Capítulo 2

4480 Words
  - Storybrooke dias atuais – - Senhora Mills. Senhora Mills. – Entra a empregada da família correndo com uma carta nas mãos. - O que aconteceu Sandra? – pergunta Cora vindo da cozinha. - O carteiro deixou isso para a senhora. – disse a garota entregando a carta a Cora. - É da Lily. – falou sorrindo. - Onde está a Regina? – perguntou animada. - Está na praia senhora. - Vá chamá-la, por favor. – após a garota sair Cora sentou-se no sofá e começou a ler a carta da filha.     Desde que a senhora havia mandado Lily para a capital, Sofia quitou a hipoteca da casa da prima e a deu de presente para Cora como acerto do acordo de casamento de seus filhos. A senhora Mills continuou a morar nela tendo a companhia da filha todos os finais de semana e Regina morou com a tia até alcançar a maioridade e assim aprender sobre todos os gostos e manias de Neal. E desde então Regina criou a imagem de um noivo perfeito e se dedicou ao máximo para aprender tudo que lhe era ensinado para agradar de todas as formas seu futuro marido, mesmo que eles só tenham se visto por duas vezes durante esses anos.     Regina Mills agora com 21 anos tornou-se uma moça muito bonita e bastante meiga, amava livros na maior parte romances e graças a tais livros era bastante sonhadora e acreditava no amor. Fora criada dentro da religião católica e é muito temente a Deus e por isso acredita que com o casamento irá ser a mulher mais feliz e amada de todo povoado.     A morena estava agora na praia, sonhando com o dia em que reencontraria seu amado Neal e finalmente pudessem se casar e esse dia não estava distante, já que Neal havia enviado uma carta para a mãe dizendo que seu período na marinha americana estava concluído. A garota foi tirada de seus devaneios por Sandra que chegou correndo a seu lado. - Senhorita Regina, sua mãe está lhe chamando. – falou Sandra quase sem fôlego. – Chegou uma carta de Lily.     Ao ouvi a noticia, a morena saiu correndo de volta para sua casa e encontrou a mãe sorrindo com as palavras descritas na carta. - O que disse a Lily? – perguntou sentando-se ao lado da mãe. - Que está muito feliz. – sorriu. – que está indo a muitas festas e fazendo muitas compras com sua prima Tinker. – falou Cora pondo a carta no colo e olhando para Regina. – Sua irmã se tornou uma pessoa que se apega muito a coisas artificiais. As vezes me pergunto se fiz a coisa certa manda-la para a capital quando ainda era uma menina. – falou preocupada. - Claro que sim mamãe. E também lá é mais fácil ela encontrar um bom partido. – Falou Regina segurando a mão da mãe. - Talvez, mas duvido que ela tenha tanta sorte como você meu amor. – falou a senhora amavelmente. - Claro que não, acho que não há outro igual à Neal. – Regina sorriu sonhadora.                                                                                             [SQ]   -Boston-     Lily estava em mais uma festa de uma das famílias mais importantes da capital. Estava acompanhada de sua prima Tinker e de Mag sua amiga de infância. Estavam rindo e falando de assuntos triviais. - Você não tem nenhum pretendente ainda Lily? – perguntou Tinker. - Pretendente não, mas sempre tem uns rapazes que me olham com curiosidade. E muitas vezes eu retribuo aos olhares e em outras vezes até ergo um pouco a saia para ver a reação deles. – Sorriu ao ver a cara de espanto da prima.     Na época em que vivem as moças sempre usam vestidos muito longos e compostos. As poucas mulheres que ousam um pouco mais nas vestimentas, eram encaradas de outras maneiras e por serem consideradas vulgares não eram respeitadas pela sociedade.     Lilith Mills é uma moça de 18 anos que só pensa em curtir a vida com muitas festas e compras, nunca foi muito ligada a religião, muito menos aos valores da sociedade. Seu verdadeiro interesse era encontrar um jovem bonito e rico para poder continuar desfrutando do luxo e dos sabores da vida. - Lily se a mamãe vir você fazendo isso estará em maus lençóis. – disse Tinker. - Ai Tinker se isso acontecer eu digo que uma formiga me picou. – sorriu. - Olha quem está ali. É o Gold. – disse Mag e as outras duas olharam para o rapaz. - E quem é aquele que está com ele? – perguntou Lily interessada. - Não acredito. É o Neal Nolan. – falou Tinker ao ver como o garoto se tornou um jovem bonito. - Neal? – perguntou Lily encarando ele.     