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Siga-Me Se Quiseres

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Romance policial

Enigmas por resolver e indícios por decifrar num envolvente percurso entre lugares misteriosos e perturbantes segredos. Siga, se quiseres, os dois protagonistas num premente romance rico em lances teatrais e onde nada é como parece. Lisboa. Uma inquietante vivenda, um homem vestido de preto: de um momento para o outro um baque seco e sangue por todo o lado na calçada. É encontrado assim o corpo sem vida do chefe de uma perigosa seita paga, precipitado a partir do terceiro piso. Homicídio ou suicídio? Siena. «Lembras-te de mim?» é a pergunta com a qual Chiara, desaparecida há anos, apresenta-se ao Francesco, convidando-o para segui-la numa viagem para indagar sobre o mistério que se esconde por detrás daquela estranha morte. Começa desta maneira um novo empolgante desafio para Francesco, o bancário detetive, envolvido numa mortal caça ao tesouro pela amada Chiara. O mistério adensa-se quando todos os indícios levam à França, numa cidadela medieval secreta, e depois à uma ilha perdida no mar da Croácia, onde há apenas um único edifício: um farol…

PUBLISHER: TEKTIME

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Prólogo
PrólogoQuinta-feira, 13 de agosto de 2020 “Finalmente percebi” Repete de si para si um homem enquanto percorre com um passo incerto na avenida da Liberdade: trazia na mão uma velha pasta em pele castanha. As luzes fracas da noite circundam a figura do mistério, uma fresca brisa proveniente do mar encana-se nas ruas de Lisboa. Ribomba a ruido feito pelo elevador da Gloria, o funicular que se escala a partir da Baixa sobre um dos outeiros da capital portuguesa. O ancião apoia-se na bengala com a mão, com a outra agarra a haste para subir; na tentativa a pasta abre-se e o conteúdo cai no chão. UM rapaz alto, vestido de preto, ajuda-o a apanhar os papéis espalhados, não sem ter dado antes um relance de olhos à folha por cima. O estranho veículo amarelo parte, de um momento para o outro abranda, pouco mais ou menos refreia-se, parece não conseguir chegar em cima, depois com um sopro retoma a subida. O homem finge de estar a reparar fora através da janelinha, observa realmente os outros passageiros: fixa preocupado o jovem que o tinha ajudado. O Bairro Alto é pitoresco para os turistas, mas percorrer aquelas vielas m*l iluminadas não é tranquilizador nem tão-pouco para mestre de Krav Maga, a arte de combate do exército israelita. O ancião acelera o passo, até que alguém na rua do Norte pega-o pelos ombros. «Italiano? Jantar ao espetáculo de fado?» Para ser claro um daqueles “provedores” que se estacionam por fora dos restaurantes típicos; aquilo na verdade não é um restaurante para turistas, mas a Adega Machado, a mais antiga CASA do Fado de Lisboa. «Não, obrigado, não tenho fome.» O empregado de mesa insiste mostrando as fotos das antigas exibições de Amália Rodrigues e Marceneiro, celebres fadistas, desconhecidos aos demais. “O fado é como o jazz: uma música lindíssima, que não deixarias de forma alguma de escutar...mas apenas durante três minutos” pensa o homem. E depois não se tem o tempo para comer o bacalhau de costume escutando aquela triste lengalenga portuguesa. Com um sacão distancia-se do restaurante. O vento parece empurrá-lo para cima, para uma obscura subida até a um prédio todo azul. «Abram, já voltamos» Grita a partir da janela entreaberta no segundo piso. UM jovem claramente em sobrepeso desce os degraus dois a dois. Chega ofegante ao portão da entrada. «Sua Santidade.» UMA longa inclinação acompanha a entrada do homem. «Feche a porta! Nos seguiram.» «Aqui está seguro. Protegeremos com a nossa vida a sua sagrada pessoa.» O ancião conhece há bastante tempo Bruxa, o referente chefe para Portugal da Hermetic of the Golden Dawn, a ordem neopagã da qual é líder indiscutível, e sabe bem que é preciso tarar como afirma. Está convicto de que à primeira dificuldade Bruxa passará correndo ao inimigo e não o esconde. «Os ratos, e às vezes os comandantes, são os primeiros a fugir do navio que afunda.» Ele pousa o chapéu sobre uma poltrona, continuando segurando na mão a pasta em pele. «Descobri que...» interrompe-se. «Ela está em casa? Diga-lhe logo para vir ao nosso encontro.» «Com certeza, Sua Santidade. Acorremos ao seu conspecto.» «Não, só ela! Tu ocupas-te em aprontar um banho quente.» «Muito bem. Toda a vossa vontade é uma ordem.» Atrás daquela maneira obsequiosa, o Adeptus Exemptus lusitano esconde uma alma mesquinha. Bruxa volta-se por sua vez à uma mulher, permanecida especada pela chegada do ancião. «Prepara um banho quente para o Altíssimo!» “Por que pretende referir as suas descobertas só para ela?” Refletiu Bruxa, encaminhando-se para o aposento do segundo andar. Bate a porta, de uma forma