Capítulo 3

4781 Words
    Lily estava mais uma vez escondida atrás da árvore observando a casa da mulher que chamara sua atenção e agora ela sabia se chamar Emma Swan. Não havia visto a loira ainda, talvez não estivesse em casa, porém, não sairia dali sem poder por os olhos mais uma vez na loira. Ela estava distraída olhando para a propriedade e não percebeu alguém chegar a seu lado. - Resolvi matar sua curiosidade. – disse Emma assustando a moça. - Não sei do que está falando. – disse Lily assim que passou o susto, mas não deixou de observar o quanto a loira é bonita. - Você não queria me conhecer? – Sorriu. – Pelo menos não parou de olhar para minha casa. – Falou pondo as mãos na cintura. - Não seja convencida. – falou Lily desviando o olhar. - Suponho que saiba quem eu sou? – perguntou Emma sem parar de analisar o corpo da dama a sua frente. - Não. - Não perguntou por ai? Todos em Storybrooke me conhecem. – passou as mãos pelos cabelos, à loira estava encantada pela beleza da mulher a sua frente. – Alguns acham que sou uma delinquente sem escrúpulos, outros acham que apenas sou uma pobre mulher jogada a própria sorte. - Você pode ser qualquer coisa, menos uma pobre mulher. – confessou Lily, mesmo depois de saber sobre Emma, ela não poderia negar que a loira era uma mulher interessante. - E você a mulher mais bonita que tive o privilégio de conhecer. – Ao ouvir as palavras de Emma, Lily abriu um sorriso. Arrancar elogios das pessoas era uma das coisas que ela mais gostava, principalmente quando eles vêm acompanhados por olhos de cobiça, assim como estavam os da loira.     Lily nada falou, apenas continuou olhando para o mar. Emma mais uma vez mediu o corpo da moça dos pés a cabeça e decidiu que não poderia deixar passar a oportunidade de ter aquela beldade em sua cama. - Gostaria de tomar uma taça de vinho? – perguntou a loira torcendo para que ela aceitasse. - Não bebo vinho. – respondeu Lily a fitando. - Pelo menos poderia acompanhar-me. – ficaram em silencio sem conseguir desgrudar os olhares. – Ou será que é muita audácia para uma pé rapado fazer tal convite a uma ... condessa? – Ela esperou uma resposta da garota, mas como essa não veio Emma estendeu o braço indicando o caminho e Lily seguiu sem vacilar.     Chegaram à casa da loira no alto dos rochedos e Emma pediu que Lily sentasse. Em seguida foi se servir de uma dose de tequila que era sua bebida preferida. Lily observava cada passo dado pela loira e teve a certeza que estava enlouquecendo. Como podia ela, uma condessa de família nobre estar encantada por alguém que todos na vila detestavam? E principalmente uma mulher. O que será que poderia acontecer se existisse algo entre elas? Provavelmente Lily ficaria m*l falada e seria repudiada por todos. Mas ela gosta de ser diferente e principalmente ela gostava de contrariar a todos. Sorriu com seus pensamentos e viu Emma se juntar a ela no sofá. - Um brinde a sua beleza. – disse Emma galanteadora, em seguida sorveu um gole de sua bebida e ficou feliz ao ver o sorriso tomar conta dos lábios da morena. – Como se chama? – Quis saber. - Lily e você? - Emma. – tomou mais um gole da bebida sem fazer cara feia. - Emma de que? - Apenas Emma. Não tive um pai que quis me dar um sobrenome. Mas acho que minhas origens não vêm ao caso. – bebeu mais uma vez. – Quer dizer que chagou a pouco da capital? - Sim, vivi minha vida toda por lá e agora voltei para ficar. – Confessou e percebeu os olhos da loira em suas mãos. - Não é casada. – falou ao notar a falta de uma aliança do dedo da moça. – Acredito que deve ser comprometida? - Não. – confessou e desviou o olhar para a camisa meio aberta da loira onde ficou um tempo observando