Ao perceber que as moças os olhavam Gold perguntou a Neal se ele gostaria de conhece-las, pois ele tinha percebido como o amigo não parava de olhar para Lily. Quando o rapaz concordou eles foram andando em direção a elas. - Boa tarde Gold. – falaram as três. - Boa tarde senhoritas. – Respondeu o rapaz. – Esse aqui é um amigo meu que deseja conhece-la Lily. – disse ele olhando para o amigo. - Neal Nolan. A seu dispor. – completou ele beijando a mão de Lily. - Não acredito que não se lembra de mim? – sorriu. – Sou Lily Mills, filha de sua tia Cora. - Lily. – falou ele encantado.                                                                                       [SQ]   - Storybrooke-     Regina estava lendo um livro quando sua amiga Zelena entre sorrindo em sua casa. As amigas se abraçaram e sentaram uma de frente para a outra. - Regina, você não sabe o que Julia me falou agora? – falou animada, pois sabia que sua amiga ficaria feliz com a notícia. - A Julia? Então ela já chegou da capital? – Regina estava animada. - Sim e disse que encontrou o Neal. - Neal, sério? Então ele já voltou. – ficou animada - Segundo ela, ele está muito bonito e elegante com seu uniforme da marinha. E todas as moças ficam suspirando quando ele passa. Você não fica com ciúmes? - Ciúmes porque? É mais que aceitável que as mulheres fiquem interessadas, ele se tornou um homem muito bonito. – Suspirou. – Ai Zel, se ele voltou logo irei velo. – fechou os olhos imaginado o encontro. – Faz tanto tempo. Será que ele lembrará de mim? – perguntou receosa. - Ai Regina, claro que sim. Provavelmente ele deve ter milhares de fotos, assim como você tem dele. – falou o óbvio. - Pelos céus Zel, sete anos. – suspirou. – sete anos sem ve-lo. – sorriu abertamente com a notícia.                                                                                               [SQ]   - Boston- - É verdade que Neal está prometido a sua irmã Regina? – Perguntou Tinker entrando com Lily em seu quarto. - Sim, minha mãe e minha tia firmaram esse compromisso quando éramos pequenos. – Falou Lily sentando em uma cadeira em frente a Tinker. - Sua irmã é uma mulher de sorte. Neal é muito bonito e bastante rico. – sorriu. - Sim, mas não sei como podem dar certo em um casamento em que os noivos m*l se conhecem. Faz aproximadamente sete anos que eles não se encontram. – Falou Lily com desdém. - Eles estarem longe não os impede de estarem apaixonados. – observou Tinker. - Por favor, Tinker, para se amar alguém é preciso que haja convivência, conversas, declarações, ações e beijos. – disse a última palavra em um sussurro e gargalharam. – E conhecendo a tonta da minha irmã, tenho certeza que entre eles não teve nem sequer um aperto de mão. – mais risadas.                                                                                               [SQ]       Gold e Neal estavam bebendo Whisky na casa do jovem Nolan, falando sobre as aventuras de Neal enquanto estava na marinha. E com muita curiosidade Gold quis saber mais sobre a história dele com a família Mills, já que o rapaz estava bastante envolvido com Lily. - Quer dizer que Lily é de Storybrooke também? – perguntou Gold. - Sim, nossas mães são primas legítimas. – Serviu mais um pouco de bebida ao amigo. – A última vez que as vi eram franzinas e veja só como Lily está uma mulher. – falou Neal sorvendo um pouco da bebida. - Se eu fosse você a roubava de vez. – brincou Gold. - Não é necessário tanto. – Sorriu Neal. - Para você talvez, que é um homem jovem e rico. No meu caso se eu não encontrar logo uma mulher rica irei falir rápido. – Falou divertido. – Por isso, saúde pelas feias e ricas. – falou Gold e gargalharam.                                                                                               [SQ]   - Storybrooke- - É verdade que Neal já voltou? – perguntou Cora a Regina. Elas estavam jantando. - Sim, a Julia o viu em Boston. – falou triste. – Mamãe, por que o Neal nunca me escreveu? Será que ele desistiu do casamento? – Regina estava com um mau pressentimento. - Não filha, muitas pessoas não gostam de cartas, preferem falar o que sentem pessoalmente. E além do mais, sua tia Sofia sempre nos trazia notícias sobre ele. – Tentou animar a filha. - Mas eu acho que a primeira pessoa, a saber, de sua volta seria eu, afinal, iremos nos casar assim que ele chegar ao povoado. – suspirou. – Confesso que fiquei um pouco m*l ao saber de sua chegada por uma de minhas amigas e não pela tia Sofia. – A morena mais nova estava triste. - Não se preocupe meu amor, sua tia é uma mulher atarefada, provavelmente não teve tempo de vir nos visitar.     Após o jantar Regina seguiu para seu quarto e enquanto o sono não chegava ela ficou pensando em como deveria estar seu noivo, se ele ainda a queria casar com ela, se ela iria lhe agrada-lo como esposa. - Ai, que isso Regina. Se a própria mãe de Neal a educou para saber todos os gostos dele. Como ele não iria casar-se? Se desde pequeno estavam prometidos. – pensou ela e em seguida fechou os olhos esperando o sono chegar.     A manhã chegou rápido, Regina já estava de pé terminando seu banho matinal quando Sandra entra em seu quarto informando que Dona Sofia a estava esperando. A morena apressou-se em findar o banho e logo desceu para receber sua madrinha. - Madrinha como estou feliz em vê-la. – disse a garota a abraçando. - Também estou feliz em vê-la minha filha. – Retribuiu o abraço. – E sua mãe? – perguntou sentando no sofá. - Sandra disse que ela foi à praça, mas logo estará de volta. – Regina sentou- se em frente à Sofia. - Não poderei espera-la. Só vim informa-la que Neal já esta na capital e eu estou indo encontra-lo. – sorriu. – Não aguento mais tanta saudade de meu filho. – Concluiu. - Eu já sei. – falou Regina sorridente. – Julia chegou ontem da capital e disse que o viu. - Ai minha filha, não vejo a hora do casamento de vocês, irei aproveitar que estarei na capital e já irei encomendar o seu vestido, ela será lindo, digno de uma rainha. Espero que você seja a melhor esposa que meu filho possa ter. – brincou e arrancou um sorriso largo de Regina. - Não tenha dúvidas quanto a isso madrinha. Eu serei a esposa perfeita para Neal, exatamente como a senhora me ensinou. – falou sonhadora. -Boston-     Já era fim de tarde e Neal estava voltando para casa, o rapaz não aguentou ficar longe de Lily e foi visita-la, ele estava completamente encantado com a moça. Não via a hora de voltar para Storybrook e pedir a sua mão em casamento.     Quando ele entrou em casa ficou muito feliz em encontrar sua mãe na sala o esperando. Sem demora ele correu e envolveu Sofia em um abraço repleto de saudades. - Mamãe, por que não avisou que vinha? – perguntou ele ao afastarem-se. - Ah meu filho, as cartas demoram muito para chegar a seus destinos. E não se preocupe, a viagem foi tranquila. – falou ela acariciando o rosto do filho. - A senhora veio de trem? – perguntou ele. - Sim, a estação estava um pouco tumultuada, mas encontrei alguns conhecidos e uma delas foi Lily Mills que estava voltando para Storybrook. – comentou ela. - A senhora a viu? – perguntou com um sorriso. - Sim se tornou uma moça linda. – falou ela. - Sim minha mãe, ela é uma mulher linda e estou apaixonado por ela como um louco. – falou animado, porém, Sofia foi pega de surpresa e como reação ela sentou-se lentamente no sofá sem acreditar no que acabara de ouvir. - O que disse? – perguntou ela incrédula. - Que estou apaixonado por Lily e quero me casar com ela. – falou ainda sorrindo, sem perceber a reação da mãe. - Filho... você não pode casar com a Lily. - Porque não? Ela não é comprometida. – Não estava entendendo o porquê da recusa de sua mãe. - Mas você é! – disse firme. - Eu? - Sim, com Regina a irmã de Lily. - Mas eu não sabia disso mamãe. - Claro que sabia. Desde pequeno eu te disse que eram comprometidos. – falou o obvio. - Quando se é criança escutamos muitas coisas. Mas eu não sabia que isso era sério, pensei ser um desejo seu apenas. - Mas filho, Regina está em Storybrooke esperando sua volta para poder casar-se. – Sofia já estava impaciente. - Por que não me falou novamente sobre esse compromisso mamãe, eu não lembrava sobre isso. – passou as mãos