leviana. «Sim, quem é?» «Bruxa. Sua Santidade quer conferenciar-se contigo.» a porta abre-se. «Subo de imediato ao encontre dele. Vens comigo?» «Não, deseja falar contigo a sós. Eu dirigir-me-ei ao templo para alimentar o sagrado fogo.» «Vê-se não o apagues como há um mês» ressalvou ela fechando de novo a porta. UMA ampla lareira ilumina a sala das cerimónias; aladas as estatuetas de Júpiter e de Esculápio, por cima pavoneava-se uma graúda de Hélios, o deus do Sol. Bruxa acresce uns ramos apanhados no parque natural de Gerês; transpira diante do fogo. No entanto a rapariga entra na sala do Magus Ipsissimus, o chefe absoluto da Ordem Hermética. «Meu senhor, vós estáveis à minha procura?» «Chega aqui, minha estrela.» O ancião sentado sobre uma poltrona, estafado pela longa caminhada. «Neste momento podes tratar-me por tu: Bruxa não está aqui. Parece muito gentil, mas tenho a certeza de que estaria pronto para me sugar o sangue se voltasse o olhar algures.» Ela acocora-se perante a ele sobre uma enorme almofada colocado no tapete. «Durante estes meses de pesquisa na biblioteca percebi uma coisa fundamental: estava convencido de que fossem dois e pelo contrário... São três!» A rapariga sabe muito bem do que se refere e repete estupefacta: «Três?» «Assim mesmo!» exclama a suprema guia espiritual. «Descobriste o que estava escrito?» «Muitos anos atrás vi aquele livro, durante um instante, depois desapareceu. Não tinha até agora percebido quem tivesse gravado aquelas palavras.» «Quem?» Ela encoraja-o para prosseguir. O homem esvoaça uma folha diante do seu rosto. «UM imperador!» o ancião interrompe-se e repara-se em volta. «Porém descobriram-me. UM rapaz há bocado no elevador.» «O que aconteceu?» pergunta ela preocupada. «Sei que foi mandado por eles. Eles estão aqui!» «Não deixar-nos-ão em paz até quando não lhes darás... Comenta ela. «Isso nunca. Prefiro morrer.» «Não digas assim... Estou curiosa: posso ver?» O homem caricia o rosto da rapariga, ela cessa de se distanciar. «Diga-me pelo menos…» «Patientia animi occultas divitias habet.» «É uma citação de Cícero? Ou se calhar Séneca?» pergunta ela. «É uma das sententiae de Publilio Siro: Quem tem paciência tem um grande tesouro escondido.» Depois ele prossegue: «O caminho para a verdade é longo e tortuoso: deve ser percorrido passo a passo... Agora estou cansado. Desejo tomar um bom duche». Ela levanta-se. «Respeito a sua vontade, deixo-a às suas abluções, Sua Santidade.» Ele abana a cabeça. «Não faças dessa maneira, minha fofa. São anos que faço pesquisas… Esperar mais um dia não muda nada.» Assim que saiu a rapariga, o Magus Ipsissimus despe-se e entra na casa de banho pessoal com a folha na mão. Liga o leitor de cassetes, um cimélio do século transato, e enfia uma cassete que ele mesmo tinha preparado nos anos ’90. Atira à banheira alguns sais de bergamota, acende uma vela e se acomoda na banheira. Começa um trecho pouco conhecido de Angelo Branduardi que canta uma poesia de Yeats, o único Nobel que tenha feito parte da Ordem Hermética: Sento che troverò il mio fato in un luogo tra le nuvole lassù; coloro ch’io combatto io non odio, coloro ch’io difendo io non amo… [Sinto que encontrarei o meu fado num lugar entre as nuvens lá em baixo; aqueles que eu combato, eu não os odeio, aqueles que eu defendo, eu não os amo…] A música interrompe-se de um momento para o outro... A escuridão oculta uma figura entrada sorrateiramente. «Mas o que estás a fazer? Quem és tu?» duas mãos o empurram pelo peito. O ancião tenta levantar-se da banheira, em vão. «Não dir-vos-ei nada. Podem até…» Depois lança um olhar rápido aos seus preciosos apontamentos deixados em cima do lavatório, por fim, à luz fraca da vela cheirosa ao gengibre, reconhece o rosto. A partir daí cessou de rebelar-se: «Seja feita a vontade divina». O homem deixa-se deslizar debaixo da água, e o intruso o detém pelo peito e pela cabeça. Ele está afogando, mas não se desvincula, não abre a boca num gesto desesperado e inútil à procura de ar. Com os olhos abertos repara quem está a dar cabo dele e sorri. Sim, sorri. Inesperadamente a misteriosa figura levanta o homem ainda vivo da banheira e sai do compartimento. O Magus enxuga-se, veste-se com cuidado. Por último clica novamente o play: Ho soppesato tutto, valutato ogni cosa, gli anni a venire parvero uno spreco di fiato, spreco di fiato gli anni del passato, in bilico con questa vita, questa morte. [sopesei tudo, avaliei cada coisa, os anos vindouros pareceram um desperdício de folego, desperdício de folego os anos do passado, a balançar com esta vida, esta morte.] O homem fica com um calafrio quando abre janela que dá no pátio interior. Depois um tombo seco. O sangue espalhe-se na calçada. Tombado de costas no chão, tem ainda a força para pronunciar uma palavra, uma só: «Gudrun».

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