parte dos s***s da loira que percebeu o interesse de Lily. - Você gosta do mar? – Perguntou Emma levantando. - Estou começando a gostar. – disse a morena com um sorriso de canto o que fez Emma também sorrir. - Se quiser, posso te levar para um passeio em meu barco. - Você tem um barco? – perguntou admirada. Mulheres não podiam fazer nada a não ser satisfazer seus maridos. Como era possível Emma possuir um barco? Tudo bem que a loira não era uma mulher como as outras, a começar pelas vestimentas, ela não usava vestidos como todas as outras mulheres que já conheceu e sim vestia calças e camisas igual aos homens. - Sim. – Respondeu Emma apontando para a embarcação atracada no mar. – O Cisne n***o. – Completou a fala olhando com orgulho para seu barco.     Desde muito pequena Emma sonhava em ter um, mesmo todos lhe dizendo que apenas homens poderiam guiar um barco.     Lily ficou encantada e tentada a aceitar o convite de Emma. Seria uma aventura entrar em um barco e sair navegando por essas aguas turbulentas. - Sua irmã e mais velha ou mais nova que você? – Perguntou Emma querendo saber tudo sobre a mulher a sua frente. - Mais velha, irá casar-se em breve. - Hum, então depois será você a encontrar um esposo? – Perguntou encarando os lábios de Lily que ao perceber ficou envergonhada e um pouco assustada pelas reações de seu corpo por estar perto daquela mulher. - Eu já vou. – disse querendo fugir de perto da mulher que a estava desconcertando. - Eu lhe acompanho. - Não é preciso. – respondeu rápido. - Não se preocupe, irei apenas até a metade do caminho. – disse um pouco incomodada, afinal, ela não gostava da recusa das pessoas em tê-la por perto. – Sei que não é conveniente que você seja vista a meu lado. – ficou séria. - não disse isso. – tentou se desculpar. - Mas é a verdade. – Estendeu o braço indicando o caminho. – Vamos. E assim, elas saíram da casa de Emma e seguiram pela praia.   [SQ]       Regina estava em seu quarto lendo um de seus livros. Sua mãe havia chegado da casa de Sofia e não quis falar sobre o que conversaram e a morena estava desconfiada que houvesse algo errado, mas iria esperar sua mãe lhe dizer o que se passava. Ela para de ler quando escuta a porta do quarto abrir e Lily entrar. - onde estava? – pergunta Regina deixando o livro de lado. - Estava na praia. – falou com um sorriso. - Pensei que não gostasse do mar? – perguntou com uma sobrancelha arqueada estranhando a alegria que a irmã demonstrava. - Percebi que lá existem belas paisagens. – falou pensando em Emma. – Onde está a mamãe? - No quarto, chegou um pouco cansada. Ela foi visitar minha madrinha que já chegou da capital. – estava triste. - Então já tem notícias de Neal? Está feliz? – Lily estava estranhamente de bom humor. - Claro. – Lily ao ouvi a resposta iria sair do quarto, mas Regina a chamou. – Lily. – a mais nova parou. – Queria me desculpar pela forma que te tratei na outra noite. – falou envergonhada. - Não tem problemas Regina. - Acontece que não estou acostumada a falar de certos assuntos. Você tem um conhecimento diferente do meu, viveu muito tempo na capital onde tudo é mais evoluído. Eu sempre vivi aqui com nossa mãe, amigas que pensam igual a mim e os ensinamentos das freiras. – sorriu docemente para a irmã. - Cada um é como é. Não tem que se desculpar. Antes de responder Cora entra no quarto e sorri para as filhas. - Mamãe, ainda tem aquela banheira em seu quarto? – Pergunta Lily se aproximando da mãe. - Sim, querida. - Então vou me refrescar um pouco, estou completamente suja de areia. – sorriu e saiu do quarto da irmã.     