negar. — Sei que vai ser bom para você também, mesmo que não ache isso agora. — Eu pisco. Ela sorri, inocente — As coisas estão meio bagunçadas. Bruno sempre foi bom em arrumá-las. Você vai ver. Até outra hora, querida. Tenha uma boa tarde. Ela vai embora como se não tivesse dito nada. Eu balanço a cabeça e atravesso para a minha calçada. Solto a coleira de Bolinha e deixo que ela corra para dentro. Eu a sigo sem muita animação. Provavelmente, deveria tomar um banho agora, mas a minha cama parece muito mais atraente. Eu me jogo nela e olho para o teto. Ele é rosa. Foi Bruno quem me ajudou a pintá-lo. Fecho os olhos. Por que tudo aqui lembra ele? O sono vai me alcançando e durmo com um único pensamento "Bruno está de volta". * No dia seguinte acordo às 11:47. Uma tristeza indesejada me invade. Antes, minha mãe nunca me deixaria dormir até tão tarde, a menos que eu estivesse doente. Domingo costumava ser um dia especial. Ela teria me acordado e preparado o café enquanto eu, papai e Daniel assistíamos desenhos animados. Depois, nós todos iríamos para a cozinha testar experiências culinárias para o almoço. Lembro como algumas eram um fracasso total, mas não importava. Quando dava errado, a gente ia para algum restaurante novo. Era simples. Os domingos sempre foram mágicos para mim. Mas isso, como todo o resto na minha vida, também mudou. Desde que papai morreu por causa de um motorista bêbado i****a e mamãe passou a concentrar toda a sua vida no trabalho e Daniel escolheu uma faculdade em outro estado. Nada era igual. Meu irmão nunca pretendeu estudar longe de casa. Essa vontade repentina de me deixar foi uma mudança também. Eu ainda nem comecei a falar sobre Bruno. O garoto que costumava ser meu namorado e melhor amigo. Ele também se foi. Às vezes me pergunto qual é o problema comigo? Por que todas as pessoas que eu amo vão embora? Papai não teve escolha, eu sei. Mas não posso deixar de sentir que ele me abandonou quando eu mais precisava. Mamãe ainda está aqui fisicamente, mas é como se não estivesse. Não lembro a última vez que conversamos, provavelmente antes do acidente. Daniel podia ter escolhido ficar, mas não escolheu Bruno também não. Eu não conseguia entender. Eu gostaria que algum deles me contasse. Me dissessem o que tem de errado comigo e então eu juro que mudaria. Balanço a cabeça para afastar o pensamento. Tento me concentrar em Thiago. O garoto que chegou na minha vida justamente quando eu precisava. Thiago está comigo. Ele não pretende ir embora. Nós dois temos planos juntos. Esse ano vamos nos formar e mandamos nossa inscrição para a faculdade de Nova York. Eu estou otimista. E então, nós vamos embora. Eu vou deixar tudo isso aqui para trás e vou ser feliz. Sei que mereço. Levanto da cama e desço as escadas chamando minha mãe, mas não há resposta. Encontro uma mensagem sua no quadro de recados preso na geladeira. Precisei trabalhar. Volto tarde. Beijos. Quem precisa trabalhar em pleno domingo? Sentindo nenhuma vontade de preparar o almoço, decido comer na pensão da mãe de Letícia. É perto o bastante para ir a pé e a comida é sempre gostosa. Mando mensagem para Thiago perguntando se quer me encontrar lá e volto para o quarto para me arrumar. Tomo banho, escovo os dentes e penteio o cabelo. Deixo que as ondas ruivas caiam livres em minhas costas. Bruno sempre amou a cor do meu cabelo. E de meus olhos. Ele dizia que o ruivo e o azul eram como opostos se encontrando. Como o mar incendiando. Dou um t**a na minha cabeça. Pare de pensar nele, Melanie. Coloco um short jeans, uma blusa branca soltinha e calço uma rasteirinha. Não passo maquiagem. Thiago manda mensagem dizendo que vai me encontrar lá e eu desço as escadas feliz por ter algo para fazer além de ficar nessa casa vazia. Quando abro a porta, reparo imediatamente no carro preto e de vidros escuros parado em frente à casa de Bruno. Ninguém precisa me dizer, sei que é ele. Meu coração bate feito um louco e i****a dentro de mim. Analiso minhas opções: Ir lá e dizer oi (Não, sem chances nenhuma) Continuar andando e torcer para que ele não me veja (Bom, mas arriscado) Voltar para dentro de casa e cancelar essa ideia de ir ao restaurante.  (ridículo, mas extremamente tentador) Demoro muito tempo pensando, porque a porta do carro abre e Bruno desce. Ele parece... perigosamente lindo. Camisa preta sem mangas (deixando a mostra os braços musculosos e a pele bronzeada que eu costumava amar), cabelos castanhos claros e meio desarrumados (bem sexy), calça jeans (uma peça de roupa comum, ele não deveria ficar tão lindo nela, mas fica) e um sorriso lindo e brilhante (meu velho ponto fraco). Estou tão hipnotizada que demoro um minuto para perceber que o sorriso no rosto dele é para mim e que ele está caminhando para cá. Eu definitivamente deveria ter fugido. Estou me xingando mentalmente quando Bruno para na minha frente. — Mel... Ele deixa meu nome correr entre nós. Parece feliz em me ver. De repente, quero fazer com que ele engula esse sorriso ridiculamente lindo que ele tem. — Oi. Isso aí, Mel. Apenas um oi. Indiferente e superior. Muito bem, garota. — Quanto tempo, em? Não tempo o bastante. — Nem me diga. — Hum, você parece... bem — Ele ri, sem graça e desconfortável. — Aliás, linda. Linda é a palavra que eu queria usar. Ignore o elogio. Ignore a forma como ele te olha. Ignore o fato dele ainda ter mania de morder os lábios quando está sem graça. Ignore. Apenas ignore, Mel. — O bom filho a casa torna, não é? Resolveu lembrar que as pessoas por aqui ainda existem? Bruno faz uma careta. O sorriso já é uma lembrança distante. — Não diga isso. — Eu só quis dizer que... — O toque do meu celular me interrompe. — Só um minuto — digo para ele enquanto tiro o celular do bolso e atendo — Alô? — Oi minha linda. — Thiago! — Eu não tive tempo de olhar o identificador de chamadas — Bom dia, meu lindo. — Acho que deveria ser boa tarde — Ele ri. — Mas vou perdoar porque hoje é domingo. Sorrio. — Gentil da sua parte, meu querido. — Tudo bem, palhacinha. E o almoço? Ainda quer comer lá na mãe da Letícia? — Sim. Vamos? — Claro. Quer que te busque? — Não precisa. Te encontro lá. — Tchau, gata. — Até mais, lindo. Desligo o celular. Não olhei para Bruno nenhuma vez desde que atendi a ligação, mas agora forço meus olhos em sua direção. Ele está me encarando com a sobrancelha erguida — Namorado? Eu me sinto m*l em responder. Qual é o meu problema, afinal? Isso é ridículo! Não devo nada ao Bruno. — Sim, esse é meu namorado. Algo passa por seus olhos... dor? Tristeza? Não tenho tempo de identificar. É tão rápido como se eu tivesse imaginado. O sorriso leve volta ao seu rosto. — Como está a Bolinha? —   Ótima. —  Sabe, eu estava me perguntando se eu podia passar mais tarde para vê-la. Não — O que? —   Sinto falta dela. Eu suspiro. Bolinha era de Bruno também. Ele sempre ajudou a cuidar dela. Pelo menos até ir embora. — Tudo bem, eu acho. Passe lá mais tarde. Agora preciso ir, meu namorado está esperando —   Hum, certo. Tchau, Mel. Legal te ver. Legal te ver? Ele simplesmente se vira e sai. Inacreditável. Mas acho que é melhor assim. Caminho lentamente até o restaurante, na esperança de que meu coração pare de dançar dentro de mim. Não adianta. Então, mudo a estratégia. Eu corro para o restaurante. Preciso ver Thiago. AGORA. Ele está me esperando do lado de fora, encostado em uma parede. Corro ainda mais e me atiro em seus braços. —   Ei, garota! Que empolgação. Ele me aperta contra ele. —   Ontem você parecia meio chateado quando foi embora. Eu estava preocupada e com saudades. Ele sorri. —   Também estava com saudades, lindinha. Relaxa, eu tô legal. Ele parece legal. Isso tira um pouco do peso no meu peito. Damos as mãos e entramos no restaurante. Lá dentro, eu volto a me sintir bem. Nós pedimos a nossa comida e Thiago é adorável durante toda a refeição.  —   O que acha de eu ir ficar com você na sua casa um pouco? —  Acho uma ideia genial. Sorrimos um para o outro. Meu coração aquece. Tento memorizar essa sensação para a próxima vez que eu encontrar Bruno. Não posso esquecer o quanto Thiago é bom pra mim, o quanto eu o quero comigo. Pagamos a conta e saímos do restaurante para caminhar devagar até a minha casa. Quando chegamos, logo vemos os paparazzos espalhados pela rua. —   Acho que a estrela ja chegou. Tento detectar algum tom de irritação em sua voz, mas ele parece calmo. Ótimo. —  Acho que sim. — finjo indiferença —Vamos entrar logo. Entrar em casa não é tão simples quanto deveria ser. Os paparazzos correm para nos alcançar e nos cercam. —   Vocês cresceram com Bruno Cler? —   Como ele era na infância? -—Você tem alguma história sobre Bruno que ninguém saiba? Thiago me puxa com ele até conseguirmos passar pelo portão e entrar na minha casa. — Nossa! —   Loucura! Bolinha aparece e corre para Thiago, que abaixa para falar com ela. Eu retorço as mãos, agitada e tensa.  —  Sabe do que preciso ? Brigadeiro! Eu falo e já vou andando para a cozinha. Thiago me segue. —  Você está nervosa ? —  Por quê? —  Porque você fica faminta por doce quando está nervosa. —   Não estou nervosa. Só quero comer doce.  — respondo na defensiva  — Não fica vendo coisa onde não tem. —   Certo, nervosinha. Deixa que eu te ajudo então. Nós decidimos fazer pipoca também e depois vamos para a sala escolher alguma coisa para assistir.  Quando o filme acaba, Thiago se levanta pra ir ao banheiro e quase na mesma hora em que ele sai, a campainha toca. Eu abro a porta distraída, mas o arrependimento é imediato. Minha respiração congela. —   Bruno ?     

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