nos cabelos. – E outra, eu não quero me casar por um compromisso firmado há anos. Eu quero me casar com alguém que eu ame e acredite quando digo que amo Lily e é ela que quero como esposa. – falou firme. - Mas Neal.... - Não tem mais mamãe. Já está decidido, quando regressar a Storybrooke pedirei a mão de Lily a tia Cora. – Falou levantando-se. - E como fica a Regina? Ela te espera com tanta vontade, além do mais é uma moça lindíssima, bem criada, fala francês, toca piano, tem mãos de fada para os trabalhos manuais, é uma moça recatada e muito meiga. – Sofia tentava convencer o filho, mas sabia que não havia mais nada a fazer sobre esse assunto. - Fale com ela e explique a situação. Só me casarei com a Lily que é quem eu amo. – Concluiu Neal e se retirou para seu quarto.                                                                                                 [SQ]   - Storybrooke-     Cora estava entre as lojas do povoado providenciando os preparativos do casamento de Regina e ao terminar o que estava fazendo resolveu ir ao escritório do advogado Noel Mancera para resolver o último ponto que faltava.     Agora ela se encontrava em uma das cadeiras do escritório aguardando o advogado que não tardou em recebê-la. - Não precisava ter vindo senhora Mills, eu poderia muito bem ir a sua casa. – disse gentilmente. - Não tem problema Noel, eu estava no comercio. – sorriu. - E em que posso ajuda-la? - Não sei se já ficou sabendo que Neal voltou da Europa? - Sim, as noticias correm em um povoado tão pequeno. – sorriu gentilmente. – E como está a Regina com a notícia? - Muito feliz e nervosa. Já estamos preparando tudo para o casamento. - Bem, se Neal Nolan continua gentil como quando era menor, tenho certeza que sua filha será muito amada e feliz. – disse ele sorrindo. - O senhor é muito gentil. - devolveu o sorriso. – É por isso que vim vê-lo. Gostaria de saber se tem como o senhor providenciar que eu receba a pequena quantia que tenho no banco, mesmo Sofia não ligando para dinheiro gostaria de oferecer como dote, assim, Regina não se sentirá diminuída. - Creio que sua filha tem todas as qualidades para agradar seu noivo, mas se a senhora quer o dinheiro providenciarei agora mesmo o pedido ao banco. – disse ele indo para sua cadeira atrás da mesa para preparar os documentos para o banco.                                                                                              [SQ]       Era fim de tarde quando Lily chegou a casa de sua mãe. Assim que Regina pôs os olhos em sua irmã foi correndo abraça-la, fazia um ano que elas não se viam e Regina sentia falta de sua irmã mais nova, mesmo que essa não sentia o mesmo. - Ai Lily que saudade. – disse Regina animada ainda abraçada à irmã que não retribuiu o abraço. - E mamãe onde está? – perguntou ela se desfazendo do contato. - Já está descendo, Sandra foi avisá-la. – disse sorrindo. - Aqui está fazendo muito calor não? – disse se abanando com o leque. - Estamos no litoral e depois esse seu vestido é lindo, porém, muito grosso para o clima de Storybrooke. Quer um copo de suco? – perguntou Regina se servindo. - Não obrigada. - Filha. – disse Cora descendo as escadas e abraçando a filha mais nova. - Como está mamãe? – perguntou dando um sorriso de canto. - Melhor agora que você está aqui conosco. Assim ajudará com os preparativos do casamento. – sorriu e pegou um copo de suco que Regina lhe ofereceu. - Sabia que Neal está na capital? – perguntou Regina. - Sim, eu o encontrei em uma festa. - É? E o que ele disse? – Regina alargou ainda mais o sorriso. - Nada, me cumprimentou apenas. – mentiu.     s três mulheres ficaram até a hora do jantar conversando na sala, Lily falando sempre de todas as festas que ia e que não teria a mesma sorte em Storybrooke. Falou da moda da capital, das amigas que deixou por lá.     