Após a saída de Lily, Regina percebe que sua mãe está triste e possui certa apreensão no olhar. E vendo sua mãe assim, todo aquele pressentimento r**m invade se peito. - O que está acontecendo mamãe? – pergunta temendo a resposta. - Filha... quando Sofia falou sobre o casamento vocês eram tão crianças e... tendo esse assunto como decidido não voltou a mencioná-lo mais e... agora que Neal voltou ela falou com ele que já estavam em tempo de casar e ele lhe disse que não lembrava desse compromisso e... – respirou fundo não sabendo o que falar mais. - Ele não quer? – perguntou Regina sentindo um aperto no peito. - Ele disse que não sabia e ... sendo assim, acho que não é prudente continuar com isso. – ao ouvir as palavras da mãe Regina desviou o olhar. - Ele quer esperar mais? – estava se segurando para chorar, não tendo uma resposta da mãe ela soube que estava tudo acabado. – Na verdade, Neal não reconhece o compromisso e não quer mais casar-se comigo. – sussurrou, mas alto o suficiente para Cora escutar. - O que faremos meu amor? – Perguntou Cora com lágrimas nos olhos. - Ele não quer.... não quer ... porque mamãe? – perguntou e voltou o olhar para a mãe que estava bastante emocionada. - Não sei meu amor. – mentiu para amenizar a dor da filha. – Também estou triste por esta decisão. - Todos esses anos... me fizeram acreditar que iríamos casar. Me impuseram isso. – deixou as lágrimas saírem. – Por que foram tão cruéis comigo mamãe? Porque? – Regina estava com o coração destroçado. - Nós também não sabíamos minha menina. – disse Cora sentando-se ao lado de Regina que ficou de costas para a mãe.. - O que será de mim agora? Todos vão falar m*l de mim... irão rir nas minhas costas. – fechou os olhos na tentativa de amenizar a dor, mas era impossível. - Não minha vida. Se nem você, nem o Neal tiveram culpa. – falou Cora chorando. – Todos gostam muito de você para falar m*l por suas costas. - Então terão pena o que é pior. – passou a mão no rosto tentando conter as lágrimas. – Porque me iludiram dessa forma? Porque faram tão cruéis comigo? Passei minha vida inteira sendo criada para esse momento e ele não ocorrerá. Por que fizeram isso? Porque? - Filha... - Quero ficar sozinha mamãe. – pediu. Cora iria falar mais, porem Regina não permitiu. – Por favor.     Assim que Cora saiu do quarto, Regina deitou na cama e desabou em um pranto sofrido. Era demais para ela saber que tudo em que acreditou durante anos não passava de um triste equívoco, todas as notícias trazidas por sua madrinha, cada foto que recebia e que a fazia ter sonhos e os mais lindos pensamentos com seu prometido, tudo isso não passava de um grande e triste engano.     Ela não sabia como seguir adiante, pois, tudo o que aprendeu fora para agradar a alguém que não teria. E todos que sempre a felicitavam pelo compromisso teriam pena dela. A morena chorou tanto que não se deu conta quando foi vencida pelo sono.   [SQ]       A taverna do povoado estava cheia de soldados e marinheiros que passavam pela cidade. Todos indo em busca de bebidas e mulheres para saciar a necessidade carnal da qual eram privados durante os meses que ficavam no mar.     Passava das oito da noite quando Emma adentrou o local, não era novidade para ninguém ter a loira ali, afinal, todas as noites ela e Ruby estavam na taverna bebendo e se agarrando com algumas garotas dali. Porém, hoje a sua ida ao local tinha outro fim. A loira passou pelo salão olhando em volta e sorrindo para algumas pessoas. Chegou ao balcão onde perguntou por Ruby e Tomy com um movimento de cabeça indicou o local. - Boa noite. – fala Emma sentando-se ao lado de Ruby. - Boa noite capitã. – Era assim que todos a conheciam na cidade por conta de seu barco. –Estava falando para sua amiga que o meu cliente está bastante interessado na mercadoria, mas segundo ele o preço está um tanto alto e ele estava querendo saber se é possível vocês darem um desconto. – disse o rapaz. - Você sabe que a mercadoria já está no cisne n***o, não sabe? – disse Emma séria. - Sim capitã.     