Capítulo 3 Madrinha de casamento, e dama sem par.

1719 Words
Carolina estava atolada em trabalho, por volta do meio dia, soube que uma das advogadas do complexo ia casar, com um médico riquíssimo, Gisele havia tirado a sorte grande, casar por amor com um milionário, quem não gostaria. O grupo do w******p fervia ante a notícia e combinaram um happy hour para comemorar, algo somente entre as mulheres. Aquilo pelo menos tirou Carolina das anotações daquele caso, havia algo estranho e ela ainda não conseguira captar e estava a um ponto de repassar para algum dos amigos. Quando a noite caiu, pegou seu blazer e foi direto para o Palace, o luxuoso hotel onde Gisele havia combinado o encontro, entregou a chave do carro ao manobrista e tomou o elevador até o saguão. Algumas colegas já estavam com seus drinques nas mãos. Carol pediu uma sangria, qualquer coisa pediria um carro de aplicativo e mandaria alguém levar o seu carro. Estavam alegrinhas quando Lana entrou, a jovem usava um vestido que lembrava um quimono, caminhava como uma virgem até uma mesa. — Uau! — exclamou Gisele. — ela não veio te atacar? — Talvez ela não tenha me visto! — Carol riu amargamente. — A questão é... VOCÊ ANDA QUICANDO NO PEDRO CAMARGO? Um ar especulativo tomou conta da mesa em que estavam as amigas, sabiam que Lana queria Pedro, mas não sabiam ao certo o que ele tinha com Carolina. — Vocês são todas umas fofoqueiras! — Carol pontuou. — Somos advogadas, devemos saber com o que estamos lidando. Vamos Carolina o que a senhorita tem com Pedro? — Passo! — Nada disso. Responda à questão... — Gisele falou como no tribunal o que provocou uma risada coletiva na mesa. — Desculpe-me, promotora. Informação confidencial. — Indeferido. — A senhora ainda não é juíza. — Com licença, madames. Carolina desconversou e foi até o banheiro, quando estava saindo, Lana abriu a porta. Era visível que ela queria confusão. A jovem advogada enfrentou o olhar da mulher e, com sucesso, se manteve a altura. — Com licença. — Só vim te dar um recado, v***a! Ouça bem: Pedro é meu! — Se você está certa — Carolina com falou com a voz que usava no tribunal —, por que ele está comigo? Ela achou que Lana a agrediria fisicamente por um breve momento. — Você precisa saber que Pedro nunca se casará com você. — Quem lhe disse que eu quero casar? — Carol fez uma pausa deliberada e acrescentou, calmamente: — Já pensou que sexo pesado é o suficiente? — Não será por muito tempo. — ali estava mais uma vez de forma discreta, elitismo e racismo — Mulheres como você querem mais que ser depósitos de p***a, e em breve é comigo que ele vai estar. — Você acha ser r**m ser depósito de p***a, porque Pedro nunca te comeu — Ela saiu sem que a rival respondesse. Gisele estava na porta assim que ela saiu. — O que ela fez? — Gisele caminhou de volta à mesa com a amiga — Você está bem? — Muito bem. — Ela deu um sorriso caloroso. — Vamos embora? Ela se manteve impassível até estar sozinha em seu carro, Lana Rousseff faria da vida dela um inferno. Ela não ligaria, havia uma lista infinita de coisas a comprar para o casamento de Íris, ela pediu uma semana de afastamento do escritório e começou a cuidar disso. Estava tecidos que a irmã pedira do porta malas quando a figura familiar de Pedro fez com que seu coração disparasse. — Oi. Você sumiu... Ele estava ainda mais gostoso vestindo moletom e calça jeans. — Quer subir? — Pedro pegou as coisas mais pesadas e a ajudou. Subiram em um silêncio gostoso. Colocou as coisas na mesa da sala, a puxou pra si e a beijou com lascívia. Na noite anterior, ela havia deixado a mala pronta para sua ida até São Bernardo. Como irmã da noiva, tinha que cuidar de bastante coisa, inclusive a despedida de solteira. Pedro ajudou ela a guardar mais Era confortável tê-lo ali no cantinho dela, contra tudo e todos, havia mais que t***o quando ele chegava. Um sentimento assustador que ela calava com seus beijos. Julgava que talvez fosse a falta de i********e com outros homens e sua carência a deixava vulnerável. Transaram na sala, depois no quarto e ela o chupou na cozinha, dentro de Carolina havia uma necessidade absurda por seu amante. O beijo liberava em sua corrente sanguínea uma paixão desenfreada. Acabaram por se amar mais uma vez antes do amanhecer. O despertador tocou e Carolina praguejou, desligando-o. Impossível já ser seis da manhã. — Você tem uma hora para estar na casa da sua irmã, sabia? — disse Pedro enquanto acendia o abajur da cabeceira. — eu faço o café, vá. Ela tomou um banho rápido que ajudou a acordá-la, queria que o amante estivesse junto a si naquele momento, mas sabia que a tentação seria grande. Pedro a ajudou a descer com as duas malas, queria mais dela, mas não queria um compromisso. — Vá — disse ele —, me mande mensagem quando chegar. Ele a beijou pela janela do carro e saiu caminhando. Era melhor dessa maneira, pensou enquanto dava partida no carro. Quase duas semanas eram um tempo longo. Longo demais, pensou ela, talvez desse espaço à Lana, mas como cobrar ciúme de algo que nem existia? São Bernardo permanecia como era quando ela esteve lá pela última vez. Desceu do carro e foi recepcionada por Íris e seu noivo. Estava morrendo de saudade da irmã e ambas se abraçaram com o amor que só duas órfãs são capazes de sentir. Nova Petrópolis, era um bairro acolhedor e aconchegante, a irmã estava bem instalada. — Meu chá de panela é hoje às quatro da tarde. — Eu sei, temos uma semana para o grande dia. Cuide dela, Wagner... — Estou tentando. O chá de panela foi feito na casa deles, Wagner foi embora minutos antes de a primeira convidada chegar, as meninas eram divertidas mesmo tendo uma visão de mundo completamente diferente da sua. — Bruno está muito ansioso em vê-la novamente — confidenciou Neusa, a sogra da irmã — Ele sente saudade de você. — Eu sinto saudades de todos. Como vai Seu Jorge? — Carol mudou de assunto. — Ele está bem, querida. Espero que você e Bruno se acertem. Carolina sentiu uma ponta de tensão começar a fazer-se notar. — Dona Neusa, há alguém em minha vida — não era mentira . — Eu o conhecerei no casamento? Não havia nenhuma intenção maléfica naquelas palavras, mas como explicar que Pedro era alguém, mas não era um compromisso. — Posso roubar minha irmã? — Íris tirou a irmã daquela saia justa. Saíram em silêncio e só quando ficaram a sós, Íris perguntou: — Há alguém, ou você quis se livrar do mala do meu cunhado? — Há, mas não é nada sério. — Você o ama? — o silêncio dela ao ouvir aquela pergunta por si só era uma resposta — Ele te ama? Se a pergunta fosse luxúria, ela saberia responder. — Não falamos sobre isso, mana. Vamos cuidar do seu casamento, sim? Eu me casei com o direito e tenho sido feliz. — Querida, sou a sua irmã, lembra? Não quer me contar sobre seu namorado? — Ele não é nada meu — respondeu ela. — Está fazendo sexo sem compromisso com um cara pelo qual você está apaixonada? O celular de Íris atendeu, Carol aproveitou para fugir e voltar para a festa. Não fazia meio dia que estava ali e a irmã já estava jogando verdades em sua cara. O chá de panelas foi um sucesso, mas no final da tarde foram de volta para a casa de Neusa, havia uma cama para Carol no quarto de Íris. A sogra não permitia que eles mantivessem relações em sua casa. Chegaram, havia pizzas, refrigerantes, doces e Bruno. Ele era um amigo de longo tempo. Mas aquela paixonite havia jogado água na relação deles. Onde quer que ela fosse, ele brotava, se ela não tivesse envolvida com outro talvez tanta afeição a fizessem ver a situação de outra forma. Mas a única coisa que sentia era seu espaço invadido. E não havia muito o que fazer sobre isso. Pelo menos, não naquele momento, a última coisa que pretendia era criar um clima r**m para o casamento de sua irmã. Ela respirou aliviada quando o iPhone e era Pedro, pediu licença a Bruno, indo para o quintal para ter mais privacidade. O som da voz de Pedro mexeu com ela, fazendo a libido em seu corpo acender. — Trabalhando muito? — como dizer a ele que já sentia saudade? — Sim, afundado em um caso muito complicado. E você? — Comendo pizza numa rodada oferecida pelos sogros de Íris. — Ah que bom, você nem me mandou mensagem, chegou bem? — Sim, eu já fui direto para o chá de cozinha da minha irmã. — Se divertiu? — Até que foi legal. — Ótimo, durma bem, amanhã te ligo. — Você também, um beijo — Pedro devolveu o beijo e desligou o telefone. “Eu dormiria melhor com você”— pensou caminhando lentamente para dentro da casa. Antes que completasse seu percurso, Bruno pegou-lhe a mão e a levou novamente para fora. — Por favor... — ela suspirou. — Carol... — Minha opinião não mudou, Bruno. — Vamos dar uma volta, só nós dois? — Sinto muito. Não será possível. — Carol se soltou dele e voltou para dentro da casa. Subiu para o quarto e dormiu depois de tomar um banho. Carol falava com Pedro todas as manhãs antes de ir atrás de pequenos detalhes e coisas imprescindíveis para o casamento. Na noite de quinta-feira, aconteceu a festa de despedida de solteira. — Se você organizou um strip-tease eu juro que a matarei — avisou Íris. — Você vai amar ser raptada... E era verdade, a despedida foi uma festa finalizada com Wagner, levando a noiva para um motel temático. A sexta-feira foi o último ensaio da cerimônia. Falou com Pedro no final da noite enquanto massageava seus pés doloridos. Em 24 horas sua irmã estaria casada e ela voltaria para casa. Para ele! Não via a hora de estar em seus braços.
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