Após o jantar, Regina foi com ela para seu quarto e assim poderia ajuda-la a guardar suas coisas. A morena não poderia estar mais feliz, sua irmã estava em casa, seu noivo chegaria em breve e por fim eles se casariam e seriam muito felizes. - Você o quer muito? – perguntou Lily enquanto guardava suas roupas no armário. - Como não quere-lo se é meu prometido e logo será meu marido? – falou feliz. - Como pode querê-lo tanto se vocês m*l se conhecem? - Talvez você tenha razão, mas eu sinto um carinho tão grande por ele e se ele não sentisse o mesmo já estaria comprometido não acha? – perguntou Regina encarando a irmã. - Você está certa. - Estou tão feliz Lily, quase não consigo dormir e quando fecho os olhos e penso que voltarei a vê-lo sinto até calafrios. – falou fechando os olhos. - Nossa nunca vi tanto entusiasmo. – sorriu para a irmã. - Não pense bobagens. - sorriu sem graça. – É apenas um sentimento natural e sem segundas intenções por meu prometido, pelo futuro pai de meus filhos. – disse Regina se sentando em uma poltrona. - Ah! A casta e pura Regina. – gargalhou. – Você não me engana, sei que sente vontade de sentir seus beijos, seu corpo em contato com o teu. – insinuou maldosamente. - O que é isso Lily? É isso que se ensinam no colégio da capital? – falou Regina chateada e envergonhada. - Não. Isso aprendemos fora do colégio, nas festas, nas conversas com as amigas. – falou sem culpa. - Pois são sentimentos obscenos, pecaminosos. – disse séria. - Mas são reais. - Vou deixar você descansar. Amanhã conversamos. – disse Regina indo dar um beijo em Lily e em seguida saiu do quarto. - Hipócrita! – sussurrou Lily quando se viu sozinha no quarto.                                                                                               [SQ]       Lily não conseguiu dormir direito por conta do calor que fazia no litoral e assim que o sol raiou ela fez sua higiene matinal, tomou seu dejejum e foi caminhar na praia, iria aproveitar que o sol não estava tão forte. Ela caminhou quase uma hora sem se preocupar com nada, afinal, Storybrooke apesar de ter muitos arruaceiros e contrabandistas não era uma cidade perigosa, mesmo para uma moça sozinha.     Ela avistou de longe uma casa que ficava em cima de uma pedra e sua curiosidade a fez ir mais perto. Quando estava a certa distância avistou uma pessoa na propriedade, não dava para ver direito, mas parecia um rapaz ao levar em conta as roupas que vestia. Ele tinha os cabelos loiros e longos, vestia uma calça marrom bem justa ao corpo e uma camisa branca de mangas compridas, não conseguiu ver seu rosto.     Continuou olhando e apertou os olhos quando a tal pessoa tirou as roupas e entrou em uma tina e começou a banhar-se. Ela tentou prestar atenção, mas a pessoa estava de costas e não dava para ver mais que isso. Ela se escondeu atrás de uma árvore para não ser descoberta e continuou a olhar.     Dentro da tina estava Emma Swan, uma linda mulher de cabelos loiros e um corpo bem definido que mesmo sendo mulher deixava as moças da taberna e algumas nobres damas bem interessadas. Enquanto se banhava ela percebeu alguém escondido atrás da árvore e como ela sempre foi destemida e gostava de provocar resolveu ver a reação da tal moça. - Ruby! – Gritou Emma levantando-se completamente nua. - Ai mulher! Já disse que você não me conquista se exibindo assim, você é uma irmã para mim. – Brincou a morena ao chegar perto de Emma. - Deixa de ser i****a, você já me viu assim várias vezes. – sorriu. – E não é para você que eu estou me mostrando. – Falou e a morena franziu o cenho. – Tem uma garota me espiando atrás daquela árvore. – Sorriu e indicou com a cabeça. – Quero que a siga e veja para onde irá. Ruby saiu e ficou observando o próximo passo da garota.     Assim que Lily viu que era uma mulher e não um homem como ela imaginava, foi embora envergonhada. Mesmo sentindo vontade de continuar a observar a loira que lhe chamou atenção.                                                                                       [SQ]       Lily estava escovando o cabelo em seu quarto enquanto Sandra fazia sua cama. A garota mesmo sabendo que a dona da casa da praia era uma mulher, ficou curiosa para saber quem era, ela não sabe o que estava sentindo, mas com certeza voltaria para a praia e tentaria descobrir algo. - Sandra, a quem pertence aquela casa da praia que fica em cima de uns rochedos? – pergunto fingindo desinteresse. - Aquela que fica mais afastada? - Sim, aquela. - Ai menina, não volte mais lá, pode ser perigoso. – falou a criada mostrando preocupação. - Por quê? – quis saber. - Porque lá mora uma mulher muito má. Ela pode fazer algo contra você, ela é o próprio demônio, todos tem medo dela. – disse por fim. - Como se chama? – estava curiosa. - Emma Swan e dizem que ela se deita com as mulheres como se fosse um homem. – falou a criada assustada. - por que quer saber? – perguntou olhando a garota. - Por nada. Só fiquei curiosa. – disse e olhou seu reflexo no espelho esboçando um pequeno sorriso.                                                                                       [SQ]   Emma estava em sua mesa conferindo alguns documentos quando Ruby chega a seu lado. - Descobriu quem é a moça? – perguntou Emma sem tirar os olhos dos papeis. - Ela entrou na casa da condessa Cora Mills. - E o que mais? - Bem ela entrou pela porta da frente, deve ser uma de suas filhas. – falou Ruby. - Quantas filhas ela tem? – Perguntou Emma olhando para a amiga. - Duas. - Ok! Agora vou precisar que você vá à taverna e leve esses documentos. – disse a loira entregando alguns papéis a Ruby.                                                                                           [SQ]       Cora estava na casa de Sofia, pois a prima pediu que fosse vê-la com urgência. Estava feliz com a volta da prima, provavelmente ela queria falar sobre o casamento de seus filhos. A espera não foi longa, logo ela viu Sofia descendo as escadas e foi ao seu encontro. - Prima. – disse Cora dando um beijo em seu rosto. - Como está Cora? – retribuiu ao beijo. – Desculpa se mandei chama-la. - Não tem problema. Quando chegou? – perguntou enquanto estava indo sentar. - À noite, foi uma viagem muito cansativa. – Disse Sofia assim que sentaram. - E como está Neal? Conta-me. – pediu animada. - Está bem graças a Deus. – falou sem graça, pois, sabia que a prima ficaria triste com as notícias. - E quando chega? - Final de mês. - Regina está tão nervosa, não vê a hora de encontrar o noivo. – falou sorrindo, mas esse sorriso não durou muito, pois percebeu que Sofia estava estranha. - Sim... imagino. – falou sem encarar Cora. - Sofia, o que está acontecendo? – mudou drasticamente suas feições. - Não sei nem como te falar prima. – olhou para o chão. - O que aconteceu? - É que... Neal não quer mais se casar com Regina.  – Sofia voltou a encarar Cora. - Mas por quê? – perguntou Cora atordoada. - Como eu te disse, não sei como te encarar, pois creio que eu tenho culpa. Para mim o compromisso já estava certo e não voltei a falar sobre esse assunto com Neal. – respirou fundo. – Acontece que ele esqueceu e não quer cumprir. – falou sem graça. - Céus! – falou segurando as lágrimas. - E... ainda não te disse o pior. - E o que seria pior que isso? - É que... em Boston ele conheceu uma moça e está apaixonado e... quer que eu peça a mão dela. – falou Sofia e Cora sorriu com deboche. - E quem é ela? – A senhora não soube por que quis saber dessa informação, mas a pergunta saiu automática. - Não irá acreditar prima... se trata de ... Lily. – falou e Cora ficou paralisada por uns segundos e em seguida levantou e começou a andar de um lado a outro. - Pelos céus Sofia, não saberei como contar isso a Regina, ela ficará devastada. – disse Cora desestruturada, sua filha foi criada e educada todos esses anos para o casamento. – Não tem como ele muda ideia Sofia, despois que eles se encontrarem? - Não sabe como sinto pena Cora, mas eu fiz de tudo para convencê-lo, contudo Neal está decidido. – Sofia realmente estava triste. – Se servir como consolo, diga a Regina que eu pessoalmente procurarei um bom partido e linda como é não faltarão pretendentes. - Está bem Sofia, só... só não diga a Regina que se trata de Lily, pelo menos por enquanto. – pediu Cora ao sentar em frente à prima.     Cora sabia que Regina sofreria muito com a decisão de Neal e isso a estava destruindo, ela não queria imaginar sua doce e inocente Regina sofrendo desta forma. Porém, não poderia arruinar o futuro de sua filha mais nova, se Neal e Lily estivessem apaixonados iria apoiar a filha.                                                                                          
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