Emma olhou para Ruby, em seguida levou os dedos à testa enquanto pensava. Já que a mercadoria estava no barco ela não poderia ficar por muito tempo com ela, e assim resolveu dar o desconto. - Posso lhe dar um desconto de 5%. – parou de falar quando sentiu mãos suaves em seus ombros, ela ergueu a mão direita como um sinal para que parasse. - Agora não Mary. – disse séria e a moça se afastou. - Está de acordo advogado Ramirez? – Olhou seria para o homem a sua frente. - Sim. – disse ele. - Assim que o pagamento for feito, meus homens farão a entrega. – fala Emma e o homem a olha com o cenho franzido. - Está desconfiando de mim Capitã? – pergunta ele ofendido. - Não... só quero que lembre que não há perdão para quem me trai. – ergueu a cabeça desafiando o homem. - Sim, todos conhecemos a senhora Capitã. – depois de tudo resolvido o advogado deixou o local e Emma e Ruby começaram a beber e aproveitar a noite.   [SQ]       Antes de dormir na noite anterior Regina havia tomado uma decisão e por isso chegou tão cedo à casa de Sofia. Estava sendo difícil enfrentar a sua madrinha, mas quanto mais rápido isso acontecer, mas rápido ela pode esquecer.     Após alguns minutos de espera Sofia aparece na sala totalmente desconcertada por encontrar Regina depois da decisão do filho. - Regina, filha que bom que veio. – sorriu sem graça. - Obrigada madrinha. – disse abraçando a mais velha. - E como está a Lily? – perguntou Sofia e as duas se sentaram um de frente para a outra. - Está bem. – disse Regina de cabeça baixa, ela não tinha condições de encarar sua madrinha sem deixar as lágrimas vir aos olhos. – Vim falar sobre a decisão de Neal de romper o compromisso. – continuou de cabeça baixa. - Entendo que para você tenha sido... - Um alivio. – interrompeu a fala de Sofia. - Alivio? – ficou sem entender. - Sim... claro que se Neal continuasse com a intenção de casar-se eu cumpriria o compromisso, mas confesso que minha verdadeira vocação não seja o matrimônio, eu vou me dedicar a vida religiosa. – Falou encarando sua madrinha. - Está me dizendo que vai entrar para o convento? – perguntou sem acreditar. - Sim, decidi que serei freira. – falou firme, tentando se convencer que era o certo a se fazer.   [SQ]       Emma caminhava na praia ao lado de Lily, desde que a loira viu a garota pela primeira vez sentiu algo que não sabia explicar, ela já teve muitas mulheres em sua cama, camponesas, prostitutas, mulheres da alta sociedade, mas nunca passava de uma noite, contudo, estava encantada pela condessa.  Lily também havia se encantado pela loira e por isso sentia uma necessidade enorme de vê-la. - Como ficou sabendo tão rápido tantas coisas sobre mim? O que mais lhe contaram?– Perguntou Emma após um pequeno relato da moça a seu respeito. - Que você se diverte bastante com as moças da cidade. – sorriu e parou em frente a Emma. - O que mais? – Perguntou a loira se aproximando um pouco mais da garota. - Que você faz alguns favores para as senhoras da alta sociedade. – Falou encarando os verdes olhos de Emma que os desviou para os lábios de Lily. A garota sentiu seu corpo se arrepiar ao perceber as intenções da loira. - Promete que você não tocará em mim. – disse tensa. Emma olhou todo o corpo de Lily se segurando para não beijá-la ali mesmo. - Não é isso que está procurando vindo atrás de mim? – perguntou a loira em um tom baixo, mas o suficiente para a garota ouvir. - Como se atreve? – perguntou a garota e virou de costas para a loira incomodada pela proximidade e a intensidade do olhar que Emma lhe lançava.     