
Nunca fui de acreditar nessa historia de “amor à primeira vista”, até conhecer a Isadora. Eu era um jovem à procura de um grande amor, ela era um coração partido precisando de atenção. Nosso primeiro encontro aconteceu em uma festa da faculdade. Gostávamos da mesma banda, morávamos no mesmo bairro, adorávamos comida japonesa e estudávamos no mesmo campus. Não tinha como dar errado. Sabe quando você abraça alguém e sente que encontrou a pessoa certa? Sabe quando você olha dentro dos olhos de uma pessoa e começa a imaginar o seu futuro com aquele olhar sempre ao seu lado? Sabe quando você percebe que pode se entregar de corpo e alma porque tem certeza de que não vai quebrar a cara? Pois então… Eu tinha essa certeza, mas quebrei, e não foi uma quebradinha de cara qualquer. Nosso relacionamento durou apenas três meses, até que a Isa voltasse a namorar com o Marcelo, seu ex que tinha retornado do exterior. Os dois foram amigos de infância, tinham namorado por oito anos e decidiram se separar por não saberem lidar com a distância. Existia uma grande possibilidade de o Marcelo nunca mais voltar para o Brasil, talvez por isso tenham decidido encerrar o relacionamento. Acontece que o sentimento foi maior, ele voltou e dois anos depois soube que estavam noivos e de saída para Europa. Demorei muito tempo para entender e aceitar toda aquela história. Não foram dias fáceis, mas hoje eu entendo. Cometi o erro que muitos de nós cometemos todos os dias. O erro de achar que o mundo gira à nossa volta.O erro de acreditar que sempre somos os atores principais de todas as histórias. Não é bem assim. Em algum momento da sua vida você será preterido.