Emma respirou fundo, seu corpo estava necessitando sentir o calor que a garota emanava. Seus lábios não estavam aguentando a necessidade de provar aqueles lábios tão convidativos. Tomando coragem a loira segurou o braço de Lily e lentamente a virou encarando aqueles olhos que lhe encanta. Lily fixou o olhar ao da loira em uma conversa silenciosa. Emma pôs uma mão na cintura de Lily e a puxou de encontro a seu corpo, se a garota a rejeitasse ela não insistiria,  porém, Lily permaneceu nos braços de Emma que desviou os olhos para os lábios de Lily que como única reação espalmou as mãos nos ombros da loira. Percebendo que a garota não recuaria a Emma aproximou seu rosto ao de Lily, ambas sentindo as respirações tocarem suas peles, os corpos trêmulos desejando o próximo passo e finalmente Emma tocou os lábios de Lily docemente e não aguentando mais ela pediu passagem com a língua dando inicio a um beijo cheio de sentimento.     Lily estava a mercê dos lábios da loira se derretendo com o ato, mas ela voltou a si se afastando de Emma e saiu correndo dali sem olhar para trás.     A morena chegou em casa e correu para seu quarto, ela não estava acreditando que deixou ser beijada por uma mulher, se sua mãe soubesse disso seria capaz de batê-la. Ela sentou em sua cama fechando os olhos e veio em sua mente aqueles olhos verdes que sempre a fitava como se visse sua alma, sem perceber Lily levou os dedos aos lábios sentindo o toque macio dos lábios da loira e sem perceber esboçou um pequeno sorriso.   [SQ]       A notícia de que Regina iria entrar para o convento pegou todos de surpresa. Cora ao saber tentou de todas as maneiras fazer sua filha mudar de ideia. A senhora Mills tinha certeza que Regina estava fazendo isso por ser rejeitada por Neal e para que seus amigos e o povo da cidade não sentisse pena dela. Ela via que sua filha estava triste, mesmo Regina dizendo o contrário, mas todos viam como a morena falava sobre o matrimônio, sobre o sonho de ter filhos com seu amado e construir uma família feliz.     Lily que estava em seu quarto, desceu assim que ouviu a pequena discussão entre Regina e a mãe. Ao chegar à sala percebeu que Cora tinha os olhos marejados. - O que está acontecendo aqui? – perguntou ela assim que terminou de descer os degraus.  - Sua irmã que insiste em entrar para o convento. – falou Cora chateada. - Como assim, Regina? – ficou boquiaberta. – E o casamento? – se aproximou da irmã. - Percebi que minha vocação não é o matrimônio. – falou decidida. - Mas voc... - Já chega! Está decidido e já fui falar com a madre superiora e ela me aceitará de bom grado. – Falou interrompendo a Irmã.     Lily ficou sem reação ao ver sua irmã agindo dessa forma, não era possível que a Regina com quem ela falou ontem, tão apaixonada e feliz pela volta do noivo tenha tomado essa decisão. Ela sabia que algo sério aconteceu e iria descobrir o que era.     Regina saiu a passos largos para o quarto, sua decisão estava tomada ela só pedia para não se arrepender depois. A morena se jogou em sua cama e se permitiu chorar. Ela estava devastada, não sabia se amava Neal, afinal, nunca havia sentido isso antes, porém, sentia um carinho muito grande pelo rapaz, festejava cada conquista dele nas forças armadas, cada noticia que sua madrinha trazia sobre o prometido aquecia seu coração, a cada foto que recebeu durante todos esses anos e se via encantada por sua beleza e seu coração se aquecia a cada vez que pensava em reencontrá-lo. Mas, agora como seria esse reencontro? Como ela iria agir ao ver seu querido Neal de perto? Ela não iria suportar ver o rapaz que aprendeu a admirar casado com outra mulher, não, isso seria doloroso e humilhante demais para ela.     Regina passou a tarde em seu quarto, na cama, sentindo sua dor sair em cada lágrima que descia de seu rosto.   [SQ]       Emma e Ruby caminhavam pela pequena feira que havia na cidade. Vinham falando sobre o novo trabalho que lhes trariam muito dinheiro, quando Emma avistou a garota que povoava seus pensamentos nos últimos dias. Ela estava linda ao lado de sua criada escolhendo algumas roupas. A loira estava hipnotizada com tamanha beleza quando foi acordada pela voz de Ruby. - Emma, você ouviu alguma coisa do que eu disse? – perguntou a morena. - Oi, sim Ruby. – falou, mas não desviou os olhos de onde Lily estava. Ruby olhou na direção em que Emma olhava e viu a garota que sorria discretamente para a loira. - Já vi que achou mais um alvo? – brincou com a loira. - Vamos a taberna tomar uma cerveja. – mudou de assunto apressando os passos, mas olhou uma última vez para Lily e lhe sorriu de canto.     Quando a loira adentrou a taberna avistou Mary servindo alguns senhores e com o semblante sério foi em direção a uma mesa onde sentou com Ruby a sua frente. Mary se aproximou das duas com um sorriso nos lábios como sempre fazia quando via Emma. - O que está fazendo aqui em baixo? – perguntou Emma séria. - O Tomy teve que sair e pediu para que eu ficasse aqui no lugar dele. – falou a moça ainda encantada com a loira. - Já disse que não quero você aqui, Mary. – Continuou Emma. - Há essa hora não tem muitas pessoas. - Não me importa a quantidade de pessoas. Eu quero que volte para o andar de cima agora Mary. – Ordenou à loira e Mary a obedeceu inconformada.     Emma não gostava que Mary ficasse naquele ambiente onde as pessoas só iam para procurar diversão. Mary era uma menina inocente e muito nova para ficar perto de bêbados nojentos que só pensam em sexo e encher a cara. A loira temia que a jovem fosse assediada ou tomada a força por um desses homens. - Henry, me traga duas cervejas, por favor. – pediu Emma e o garoto de aproximadamente 15 anos foi buscar a bebida. - Porque você ainda deixa Mary ficar aqui? – perguntou Ruby. - E onde mais ela poderia ficar? – Perguntou a loira tomando um gole da cerveja que o garoto havia trazido. - Na sua casa. – disse o obvio. - Lá não é lugar para ela. – disse séria. - E você acha que aqui é seguro? – perguntou a morena também bebendo de sua cerveja. - Pelo que sei pago ao Tomy para ela ficar segura aqui, não? - E quando embarcamos? – perguntou Ruby, mudando de assunto. - Em duas semanas. – respondeu Emma sorrindo. - Dessa vez carregaremos uma grande carga. – bebeu um gole da bebida. – E com isso ficaremos ricas. – Falou erguendo a caneca de cerveja sorridente. - Sim, se der tudo certo conseguiremos muito dinheiro. – também ergueu a caneca e tocou na de Ruby que ainda estava no alto e em seguida viraram todo o líquido pedindo mais uma caneca em seguida. - Agora me diz o que está acontecendo entre você e condessinha? – perguntou Ruby. - Nada. – disse Emma olhando para a caneca em sua mão. - Eu te conheço bem loira aguada. – brincou. – percebi muito bem seus olhares. - Não está acontecendo nada. – bebeu. – Mas não vou negar que ela me chamou a atenção. – sorriu boba. - Vejo que Emma Swan pode estar se apaixonando. – alfinetou e recebeu um leve soco no ombro. - Talvez, mas ela não é para mim. Ela é rica eu sou uma simples capitã que vive de maneira, digamos... nada convencional. - Talvez você esteja enganada. - O que quer dizer com isso? – Emma arqueou uma sobrancelha. - Pelo que fiquei sabendo, a algum tempo elas perderam sua fortuna, e só moram naquela casa porque a Sofia irá casar seu filho com a filha mais velha da condessa, dando a casa de presente a elas. – afirmou Ruby. - Com o Neal Nolan? – perguntou a loira abandonando a caneca em cima da mesa. - Se você conhece outro filho da Sofia? – ironizou Ruby. - Ele já voltou? – perguntou interessada. - Não, mas chegará em breve. – disse Ruby pedindo mais uma rodada de bebidas. - E desde quando você está sabendo tanto a respeito da alta sociedade da cidade? – brincou Emma. - Desde que minha prima Belle começou a trabalhar na fazenda da poderosa Dona Sofia. – gargalhou. – Sempre que vou a casa da minha tia, conversamos bastante.   [SQ]       Após voltar da taberna, Emma resolveu dar um mergulho no mar que tanto amava. Quando estava naquelas águas à loira se sentia viva, livre, como se o mar fosse uma extensão de seu corpo. A loira perdia horas e horas nadando nas águas refrescantes do oceano. Quando ela resolve sair do mar avista uma pessoa deitada na areia e seu sorriso se alarga quando ela reconhece Lily. Sem demora a loira vai em direção à garota que estava de olhos fechados. - Resolveu apreciar o sol? – pergunta parando em frente a Lily.     A garota toma um pequeno susto, mas ao abrir os olhos fica sem reação ao ver a loira apenas com as roupas de baixo que consistia em um short até a altura de suas coxas e uma camisa sem mangas, as duas peças finas e muito transparentes por estar molhada desenhando o corpo escultural da loira. Emma percebe que a garota a fitava com olhos de cobiça e sorriu. - Está muito calor, porque não vem nadar comigo um pouco? – pergunta à loira. - E...eu tenho medo de entrar no mar. – disse encabulada. - Não se preocupe, não deixarei que nada de m*l lhe aconteça. – disse a loira estendendo a mão para Lily.     A morena esboçou um pequeno sorriso e segurou a mão de Emma. A morena tirou suas roupas ficando apenas com as peças de baixo que diferente das de Emma eram um pouco mais longas na parte de baixo indo até abaixo dos joelhos e a parte de cima era um corpete de algodão branco.     Elas seguiram de mãos dadas até a agua, no inicio Lily ficou um pouco receosa, mas com o passar dos minutos se soltou mais. Elas mergulhavam e emergiam sempre sorridentes, em poucos minutos já estavam brincando de jogar água uma na outra. Quando a morena começou a sentir um pouco de frio ela resolveu sair da água e ficou observando Emma dar seus últimos mergulhos.     A loira foi em direção de Lily que a observava com um sorriso nos lábios, assim que estavam próximas perderam-se uma no olhar da outra. Nesse momento Emma soube o que queria, ela queria Lily para si e iria tê-la de uma forma dou de outra. Lentamente a loira levou uma mão ao rosto de Lily que pôs o peso da cabeça na palma da capitã apreciando as carícias. A loira sorriu e aproximou seus corpos dando inicio a um beijo cheio de desejo, devagar Emma deitou a morena na areia e se pôs sobre seu corpo sentindo a pele de Lily se arrepiar. A partir dai, nenhuma das duas conseguiu segurar o desejo e Emma a tomou para si, tomou Lily como sua mulher, se apossou de cada parte daquele corpo que fazia seus músculos colapsar. E Emma a invadiu, a invadiu de uma forma que julgara jamais ter feito isso com mulher alguma. Passaram um bom tento se entregando ao desejo, sem reservas, sem medo.     Lily tinha o corpo colado ao da loira que fazia carinho em seus cabelos. Ela sorria abertamente por ter se entregado a loira que fez sua sanidade ir para o espaço. Emma se afastou da garota e a olhou nos olhos. – Agora você é minha. – deslizou as costas da mão pelo rosto de Lily. – Minha e não quero que ninguém a toque. – Ordenou e selou os lábios da morena.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD